Aprendendo A Viver

13. Ciúmes

Camila Cabello|Point Of View

A Lauren se abriu comigo, eu fico feliz por poder ajudar ela e eu estou torcendo muito para o pai dela não ser daqueles orgulhosos que não aceitam ajuda.

Eu estou no meu escritório agora, esperando Lauren e descansando depois de meia hora ouvindo um sermão da Dé por ter deixado ela sozinha. Eu definitivamente preciso dar um aumento para essa mulher.

Falando nisso, eu preciso fazer algo, levantei e fui até a mesa da Débora.

— Muito brava comigo ainda?

— Não Cabello, você sabe que eu não consigo! – Sorri e a abracei.

— Eu preciso que você me faça um favor! – Ela revirou os olhos

— E quando você não precisa?

— Mas você está chata hoje heim? – Falei um pouco irritada.

— Desculpa Mila. Mas o que você quer.

— Encontre o endereço de Katie Cassidy, mande um buquê de Lírios e escreva no bilhete: “Querida, desculpa pela forma que te tratei na boate, você não merece ser humilhada por ninguém. Eu sou uma babaca. Não estou fazendo isso porque quero transar ou algo do tipo, mas sim, porque sou uma pessoa nova agora e estou tentando concertar meus erros. Não me odeie e me perdoe. Lírios significam reconhecimento, aceite os, pois os mando de coração leve e mente culpada. Até”

— Uau! Isso vai ser muito digno de sua parte Mila! Estou orgulhosa! Me dá um abraço minha criança! – Revirei os olhos.

— Atrapalho? – A voz rouca de Lauren se fez presente.

— Claro que não! Vamos? – Ela assentiu e tinha uma expressão zangada.

Fui com ela até minha sala, entramos e eu fechei a porta.

— Conseguiu? – Ela jogou uma pasta em minha mesa, mas o que deu nela? — Algum problema?

— Não! Nenhum! – Ela parece irritada com algo.

— Sério linda, qualquer coisa... – Eu nem terminei

— Você costuma ficar se agarrando com suas funcionárias? – Uou! Por essa eu não esperava. – Só quero ficar informada, para evitar surpresas. Você também trás elas aqui para fazer horas extras ou algo do "tipo”? – Ela fez aspas no tipo. Como eu fico irritada quando ela insinua essas coisas.

Decidi não responder, fechei minha boca, que esta aberta devido ao choque, me sentei, abri a pasta que ela tinha jogado sobre minha mesa e comecei a ler os papéis. Ela ficou me encarando, depois sentou-se e foi então que percebi que problemas financeiros e um namorado são coisa pouca perto dos problemas que eu vou enfrentar com essa insegurança da Lauren. Claro que minha fama ajuda, mas eu estou fazendo de tudo para provar que eu mudei.

Eu analisei tudo, estava tudo bem organizado, o valor da multa era alto mesmo era a única coisa clara, naquele contrato amador. Voltei atenção para meu computador e comecei a escrever um contrato. Depois de um tempo, eu terminei, guardei todos os papéis novamente. O silêncio desconfortável foi quebrado.

— Não vai responder? – Ela está com um tom raivoso e isso deixa aquela voz mais rouca.

— Responder para que? Eu respondo essa, como todas as outras insinuações que você fez, sobre o quanto eu não presto e daqui a pouco você vai achar outra bobagem para lembrar o quanto eu sou babaca.

— Não é isso. Eu cheguei vocês estavam abraçadas e esse tipo de contato não é profissional. Eu não sei o que pensar.

— Vamos ver se isso ajuda! – Falei pegando o telefone e chamando a Débora até minha sala. Ela bateu e entrou.

— O que foi Mila? – A Lauren revirou os olhos quando ouviu meu apelido.

— Débora, há quanto tempo você é casada? – Ela me olhou confusa, pois eu já sabia aquela resposta.

— Faz quatro anos, mas você sabe disso! – Lauren arregalou os olhos

— Bem, em algum momento após você mencionar o fato de ser casada, eu fui inconveniente com você? – Ela me olhou mais confusa ainda e eu continuei. – Tipo lhe convidando para transar comigo como uma vadia na minha mesa ou em qualquer outro lugar dessa empresa. – Ai a Débora se ligou e sorriu me respondendo.

— Não senhorita, viramos amigas, você conhece meu marido e é amiga dele também.

— Uhum! Bom e você se recorda sobre o que conversamos ontem, pela parte da tarde, para ser mais especifica. – Ela fechou a porta e se sentou na cadeira a meu lado.

— Bom, você decidiu me contar, porque precisava desabafar com uma “AMIGA”. – Ela destacou bem o amiga. — Que fosse séria, porque a Cara é parecida com você e tem 12 anos de idade mental. – Elas riram e eu bufei. — Que estava completamente apaixonada por uma mulher, que era comprometida e pela primeira vez em anos, eu vi você falando como uma pessoa de 24 anos. E me pediu ajuda para uma noite romântica, pois você só namorou duas vezes na vida e há muito tempo atrás. – A Lauren acompanhava tudo atenta. Eu esperava que ela ficasse com vergonha ou algo do tipo, mas ela estava me conhecendo um pouco e nem piscava enquanto a Dé falava. – E hoje você me pediu para entregar flores para uma menina que você humilhou em uma boate, na última boate que você foi, para ser mais exata e fez um cartão lindo para ela. – A expressão de Lauren voltou para raiva de novo. — Mas deixando bem claro, que não quer nada com ela, só quer ela a desculpe, porque você quer ser uma pessoa melhor agora. Foi por isso que eu a abracei, porque minha amiga está amadurecendo e eu acho que uma “olhos verdes” tem grande responsabilidade nisso. – Ela sorriu e piscou para Lauren, que retribui o sorriso. – Estou dispensada?

— Claro Débora! Obrigada! – Ela se levantou e saiu da sala.

— Desculpa Camz! Eu não sou assim, eu sou muito controlada, mas quando se trata de você, eu perco todo o foco. Eu só não quero te perder. Porra, porque você tem uma secretaria que parece uma modelo? Não tinha uma senhora velha e feia não?

— Eu nem queria secretária, meu pai que contratou ela, você não vai me perder e eu só quero você! Ok? – Ela assentiu. — O contrato esta pronto, eu vou pessoalmente ou mando um advogado?

— Vai pessoalmente e já me pede em namoro! – Ela sorriu, colocando as mãos em volta do meu pescoço.

— Não brinca com isso, eu posso levar a sério. – Ela me encarou.

— Você vai me pedir mesmo em namoro, depois que tudo estiver resolvido?

— Você ainda tem duvida sobre isso? – Ela ficou me encarando. – Lógico que eu vou.

— Eu te amo Camz!

— Eu te amo princesa!

— Vamos? – Assenti pegando todo o necessário, Lauren pegou minha mão, entrelaçou nossos dedos e eu nunca me senti tão segura como me sinto agora.