130. Especial 3

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Lauren Jauregui  |  Point of View




Estou observando meus amores. Greg está com 15 anos e não perde o costume de ficar abraçado no pescoço de Camila, enquanto ela lê o jornal. Mer está ajudando os irmãos na tarefa da escola. Ramsés e Nefertari têm uma admiração enorme por ela, eles admiram todos nós, mas ela eles veneram.

— Papa... Preciso conversar com você. –  Camila levou a mão ao peito.

— Garoto... Não me diz que você está namorando. – Gargalhamos do desespero dela.

— Não. Mas é sério. – Camila tirou os óculos e assentiu. Ele beijou minha testa e ela minha boca, subindo para o quarto.



Camila Cabello  |  Point of View



— Fala meu filho, está me assustando. – Ele olhou para o corredor e depois fechou a porta.

— Sabe... – Ele coçou a nuca e sentou ao meu lado. — Eu estou sentindo umas coisas diferentes. Faz anos, mas ultimamente, está pior.

— Que coisas?

— Sabe... – Ele apontou para o meio das pernas.

— Ah! Sua mãe tinha pedido para conversar com você, mas você não deu sinal... Quer dizer, isso foi falha minha, ok? Não fique constrangido. É normal. Você faz algo para aliviar?

— Tomo banho gelado.

— Vou pegar uma coisa. – Ele assentiu. Fui até o escritório e abri o cofre. Pegando uma maleta, que comprei para o Greg há tempos e voltando para o quarto. Tranquei o mesmo e sentei na cama. — Tome. – Ele abriu.

— Revistas de mulher pelada?

— Uma ajudinha visual. Têm lubrificantes também. – Ele ficou me olhando por um tempo e começou a chorar. — O que houve, pequeno?

— Não posso falar.

— Sabe que pode falar sobre tudo comigo.

— Você não vai aceitar.

— Fala comigo... Pode falar. – Ele me olhou e depois voltou o olhar para o chão.

— Acho que não sinto tanta atração por garotas... Quer dizer, eu até sinto, mas gosto de garotos também. – Arregalei os olhos. — Desculpe, papa... Me perdoa...

— Não se desculpe, amor. Isso não é um problema, se te faz feliz é o que importa. Sua mãe e eu vamos te apoiar em tudo.
Cabello27Jauregui é a senha da privacidade da Internet. Assista a uns vídeos, mas não se vicie nisso, sua mãe me mataria se soubesse o que estou fazendo e sempre... Sempre tranque a porta. Temos mocinhas na casa e evitará constrangimentos.

— Você viciou?

— Eu passei por algumas coisas ruins e me tiraram o direito de ser uma adolescente normal.

— Sinto muito, papa.

— Fui recompensada. Olha a família que Deus me deu... Não posso reclamar da vida.

— Eu amo você, papa.

— Eu amo você, meu príncipe. – Nos abraçamos. — Pode me apresentar uma princesa ou um príncipe, mas demore, ok? – Ele sorriu de lado.

— Ok... Fique tranquila.

— Vou comprar uma coisa para você. – Ele assentiu. Caminhei até a sala e peguei as chaves do carro.

— Vai aonde, amor?

— Já volto, princesa. Vou comprar umas coisas para o Greg. – Ela assentiu.

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