Aprendendo A Viver

151. Cretina

Cara Delevingne  |  Point of View

Eu estava na empresa, ela vira um caos quando Camila não está. Ela tem um tipo de dom de prever merdas que faz muita falta por aqui. Peguei o celular e liguei para Sasha.

— Cara?

— Oi Sasha.

— Nossa. Quanto tempo.

— Pois é. Vida corrida demais.

— Nem me fale. Acredita que depois do hospital, não consegui mais visitar a Mila?

— Duas então. Faz tempo que não apareço na mansão Cabello. Queria saber se hoje você não quer ir até minha casa. Vamos jantar e colocar o papo em dia. Traga sua família, o pequeno Matheus deve estar grande e eu não o vi. Ou está ocupada?

— Estou até às 21h. Tem problema de chegarmos depois?

— Não. Está perfeito. Te vejo a noite.

— Até a noite. Beijo.

— Beijo.

Desliguei a ligação e Tay estava parada em minha frente.

— Que susto mulher. De onde você surgiu?

— Para quem mandou beijo? Sua cretina! – Ela jogou uma papelada no meu rosto e eu sorri. — Está rindo de quê, sua cachorra?

— Estou rindo porque estou ficando excitada com você me xingando deste jeito.

— Para de ser safada e me diz para quem você estava mandando beijo. Quem é a puta que você arrumou?

— Não posso citar nomes, mas ela tem os olhos azuis. – Tay arregalou os olhos e sua boca abriu em um perfeito O. Ela avançou ficando sobre minha mesa, de quatro para ser mais ilustrativa, e distribuiu tapas por meu tronco.

— Você fala isso com essa tranquilidade? Eu vou te matar! – Eu só conseguia rir da fúria dela e isso a deixava mais furiosa. Levantei e segurei suas mãos.

— Estou brincando, gostosa. Eu liguei para Sasha e marquei o jantar do Rob para hoje. Eu não tenho olhos para outra mulher, Tay. Você sabe o quanto eu te amo. – Ela começou a chorar. — Não chore, amor.

— Você me assustou.

— Desculpe amor. Só estava brincando, eu falei dando risada. Achei que você não acreditaria.

— Você está sempre dando risada. Até quando você fica irritada você dá risada. – Ela disse e eu a abracei forte.

— Desculpe mesmo, amor. Foi estúpida essa brincadeira.

— Não. Eu que surtei, mas eu tenho muito medo que você ache alguém melhor que eu...

— Tay... Eu nunca vou achar, pois você é a melhor mulher do mundo. Eu amo você demais e só agradeço todos os dias à chance que você me deu. Não estou procurando nada, pois já tenho tudo. Falta só você gerar um bebê nosso para minha felicidade ficar completa. – Ela sorriu largo.

— Só esse projeto...

— Sim. Quando concluirmos esse projeto, seremos mamães. – Comecei a pensar no que havia dito. — Não... Isso ficou mal. Somos mamães.

— Eu entendi, amor.

— Claro que entendeu. Você sempre entende.

Ela me puxou pela nuca e colou nossos lábios. Não aproveitei muito o beijo e fui até a porta... Trancá-la. Ela sorriu safada e tirou o blazer e a camisa social. Sentando a beira da mesa. Me coloquei entre suas pernas e ela abriu meu colete, afrouxando minha gravata.