108. Tratar Uma Mulher

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Camila Cabello  |  Point of View




Quando conversamos que teríamos que viajar, por ordens da psicóloga, foi uma brigalhada sem tamanho para ver
com quem as crianças ficariam. Demorou muito até o Mike ter a brilhante ideia de um dia para cada casa. Quando chegamos em casa a noite, Lauren começou a arrumar as malas, mas os meninos estavam muito quietos. Greg jogava a bola para o América pegar, totalmente sem vontade e Mer estava escorada nele.

— Está tudo bem com vocês? – Falei me ajoelhando em frente a eles. Mer olhou para o Greg. — O que está acontecendo?

— Nós fizemos alguma coisa de errado?

— Não meus amores! Porque a pergunta?

— Então porque não vamos viajar com vocês?

— Ok, venham aqui! – Sentei no sofá, sentando Greg em uma perna e Mer na outra. — Vocês sabem que mama e eu estamos indo em um médico, né?

— Sim. Temos que ficar no vovô enquanto vocês vão lá.

— Isso. Nós vamos lá porque estávamos brigando muito e não queremos mais fazer isso. A médica nos pediu para viajar sozinhas, esse final de semana. Como parte do tratamento, entenderam?

— Como assim?

— Greg, sabe quando você caiu no colégio e a enfermeira mandou você tomar o remédio para ficar melhor. – Ele assentiu. — Então, ela indicou essa viagem como se fosse um remédio, entendeu?

— Aham! Vocês vão brigar menos depois da viagem?

— Olha, príncipe, é o que mais queremos e estamos torcendo para essa médica estar certa.

— Então, vocês não estão brabas com a gente? – Meredith perguntou.

— Claro que não princesa! Vocês não sabem o quanto é difícil para nós duas ficarmos longe de vocês, mas é necessário! Vocês não gostam de ficar com os seus avôs?

— Gostamos, mas preferimos ficar aqui com vocês. – Greg disse.

— É! Queremos brincar com vocês. – Mer concordou.

— Podemos fazer o seguinte, nesse final de semana mama e eu viajamos e no outro, vamos para a casa de praia do vovô Mike. O que vocês acham?

— Yeaaaahhhh! – Os dois gritaram juntos.

— Vão lá arrumar as coisas para levar no vovô. – Eles saíram e Lauren estava na beira da escada. — Escutando as conversas, senhora Cabello Jauregui?

— Sim! Estava me apaixonando por você mais umas mil vezes, durante esse dialogo. Como você consegue ser tão perfeita?

— Você viu, eles já estão estranhando nosso distanciamento. Acha isso certo?

— Claro que não, mas vamos seguir as orientações dela e ver se adianta alguma coisa.

— Ela nem deve ter filhos. Aquela vaca!

— Camz!

— Só estou falando a verdade. Ela não deve ter e não aguenta que os pacientes tenham. É uma conspiração. Lauren! Vamos sair de lá, antes que ela nos faça os colocar em um orfanato.

— Nossa, Camz! Para de assistir esses filmes de suspense. Eles estão te deixando paranóica.

— Já arrumou minhas coisas?

— Arrumei as minhas!

— O quê está esperando para arrumar as minhas? – Falei brincando e ela me olhou incrédula.

— Sou sua empregada agora?

— É minha escrava e está muito rebelde! Tem que melhorar esses modos.

— Mas... Olha bem como você fala comigo.

— Você está muito respondona. Vou ter que chamar a Oficial Cabello nessa viagem! – Ela sorriu maliciosamente pra mim.

— Não tenho medo dela.

— Deveria ter. – Puxei seu cabelo para trás e dei um chupão no pescoço dela. — Ela vai te foder tão forte...

— Oh céus, Camz!

— O quê?

— Não vou arrumar na...da.

— Está reclamando muito. – Chupei seu ponto de pulso. — Acho que vou ter que ocupar sua boca com algo.

— Algo grande?

— Grande e grosso!

— Você está me deixando louca.

— Você não viu nada.

— Mama! O Greg não me deixou jogar com ele. – Meredith chegou choramingando.

— Vou lá!

— Tudo bem. – É.. Por mais que eu odeie o fato de ficar sem meus pequenos, devo confessar que dois dias sozinha com minha deusa, não será torturante. “Nossa! Essa Cabello só pensa em sexo!” Não é isso. Só de ficar assistindo um filme, agarradinhas, vou ficar satisfeita. Namorar um pouco vai ser legal. E a ouvir gemendo meu nome alto vai ser mágico, por mais que a gente faça sexo todos os dias, nós temos que conter os gemidos e barulhos. O que é muito difícil.

— CAMILA! – Shiiiii! Greg deve ter desafiado ela. A coisa deve estar feia lá. — VÊM FALAR COM SEU FILHO AGORA! – Subi e Greg estava emburrado, Mer chorando e Lauren vermelha.

— Me deixem falar com ele a sós. – Elas saíram. — O que houve?

— ELA NÃO...

— Diminua o tom de voz. Não acredito que você falou assim com as princesas da casa. – Ele olhou para o chão. — Você falou?

— Desculpa papa. Mas a Mer não sabe jogar...

— Isso não é motivo para gritar. Greg, você é o irmão mais velho dela, ela te venera e quer passar um tempo com você. Quando ela quiser jogar, coloque um jogo fácil e jogue um pouco com ela. Não vai cair um pedaço. Vocês têm que ser melhores amigos.

— Tudo bem papa!

— Agora você vai lá pedir desculpas para as duas e vai me prometer que nunca mais vai elevar o tom com elas. O quê eu vivo falando pra você?

— Que não temos só que chamá-las de princesas e sim tratá-las como.

— Muito bem. Por quê?

— Você está educando um príncipe, que diferente de você, vai saber tratar uma mulher bem, desde cedo.

— Isso! Agora vai lá pedir desculpas.

— Tudo bem. – Ele foi até o quarto de Mer e eu o acompanhei. Ele esticou os braços e Lauren o pegou no colo. — Desculpa, mama. Não queria ter gritado, vocês são princesas e eu fui grosseiro.

— Tudo bem, meu filho. – Ele pediu para ela colocar ele no chão e foi até Mer.

— Maninha... Desculpe por não te deixar jogar, mas se você ainda quiser... – Ela assentiu várias vezes. — Vamos então. – Ele pegou a mão da irmã e eles foram para quarto dele.

— Porque ele te escuta tanto? Queria que ele gostasse de mim deste jeito.

— Claro que ele te ama do mesmo jeito. Ele só não está em um dia bom.

— Talvez. – Tranquei a porta e me aproximei dela.

— Você não me deu nenhum beijinho hoje. – Falei fazendo beicinho.

— Own... Que pecado. – Ela me puxou pela nuca e colou nossos lábios. Adentrou minha boca com a língua e explorou cada canto dela. Depois chupou minha língua e eu acho que vi estrelas essa hora. Depois de um tempo, sugou meu lábio inferior e o soltou devagar. — Compensei?

— Acho que vou precisar de mais.

— Só amanhã na viagem.

— Olha o meu estado amor? Não tem pena?

— Não. Só amanhã! – Me deu um selinho e saiu me deixando em um estado deplorável.

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