Aprendendo A Viver

49. Um mês

Camila Cabello | Point Of View

15 dias depois...

Meu Deus... Eu estou pirando. É difícil ficar sem sexo. Não pensem “nossa, ela só pensa em sexo” não é isso. Mas estou surtando, não aguento mais. Eu fico de pau duro por tudo. É tipo tudo mesmo. Esses dias, a Lauren só ficou arranhando minha nuca, na maior inocência e pronto. Piscina e praia, eu evito ao máximo. Eu já devo estar com calos na mão (se é que vocês me entendem). Combinamos um pôquer, para distrair um pouco e reclamar bastante.

Quando eu cheguei à casa da Lauren, ela abriu a porta e Deus! Ela estava com uma calça de couro e uma camisa branca social. Os cabelos soltos e um batom vermelho. Personificação da perfeição em minha frente. Esqueci de respirar, esqueci meu nome, me senti como no nosso primeiro encontro.

— Oi amor! – Falou me abraçando e ela estava cheirosa pra caralho. Eu estava muito sensível para aguentar tudo isso.

— Oi! Você está linda! Vai sair?

— Sim! Decidimos que não queremos ser ignoradas hoje e vamos à casa de uma amiga da minha mãe. Sua mãe vai também.

— Você está linda!

— Você já disse isso!

— Você está linda!

— Amor, eu já entendi.

— Desculpe, mas não sai outra coisa. Cacete, preciso do seu banheiro.

— Cabello! De novo? Você só me enxerga e pronto.

— Não me julgue. Estou fazendo isso por você.

— Ok! Vamos lá!

— Não, melhor eu ir sozinha.

— Está bem. Já vamos, te amo! – Falou e me puxou para um beijo. Empurrei-a para a parede e intensifiquei o beijo. Aproveitei e esfreguei minha ereção nela. Estou muito em desvantagem nesse jogo e ela gemeu um pouquinho entre o beijo. Parou o mesmo e ficou controlando a respiração.

— Tudo bem princesa? – Ela me deu um tapa.

— Claro que estou. – Falou em um tom irônico. — Provocando Cabello?

— Não amor. Não fiz nada.

— Sua cínica. Vai ter troco. Vou ter que arrumar essa bagunça agora. – Falou se referindo ao batom borrado.

Ela saiu e eu fui ao banheiro. Quando cheguei na sala de jogos do Grandão, estava todo mundo com cara de enterro, só Chris estava normal. Jogamos um pouco, até que meu pai resolve quebrar o silêncio:

— A Sinu resolveu que não devemos transar durante um mês.

— A Clara também.

Eu olhei para Cara e não falei nada, nem ela. Tipo, eu não vou contar para o pai da Lauren que eu transo com ela e a Cara parece pensar igual. Ele deve saber, mas é estranho.

— Podem falar meninas, eu sei o que acontece, minhas filhas não são mais crianças e sabem o que fazem.

— Eu vou enlouquecer pessoal. Todas combinaram isso então?

— Mulher é tudo doida, por isso não tenho uma.

— Você não tem uma porque não consegue. – Cara falou todos riram e Chris bufou.

— Mas por quê? Tipo, comigo a Lauren falou que era pra Lua de mel, mas vocês. Não faz sentido.

— Eu não sei. Mas está complicada a situação.

— Super complicada. – Cara disse.

— Não entendo também. – Meu pai completou.

— Ninguém entende, mas todos vamos obedecer. Certo? – Mike perguntou e todos assentiram.

Lauren Jauregui | Point Of View

A visita à amiga da minha mãe estava um tédio, então fomos a um barzinho. Conversamos sobre assuntos aleatórios e chamei Tay um pouquinho para o canto.

— Como estão as coisas?

— Péssimas, estou subindo pelas paredes, escalando montanhas. Estou desesperada. Eu não entendo isso, eu não encontrei o melhor sexo da minha vida, para não poder usufruir dele.

— Nem me fale. Acordar com aquele brinquedinho pronto para o ataque e não poder fazer nada é frustrante.

— Clara, eu ouvi a conversa das meninas e não estamos entendendo o porquê desta “greve”. – Sinu perguntou pra minha mãe.

— Eu só acho que estamos muito submissas a nossos pares. Precisamos mostrar que eles precisam da gente.