53. Oficialmente

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Camila Cabello|Point Of View

Cheguei a meu escritório, arrumei minhas coisas e fui para a sala de reuniões. Cara já estava lá, como Dé me informou assim que cheguei. Quando cheguei, ela não me olhou já estava acostumada com esse tratamento.

— Bom dia. – Ela me olhou como se eu estivesse batendo em uma velhinha no meio da chuva. — O que foi?

— Você falou comigo!

Não eu falei com minha cadeira preferida e você atrapalhou o nosso assunto. – Ela sorriu e negou com a cabeça. — Sinto sua falta.

— Sente o cacete, Camila! Cinco anos pra lembrar de mim e sentir minha falta? Você é patética.

— Você cortou qualquer relação comigo, Cara, não olhava pra mim e me ignorou as duas vezes em que tentei conversar com você. Você queria o quê? Que eu rastejasse? Você que me abandonou na única semana em que eu precisei dos amigos de verdade. A Sasha, que não era nada minha, nem me conhecia direito, não saiu do meu lado e você nem me ligou.

— Claro, que a senhora mimada foi abandonada pela rainha mimada, você parecia que iria morrer, por uma pessoa que tinha entrado a pouco na sua vida. Eu fiquei com ciúmes, eu era o seu tudo, você vivia por nós duas e chega uma e você me esquece.

— Você está louca! Você é meu tudo, Cara, sempre foi. Não tem um dia que eu não pergunte por você para Tay. Eu achei que como nós duas estávamos namorando, você queria um tempo com ela e parei de te chamar pra sair. Mas você é minha irmã, eu amo você, de um jeito que eu nunca vou amar ninguém. Com você eu passei tanta coisa e você me deixou na primeira crise de ciúmes. Eu quase morri de ciúmes da Tay, mas aguentei, pois sabia que sua felicidade dependia do meu ceder. Tanta coisa eu quis compartilhar com você. Você me privou de ser feliz por completo. Sem você sempre falta algo.

— Não sei como aguentei ficar sem você. Você está tão mudada. O Greg está te fazendo bem.

— Você sabe do Greg?

— Você acha que é a única trouxa orgulhosa que perguntava de mim para a Tay, eu perguntava de você para ela também.

— Eu vou te abraçar agora!

— Tudo bem. – Ficamos abraçadas uns minutos eu acho e não era o suficiente. Nunca seria o suficiente. Eu amava demais a Cara e não entendo como fiquei tanto tempo sem ela. — Jantar na sua casa hoje?

— Aceito seu convite. Mas você vai ter que ficar grudada em mim o tempo todo.

— Você também. Não me solte mais!

— Dessa vez, eu não te largo nunca. – Ela me olhou, eu sorri e falamos ao mesmo tempo.

— Só para transar! Rimos e passamos a tarde, contando tudo que aconteceu. Com tudo, eu me refiro a tudo mesmo, cada detalhe.

×××

No jantar, depois das apresentações do Greg e da Cara, ouvimos um sermão de duas horas, das Jauregui’s. Elas são amedrontadoras quando querem.

— Ok! Já entendemos. Vamos jantar?

— Vamos!

— Eu já jantei. Posso jogar no seu quarto pai? – Olhei para Lauren que negou com a cabeça. — Claro comandante! Vamos lá que eu vou ajeitar para você. – Me abaixei e ele pulou em minhas costas.

— E nós? Podemos jogar também? – Cara perguntou para Greg e ele deu a famosa pensada.

— Você é como o papai, que não sabe perder? – Todos gargalharam.

— Hey! Eu estou aqui!

— Pior que sou pequeno.

— Tudo bem, eu também sou assim. Minha mãe fica louca com a gente.

— Tay e eu vamos organizar as coisas, depois chamamos vocês. Coloque o comandante para dormir antes de descer amor!

— Ok princesa!

— No quarto, jogamos por bastante tempo, a Cara levou uma surra e disse que roubamos dela. Temos os gênios parecidos, então virou briga. Até Lauren gritar que estava tudo pronto e eu colocar o Greg para dormir. Esperei ele escovar os dentes, ele ficou argumentando que eu tinha que levar ele no parque novo da cidade. Ele se deitou, eu o cobri e beijei sua testa. Ele apertou meu pescoço.

— Boa noite! Dorme com os anjos!

— Amo você! Boa noite! – Esperei ele dormir e fui para cozinha.

Conversamos sobre tudo e matamos a saudade de estarmos juntos. Quando elas foram embora, Lauren e eu nos deitamos cansadas.

— Vou dar boa noite pro Greg. – Assenti, ela saiu do cômodo e depois de uns minutos retornou. Cobriu-se e escorou a cabeça no meu peito. — Você que puxou assunto com a Cara. Surpreendente!

— Por quê? Muito digno de minha parte?

— Não, mas você é muito orgulhosa e do nada fazer isso.

— A Cara é minha irmã. Só queria saber os motivos dela.

— E os motivos dela eram dignos.

— Talvez, cada pessoa tem um drama.

— Mesmo assim. O Greg está nos fazendo tão bem. – Ela foi até a gaveta e pegou uns papéis. — Agora ele é oficialmente nosso filho.

— O que? Mas como? E toda burocracia?

— Meu amor, eu sou uma Jauregui Cabello, consigo tudo só me apresentando. E também, amecei denunciar o lugar que ele ficava para todas as mídias. O que eu vou fazer, depois que me organizar melhor.

— Isso é louco. Nossa eu estou tão feliz.

— Eu também! Temos um filho e ele é perfeito.

— Eu amo você, Lauren!

— Eu amo mais!

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