88. Abstinência

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Camila Cabello  |  Point of View



Estava em um café, com Cara, conversando o quão perfeita estava à relação dela com a Tay. Tomei uns seis expressos e levantei a mão pedindo mais um.

— Meu Deus! Quanto café você aguenta? E para de balançar essa perna. Parece aqueles velhos que param de fumar, começam a mascar chiclete, tomar café e ficam com tiques nervosos.

— Não exagere! Estou normal. – Mentira! Eu estava louca! Subindo pelas paredes! Em abstinência total, mas não de cigarros... De sexo! Depois de o Greg atrapalhar, Lauren não deu nenhum sinal de querer algo comigo e eu não vou pedir. Ela está grávida e não quero incomodar ou sei lá! Quando ela quiser, ela vai tomar a iniciativa. Espero que isso ocorra logo, pois vou ter um infarto de tanto café que ando tomando.

— Você está estranha.

— Para! Eu estou normal, desculpe se não mostrar o maior entusiasmo para a felicidade do casal problema.

— Nossa! Que mau humor! Só quero ajudar e desculpe se minha felicidade incomoda.

— Desculpe Cara! Ela não incomoda, só... Desculpe, mas continue! – Ela ficou falando, falando e falando. Não me liguei em nenhuma palavra dela. Estava em marte. Ou melhor, estava pensando na primeira vez que fiz amor com Lauren. Meu... Aquilo foi inesquecível.

“Lauren estava com uma calcinha preta, pequena, contrastando com a pele branca. O que me fez soltar um gemido involuntário, fiquei a admirando por um tempo, aquele corpo lindo, tirei minha calça a jogando em um canto...”

— Você está me escutando?

— Claro! – Ela continuou e eu comecei a lembrar da nossa lua de mel.

“Ela estava de vermelho, o que pra mim já basta. Apenas um lingerie com cinta liga. Uma maquiagem forte, batom vermelho, combinado com o lingerie, olhos bem destacados de preto. Me arrependi mil vezes por não ter tomado o remédio do Renan.”

— Sério, Camila! Vou embora. Não está escutando nada. – Saiu bufando e eu fui para casa.


Lauren Jauregui  |  Point of View



Estou gorda, estou ficando um balão. Não sei como Camz consegue me desejar ainda. Estamos a tempo sem sexo, ela não me pede, mas eu sei que ela quer. Tipo, a coitada se tranca no banheiro varias vezes por dia. Não entendo porque ela não toma a iniciativa. Às vezes é engraçado o desespero dela, eu provoco, porque, isso eleva minha auto-estima. Ela me olhando como se eu fosse a ultima garrafinha de água no deserto. Ela chegou e veio para cozinha, a minha procura.

— Oi princesa! – Beijou minha testa. — Oi princesinha! – Beijou minha barriga. — Como foi o dia? – Falou sentando a mesa, em minha frente.

— Foi cansativo. Vários papéis para assinar e coisas para autorizar.

— Já disse para você me deixar te ajudar lá.

— E o seu emprego?

— Faz tempo que não vou e não sinto falta nenhuma.

— Camz... Você foi criada para cuidar daquela empresa. Não pode largar tudo.

— Amor... Não me sentia mais feliz trabalhando, só me sentia feliz quando faltavam quinze minutos para vir para casa e ver você. Não quero fazer por obrigação, mas esse é meu pensamento hoje... Amanhã não sei.

— Não sei o que dizer. Seu pai...

— Meu pai é jovem, tem muito que administrar aquilo lá! Ela gosta e é feliz, mas eu não sei... Também é muita coisa.

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