Lauren Jauregui | Point of View
Estava deitada, com o pensamento em Camila ela deve estar aprontando alguma coisa e o pai dela está acobertando. Ela deve estar com a “Dé”. Que ódio daquela mulher! Camila que pense que vai continuar com um pinto depois de me trair.
Ela deve estar fazendo uma orgia. Também, estou virando um balão, lógico que ela vai procurar uma gostosa por aí. Alejandro deve estar junto, aquele velho tarado. Vou matar a Cabello. Me enrolando, não sou tão idiota assim, nunca, desde que conheço a Cabello, ela precisou sair das férias para conversar com um investidor. Se ela me trair, vou matar a Cabello e depois vou ressuscitar ela para matar de novo. Estou tão angustiada e isso deve ser um sinal.
Alguém bate na porta. Espiei pela janela era meu pai. O que ele faz aqui essa hora? Desci e abri a porta.
— Oi pai! – Ele estava sério. — Algum problema?
— Oi meu amor... Posso entrar?
— Claro pai! Entra! – Ele entrou e foi em direção a sala.
— Senta aqui meu amor. – Falou apontando para o sofá.
— Pai, o senhor está me assustando. – Meu coração estava descompassado, mas fiz o que ele disse.
— Meu amor... Você tem que ficar calma, você tem que pensar na sua filha...
— O que aconteceu?
— É a capitã amor... – Só de ouvir isso, já fiquei um pouco tonta. Tay entrou, acompanhada por Vero. — Ela sofreu um acidente e está no hospital. Ela não acordou depois da cirurgia. – Sabe quando tudo começa a rodar só via os flashes, de quando conheci ela, do pedido e do casamento. Até tudo apagar.
×××
Abri os olhos e Tay estava me encarando.
— Oi, Lo.
— A Camz! – Eu não consegui formular direito.
— Vai ficar tudo bem, Lo... Tenha calma.
— Quando foi isso?
— A tarde, mas ela não deixou chamarem você. Ela ficou com medo, por causa da gravidez.
— Preciso ver ela.
— Acha que consegue. Você tem que pensar por duas agora. – Meu pai perguntou preocupado.
— Eu preciso.
— Vou pegar as coisas dela no carro. – Ele foi lá, trouxe a bicicleta e uma sacola. — Os policias tiraram do carro. – Ele fez uma pausa e parecia pensar em algo. — Lauren... A Capitã bateu o carro porque estavam perseguindo ela. O carro ficou todo perfurado por balas e os policias estão tentando achar quem fez isso.
— Que monstro faria isso? Tiros? Algum pegou nela?
— Vamos para o hospital, esses detalhes não vão ajudar Laur. Pense na sua pequena. – Vero tentou me acalmar.
— Não consigo acreditar. Estava tudo perfeito. Qual monstro quer estragar minha vida desse jeito? A culpa é minha! Ela nem queria sair e eu insisti.
— Não Laur! Tentaram matar ela, não importa quando ela fosse ela já devia estar sendo vigiada. – Minha irmã falou.
— Isso não está acontecendo. É essa hora que eu devo acordar.
— Você vai ir no hospital? – Assenti. — Então vamos. – Meu pai disse.
— Eu fico com o Greg. – Peguei a sacola e abri. Camz tinha comprado um macacão, com os dizeres “Mamãe Super... Ciumenta”. – Desabei. Comecei a chorar e não conseguia conter. Tay me abraçou e parece que piorou. — Calma, Lo... Vai ficar tudo bem.
— Não vou conseguir sem ela. Não tem sentido sem ela.
— Ela é forte, filha. A médica que a salvou disse isso. – Depois de tomar muita água e me acalmar, fomos para o carro.
O caminho até o hospital foi longo. Eu não largava o macacãozinho por nada. Na sala de espera, todo mundo estava lá. Fiquei meio apática, não conseguia pensar direito e não sabia como agir. Sinu me abraçou primeiro. Depois minha mãe, Renan, Demi e Ale. Na hora que Cara me abraçou, desabei novamente e ela fez o mesmo. Porque? Não sei. Ficamos um tempo assim.
— Laur, vamos falar com a doutora Grey, ela vai te deixar ver ela. – Assenti para meu sogro e Cara me beijou a testa. Fomos pelos corredores e Ale parou em frente a alguém. — Doutora Grey, essa é Lauren.
— Olá, Lauren. Prazer sou a Doutora Meredith Grey. Vem comigo. – Pegou minha mão e me guiou até uma sala. Quando ela abriu a porta, Camz estava com arranhões no rosto e entubada. Meu coração descompassou, mas não da maneira que costuma descompassar todas as vezes que vejo Camz. Era dolorido e fiquei tonta de novo. Me segurei na porta. — Calma, ela foi muito forte e pensou em vocês o tempo todo. Ela conversou muito comigo e isso é um bom sinal. Seja assim por ela e pela Nefertari.
— Ela falou esse nome ridículo de novo?
— Falou Afrodite. – Aquilo, de alguma forma, me acalmou um pouco. Ela realmente havia conversado com minha Camz.
— Estou com medo.
— Isso é normal. A situação é apavorante, mas eu dei meu melhor e estou com esperança de que ela vai acordar. – Me aproximei da cama e peguei a mão dela. Me aproximei de seu rosto e beijei sua bochecha.
— Camz, eu preciso de você. Nós precisamos. Acorde! Lute contra qualquer coisa, mas volta para mim. – Me afastei e olhei para Doutora Grey. — Ela está tão pálida.
— Isso é normal. Ela perdeu muito sangue. – Toquei o rosto de Camz.
— Ela é perfeita!
— Ela é incrivelmente forte e ama você, Greg e a pequena Nefertari.
— Eu não quero esse nome.
— Ela vai poder argumentar isso com você.
— É tudo que mais quero.
Camila Cabello | Point of View
Estou a alguns minutos escutando uns bips e vozes bem distantes. Bips são bom sinal. Tento abrir os olhos, me movimentar, mas meu corpo não obedece meus comandos. É uma sensação aflitiva. Passo todo o tempo, tentando me mexer ou falar, mas não consigo. Até que desisto. Fico um tempo, sem apagar completamente e sem acordar completamente. Não posso fazer nada em relação a isso. Até que sinto algo diferente.
— Falou Afrodite. – Doutora Grey falando Afrodite... É a Lauren!
— Estou com medo... – Meu Deus! A voz dela... Não fique com medo amor, eu estou aqui e sempre vou estar.
— Isso é normal. A situação é apavorante, mas eu dei meu melhor e estou com esperança de que ela vai acordar. – Sinto aquela corrente elétrica no toque dado em minha mão. Eu tento me mexer, mas é em vão. Meu rosto é beijado. Eu tento desesperadamente mexer minha mão e retribuir o toque. Ato falho. Como queria ver seus olhos agora, minha Deusa. Os olhos mais lindos do mundo.
— Camz, eu preciso de você. Nós precisamos. Acorde! Lute contra qualquer coisa, mas volta para mim... – Estou exausta e a voz de Lauren vai ficando distante. Eu vou estar aqui sempre Lo. Não vou te abandonar nunca. Então, eu me desligo e não escuto mais nada.
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Aprendendo A Viver
FanfictionCamila Cabello e Cara Delevingne vivem nas baladas da vida, com 24 anos, elas não amadureceram ainda, agem como adolescentes, até que levam o emprego a sério, agora a vida pessoal delas é uma festa. O destino decidiu agir com as "alérgicas a relacio...
