Cara Delevingne | Point of View
O beijo foi ganhando intensidade, ela entrelaçou os dedos nos meus cabelos e eu subi minha mão até seu seio e apertei.
— Hey crianças, tem um quarto de hóspedes. Eu sou a única a pode trepar nessa mesa. – Lauren deu um tapa em Camila e nós gargalhamos. — Ai amor!
— A Camz quis dizer que o Greg pode acordar meninas, vamos maneirar.
— Claro! Eu já vou indo!
— Antes vem aqui, quero conversar com você! – Fui até o escritório acompanhando Camila e ela fechou a porta assim que entrarmos. — Então? Aceitou as migalhas?
— Não são migalhas. – Ela me olhou séria. — São, mas eu não aguento mais ficar sem ela. Eu preciso transar!
— Cara, nós mandamos nessa cidade, você é poderosa e merece o melhor da vida. Estou cansada de te ver cansada e triste. Eu sei o que a Tay faz com você. Você não merece certas humilhações. Eu tenho mais uma idéia.
— Manda então, já que a primeira deu “meio” certo.
— Diga que só vai transar com ela, depois que ela te pedir em casamento.
— Eu preciso transar.
— Sei lá! Faça a DJ aí! Se vira! O seu poder, fora essa beleza descomunal, é o sexo! Aproveite isso! Nós mandamos bem nisso, temos que usar esse efeito a nosso favor.
— Você não acha que isso é obrigar ela a fazer uma coisa que ela não quer.
— Ela quer! Ela te ama! Só está com medo, morar junto é para adolescentes, ela cresceu, mas não se ligou ainda. Toda família concorda com você, está mais do que na hora. Faça isso e vamos ver no que dá.
— Está bem! Espero que isso resolva tudo.
— Vai resolver! – A abracei forte, muito forte e chorei. Chorei por tudo que passei. Chorei por não ter ajudado a Camila quando ela precisou. Chorei por não ser suficiente para Taylor. — Hey! O que houve? – Ela me apertou também. — Calma! Vai dar tudo certo. Se não der, eu estarei aqui! E vou arrumar uma gostosa para você foder até cansar. – Sorri.
— Você é mesmo o meu anjo!
— Eu amo você! Vamos lá!
Voltamos para sala. As Jaurequi's me olharam estranho. Lógico, eu chorei, como eu sou muito branca, devo estar um pimentão. Me despedi de Lauren e saí acompanhada por Tay. Ela me fez ir até um bar novo, no centro da cidade. Quando sentamos a mesa.
— O que houve? Porque chorou?
— Nada demais!
— Você? Chorando por nada? Não dá para acreditar!
— As pessoas mudam Tay. Elas cansam, elas querem mais. Elas querem menos. Essa é a condução humana, ninguém nasce e morre com as mesmas vontades.
— Como você está grossa comigo. Se você continuar assim, não vou passar a noite com você!
— Tanto faz. – Ela me olhou como se eu estivesse roubando um mendigo. — O que?
— Nada. Só achei que depois de todo esse tempo, você ia querer passar a noite comigo. Mas você deve ter se divertido com alguma vadia.
— Cala essa boca. Eu estava em casa, sofrendo. Você sim. Estava curtindo por aí. Aliás, estava normal, como sempre, se divertindo, mas tanto faz. Se você quiser ficar comigo é assim, sem sexo. Não quero que nada influencie sua decisão.
— Vamos voltar ao colegial então. Só beijinhos?
— Se quiser ficar comigo é assim. Se não quiser também foda-se.
— “Nós” virou foda-se para você?
— Nós? Existe nós? Existiu nós? “Nós” é você sozinha e não avisar onde vai. Me deixar esperando em restaurantes, porque algum amigo seu, queria te levar para algum lugar ou te mostrar algo. É você me levar em lugares para flertar com qualquer um, me deixar com raiva de tanto ciúmes, para mostrar para suas amigas que a maior canalha da cidade, “a que todas querem” estava de quatro por você?
Esse tempo todo, eu aguentei firme, na ilusão de que você iria acordar e decidir me tratar como sua namorada mesmo. E eu, mesmo sendo tratada como uma ficante qualquer, eu te respeitei e te esperei. Todas as baladas que você foi e me ligava quase em coma alcoólico e eu te levava para meu apartamento e cuidava de você, mesmo não sabendo o que você fez e rezando para você não ter ficado com ninguém. Mas eu sempre estou aqui né? Para você! Esperando um milagre, que nós sabemos que não vai acontecer. – Falei em um fôlego só. Uma garçonete se aproximou e eu a conhecia.
XX: — Cara! Que bom ver você! Como você está?
— Nathalia? Nossa! Quanto tempo? Eu estou levando e você? Essa é minha namorada. – Apontei para Taylor. — Taylor Jauregui. Tay essa é Nathalia Dill.
— Oi! Tudo bem? – Nathalia assentiu. — De onde se conhecem?
— Bom, ficamos uma noite, na verdade, eu a espantei. Eu gostei tanto de ficar com ela, me desculpe eu sei que ela é sua namorada, só que depois da transa, eu meio que pedi ela em casamento. Ela arregalou os olhos e fugiu. Nunca mais eu a vi.
— Naquela época... – Ela me interrompeu.
— Tudo bem! Já foi! O que vão querer? – Pedimos bebidas e ela saiu. É bom que a Taylor perceba que se ela não quer...
— Você e a Cabello só pegavam modelos.
— Não. Na verdade, não me lembro qual era nosso critério.
— E em mim? O que você gostou?
— Foi à primeira vista. Seus olhos me encantaram, mas eu não sei explicar, eu só senti uma coisa diferente e me entreguei a isso. Não foi físico, foi alma. É brega! Tudo bem! Mas é assim que eu me senti. Eu só confirmei depois que conversamos. Foi tão mágico, saímos, dançávamos e era um namoro de verdade. Mas do nada você se afastou. Eu preferia que você tivesse terminado comigo. Eu queria poder voltar ao começo. Teria aproveitado à velha Tay. A minha Tay. A mulher da minha vida.
— Me leva para casa.
— Mas não chegou...
— Me leva para casa da Lauren. Por favor!
— Tudo bem! Vai indo para o carro, eu vou pagar. – Falei entregando as chaves para ela.
Cheguei ao carro e Tay era só silêncio. Parei na frente da casa da Tripé e ela desceu sem falar nada. Fui para casa, tomei um banho e me deitei. Estava cansada, mas não um cansaço que um banho e uma noite de sono resolveriam. O meu cansado é espiritual. O pior de todos. Pois não sabemos como curá-lo e ele te destrói um pouco a cada dia.
Na manhã seguinte. Quando cheguei a minha sala, havia uma caixa dos meus bombons preferidos e um bilhete.
“Cara, percebi que fui uma idiota. Não me importei com a pessoa que mais amo. Você! Não dúvide dos meus sentimentos, os mais sinceros são seus. Você já sofreu tanto na vida, merece de alguém que cuide de você. Eu quero te pedir uma chance. Eu sou essa pessoa e vou te provar isso. A Tay idiota morreu ontem. Vamos começar de novo? Aceita sair essa noite? Apenas ligue para o meu ramal e diga sim ou não. Te amo muito e não dúvide disso!”.
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Aprendendo A Viver
FanfictionCamila Cabello e Cara Delevingne vivem nas baladas da vida, com 24 anos, elas não amadureceram ainda, agem como adolescentes, até que levam o emprego a sério, agora a vida pessoal delas é uma festa. O destino decidiu agir com as "alérgicas a relacio...