117. Frustrada

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Camila Cabello  |  Point of View

Duas semanas depois...




Como o esperado, quase não paro em casa, o serviço só aumenta e eu estou a beira de um colapso. Parece drama, mas realmente, queria aproveitar minha família. Meu choro é interrompido quando batem em minha porta. É Cara.

— Oi. O relatório está aqui.

— Ótimo. Agora vou ter que ficar até tarde.

— Eu... Desculpa. Eu estava...

— Não Cara. Você não estava! Você chegou a tarde e agora vou ter que ficar até a noite, porque você é egoísta e irresponsável.

— Não sei... – Meu celular tocou, era Lauren.

~Ligação On~

— Oi amor.

— Oi Camz. Como você está?

— Bem. E por aí?

— Tudo ótimo. Só liguei pra confirmar se você vai buscar o Greg hoje. – Meu coração apertou, era a terceira vez que desmarcava.

— Desculpe Lo. Vou ter que ficar até tarde de novo. Amanhã eu o busco na escola. – Cara negou com a cabeça.

— Tudo bem. Te amo.

— Também te amo.

~Ligação Off~

— Desculpe... Me sinto péssima.

— Bem vinda ao clube.

— Você não precisa fazer isso. Isso é o sonho do seu pai, não o seu.

— Já foi o meu também. Só preciso me ajustar.

— Você anda muito estressada. Você não aprovou nenhum projeto na reunião de ontem.

— Também, todos são fracos. Lembra como os nossos eram perfeitos?

— Você tem que pegar leve. Renan, você e eu fomos criados para isso. Temos um dom pra isso. Se você for rígida demais, não vai funcionar.

— Preciso de você, Cara. Você disse que iria me ajudar e nem na hora você chega.

— Vou te ajudar sim. Mas ontem, Tay e eu comemoramos o nosso aniversário de segundo começo.

— Parabéns. Me conte detalhes, enquanto arquivo isso. – Ela ficou falando e falando na noite perfeita dela.

Eram oito da noite e eu estava longe de terminar. Até que minha secretária entra na sala, com um pote. Eu promovi Débora para o cargo da Cara e Cara foi para o meu. Então, Lauren, isso mesmo, Lauren, selecionou minha secretária. Amanda devia ter a idade de minha mãe e muito eficiente.

— Sua esposa mandou seu jantar, Sra. Cabello.

— Obrigada, Amanda. Pode ir para casa.

— Obrigada! Até amanhã.

— Até.

Teminei quase onze horas da noite. Não voltei de carro para casa, chamei um taxi, não aguentava o olho aberto.


×××


Na sexta, o dia começa lindo, só de imaginar que a tarde vou para casa e ficar até segunda sem entrar nesta sala é um alívio. O telefone de minha sala toca.

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