Aprendendo A Viver

143. Quem morreu?

Lauren Jauregui | Point of View

Estava assinando autorizações e alguém bate na porta da minha sala. Era Pedro.

- Boa tarde.

- Boa tarde.

- Queria que você assinasse essas liberações pra mim. - Assinei e entreguei a ele.

- Pedro... Não quero que me leve a mal, mas minha esposa é muito ciumenta, se você pudesse evitar vir aqui, pelo menos no próximo mês, eu seria eternamente grata.

- Claro Laur, sem problemas.

- Nem me chame assim na frente dela.

- Vou parar de te chamar assim na frente de todos. É melhor mesmo para manter o profissionalismo.

- Perfeito. - Ele saiu da minha sala e eu voltei a assinar. Meu telefone tocou.

- Sim, Alice.

- A Sra. Cabello na linha um.

- Ok, obrigada. - Teclei o um. - Oi amor. Como você está?

- Estou bem princesa. E você?

- Estou bem, mas acho uma tremenda injustiça minha linda mulher estar em casa e eu enfurnada aqui.

- Tire férias também. Não vejo maneira melhor de relaxar do que com você.

- Vou pensar.

- Você pega os gêmeos na escola hoje? Vou levar Mer e Greg para contar sobre o meu problema.

- Pego sim. E o Greg?

- Ele está pesquisando uma escola nova. Parece que o namoradinho dele não quer sair da antiga escola para ser colega dele.

- Ele deve estar triste.

- Está... É tão difícil de vê-lo assim. A minha vontade é de socar aquela carinha de...

- Camz?... Camila...

- Estou aqui.

- Camila, você sabe que não pode se irritar.

- Diga isso para os outros. Eu sei disso, mas tudo conspira contra.

- Sério amor. Fica calma... Você é tudo pra mim.

- Você também, Lo. Juro que estou me mantendo o mais calma possível.

- Vem aqui me ver então.

- Amor... Eu queria, mas sei que vai ser difícil ficar calma aí. E falta pouco para buscar a Mer. Mas eu amo você e te vejo logo.

- Também te amo. Fica bem. - Ela desligou e fiquei olhando o telefone. Ela não quer vir por causa do Pedro e isso é óbvio.

Camila Cabello | Point of View

- Filho? - Ele demorou um pouco e apareceu na escada. - Vamos buscar a Mer. Preciso conversar com vocês. - Ele
assentiu.

Estávamos esperando a Mer em frente a escola.

- Desta escola você não gosta?

- Eu acho que vou vir pra cá. Primeiro vou conversar com a maninha e ver alguns detalhes. - Assenti. - Papa... A última vez que você quis conversar só com nós dois, o America tinha morrido.

- Ninguém morreu meu filho. - Ele assentiu. Mer saiu da escola, ela caminhava devagar, pois Isabelle a abraçava por trás. Fico com tanto medo por eles, à pergunta que ecoa em minha cabeça é a seguinte: Isabelle e Ralph vão ser a Elisha ou a Lauren deles? Espero que a Lauren.

- Vamos cumprimentar a Isa, papa. - Ele disse abrindo o cinto e saindo do carro. Fiz o mesmo. Mer se pendurou no pescoço do irmão e encheu o rosto dele de beijos. Isabelle olhava sorrindo para cena.

- Olá Isabelle. - Disse estendendo a mão, mas ela me abraçou e beijou meu rosto.

- Como está, Sra. Cabello?

- Bem e você?

- Bem.

- Ok. Saiam desta bolha e vamos para casa. Quer carona, Isabelle?

- Não. Meu pai está ali. - Ela apontou e eu olhei para o carro, onde o pai dela estava. Ele é meu funcionário, mas nunca conversamos direito. Só quando ele me pediu um aumento e depois que Dé o elogiou, me fazendo o promover pessoalmente. Caminhei até o carro e ele saiu do mesmo.

- Sr. Drummond.

- Sra. Cabello. Como está? - Ele disse estendendo a mão.

- Bem e o senhor?

- Bem. Esperando... Todo o dia é isso agora, uma hora a mais na escola por conta deste namoro.

- Uma hora? - Olhei meu relógio. - Nossa. Preciso ir logo. Foi um prazer revê-lo.

- Prazer foi meu. Até.

- Vamos meninos! - Falei voltando para o carro. Depois de um tempo eles entraram no mesmo. Dirigi até uma sorveteria. - Vamos comer um sorvete.

- Quem morreu? - Mer perguntou.

- Ninguém morreu. - Falei e sai do carro. Eles correram e começaram a se servir, várias porções e muita cobertura, só de olhar fiquei enjoada com a mistura. Paguei e nos sentamos. Eles comeram um pouco. - Não chorem, por favor. Não posso ficar nervosa. - Eles assentiram. - Ontem eu consultei o tio Troy no hospital. Aquelas tontura de que venho tendo, são porque tenho trabalhado demais, estou cansada fisicamente e emocionalmente. Estou com angina, não é uma doença, mas é o sinal de algumas. Essa semana vai será mais difícil, pois não posso me irritar, meu coração não suporta bater muito rápido, pois ele não está recebendo a quantia de oxigênio necessária pra isso. - Os dois estavam com carinha de choro. - Mas eu estou bem e vou tomar os remédios para ficar 100%. - Mer sentou do meu lado e me abraçou, Greg fez o mesmo.

- Não chorem amores. Eu estou bem... Só preciso descansar. Não comentem nada com os gêmeos. Olhem pra mim... Eu apoio os namoros de vocês, quero a felicidade de vocês e tudo mais. Mas essa semana evitem assuntos embaraçosos e não os beijem na minha frente, não é nojo ou algo do tipo. É ciúmes de mãe. - Eles assentiram.

- Eu amo você, papa. - Mer disse.

- Eu também te amo, princesinha. Amo os dois e muito. Agora não chorem. Não posso ver vocês chorando.

- Amo você, papa. - Greg falou.

- Eu também, meu príncipe. Agora comam essa bomba calórica e torçam para sua mãe não descobrir que estou dando doces pra vocês antes do jantar.

Depois do sorvete, voltamos para a casa. Lauren nos esperava. Ela me abraçou forte. Depois Greg e Mer se juntaram ao abraço.

- Vocês estão me tratando como se eu fosse morrer a qualquer minuto. Assim eu me sinto pior. - Eu disse, mesmo sabendo que meu coração era uma bomba e que realmente eu podia morrer se me descontrolasse, não quero ser tratada como uma doente terminal.

- É porque te amamos muito. Só por isso. - Lauren disse e os meninos assentiram.

Lauren preparou um salmão pra mim, sem sal, somente temperado com ervas e limão. Ela disse que passou a tarde pesquisando o que eu podia e não podia comer. Pegou várias receitas para que eu não sofresse sem o sal e deu certo, pois estava tão bom que nem senti falta dele.