55. Seguindo conselhos

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Camila Cabello|Point Of View

Quando voltamos para casa, Greg estava elétrico, deu um show em nós. Quando finalmente ele cansou, o colocamos para dormir. Quando entramos no quarto, agarrei Lauren e a joguei contra a porta, ela deu um gritinho de surpresa.

— Que susto, Camz!

— Vamos ter que resolver algumas pendências.

— Você ainda tem pique?

— Acho que você não me ouviu na lanchonete, eu disse que iria te ferrar inteira.

— Mas depois de tudo isso. Até futebol o Greg fez você jogar.

— Você sabe que para sexo, eu nunca vou estar cansada. Você não está afim?

— Eu não aguento nem meu peso. Desculpe ter te provocado, eu não imaginei que teria que brincar tanto hoje.

— Tudo bem. Vou tirar essa roupa ridícula.

— Já cansei de falar que você não está ridícula. – Eu estava tirando a roupa.

— Eu te falei que o pessoal da loja, achou que eu queria essa fantasia, para realizar um fetiche? – Ela gargalhou.

— Não! Como você reagiu?

— Eu não tinha entendido no inicio, perguntei pra vendedora e ela me falou. Nossa, eu comecei a me explicar, que era por causa do meu filho.

— E todo mundo achou fofo. Já sei.

— Isso mesmo. Depois a vendedora disse que se eu quisesse usar em uma noite quente, eu poderia ligar pra ela. – A expressão de “estou gostando do papo” mudou para “suas próximas palavras vão definir o quanto você ainda vai viver”. — O que foi?

— O que você respondeu pra essa vadia?

— Ah nada demais.

— Você não a cortou?

— Não. – O que eu estou fazendo? — Você sabe né? É bom pra elevar o ego! – Ela me jogou o salto dela. — Ai! Louca! Isso machuca!

— É pra machucar mesmo, fica dando moral para essas vadias, será que eu tenho que estar sempre perto?

— Estou brincando sua boba. Eu falei que iria usar, mas com minha esposa e mostrei minha aliança. – Ela tirou a carranca. — Ela se desculpou e disse que na havia notado.

— Sei, “não notou” bem coisa de puta mesmo, fingir que não notou essa aliança maior que seu dedo. Ela tentou, mas depois que você não deu moral mudou o discurso. – Eu estava com um sorriso bobo no rosto. — Porque está com essa cara?

— Fazia tempo que você não dava piti por ciúmes. Estava com saudade já.

— Você é uma sem vergonha Cabello. Você não presta!

— Nossa! Quanto amor envolvido! – Falei fingindo indignação.

— Quase tive um ataque aqui. Por favor, não tente despertar meu ciúme adormecido. Você não pode lidar com ele. – Ergui as mãos em sinal de rendição. — Amanhã, Tay e Cara virão aqui, para assistir filmes e comer besteiras.

— Ok! E o Greg?

— Sua mãe quer que ele fique um tempo com a Sofi e ele vai passar a noite lá. – Não gostei da idéia de ficar longe do Greg. — Deixe de bico.

— Não estou fazendo bico, só não gosto de ficar longe dele.

— Eu também não, mas nossas famílias estão nos cobrando. Ficamos só na nossa bolha, todos sentem nossa falta. Nossos pais são avós, pela primeira vez e não estão curtindo isso. Precisamos nos organizar melhor.

— Ok!

×××



O dia foi tranquilo, no fim do expediente fui conversar com meu pai. Bati na porta e entrei.

— Oi amor!

— Oi pai! Queria conversar com o senhor, uma coisa meio constrangedora.

— Que isso, você sabe que entre pais e filhos, nada é constrangedor.

— O senhor sabe que tem sim e muitas coisas.

— Mas fale logo. O que está te afetando?

— Bom, Lauren e eu, não estamos mais... Bom, estamos, mas não com tanta frequência. E... o senhor sabe o que né?

— Hum, a crise do início.

Aprendendo A Viver Onde histórias criam vida. Descubra agora