Camila Cabello|Point Of View
Acordo com o despertador (meu ódio por ele aumenta a cada manhã) expandindo seu ruído chato e estridente por todo meu quarto. Levanto, faço minha higiene e me arrumo para o trabalho.Acho que vocês querem me conhecer néh? Não? Tanto faz. Meu nome é Camila Cabello, tenho 24 anos, sou fornada em administração, trabalho na empresa da minha família, e moro com meus pais, Alejandro e Sinuhe Cabello (Que vergonha Camila, morando com os papais! Velha desse jeito!... Me deixem, eu que prefiro assim, amo ser mimada por eles) e tenho uma irmã mais nova chamada Sofia, minha cópia. Ah! Quase me esqueci de um pequeno detalhe, bom, de pequeno não tem nada, eu sou intersexual – é, eu sei! Que loucura!, sou um “big men” da cintura pra baixo. Eu não ligo muito pra isso, meu garotão aqui, me arruma várias mulheres, pra mim está ótimo!
Eu sou muito festeira, já fiquei com tanta gente, eu e minha melhor amiga Cara, que tem a mesma idade que eu, estamos em todas e arrasamos, nunca saímos desacompanhadas, mas não levamos ninguém para nossa casa, nem vamos na casa de ninguém, nunca trocamos contatos, compromisso é uma coisa fora de cogitação, “alérgicas a relacionamento”, algumas conseguem achar a gente, mas logo damos um jeito de dispensar elas. – Não nos odeiem, todos devem curtir a vida.
Mas como nem tudo é perfeito, às vezes eu me sinto estranha, sinceramente, não entendo, eu tenho tudo, sou rica, amo meu emprego, sou linda – muito modesta também, qual é pessoal. Se amem também, tenho amigos maravilhosos e uma família que é perfeita. Esse vazio é muito desconfortável. Acho que eu estou com anemia. Eu conversei com meus pais sobre isso, eles me disseram que eu devia conhecer alguém legal, namorar sério e que assim isso passaria. – Meus pais vivem me falando isso, eles se amam e são do tipo que acham que o amor resolve tudo. Prefiro a anemia, não quero compromisso, eu conheço muitas “pessoas legais” nas baladas com a Cara – ~piscando~ – e a sensação continua aqui, então, eles estão errados. A Cara disse que sente o mesmo que eu quando contei pra ela sobre isso. – Nossa epidemia de anemia nessa cidade. Mas o assunto morreu. Bom, agora que vocês já me conheceram melhor, vou voltar para a realidade.
Tomei meu café, em meio a uma conversa agradável com meus pais e sai para o trabalho. Cheguei, cumprimentei minha secretária – gostosa, diga-se de passagem, eu virei amiga dela depois que ela me deu um fora, mas essa história eu conto depois, e entrei na minha sala. Quando eu me sentei na minha cadeira, um tornado entra na minha sala.— Quem é aquela morena que esta sentada na recepção. – Pessoal conheçam minha amiga, Cara Delevingne, a educação em pessoa. Acho que ela não esta respirando agora.
— Bom dia! Eu estou ótima e você? – Falei irônica, mas eu acho que ela vai ter um AVC na minha frente.
— Quem é ela? – Perguntou e lembrou de respirar, eu acho?
— Eu não sei, eu nem olhei pra recepção, mas deve ser algum dos estagiários que eu vou entrevistar hoje. – Falei, ela estava estranha, será que é a anemia?
— Nossa Mila, eu não sei por que, mas eu preciso conhecer ela. – Falou e suspirou.
— Ih, se eu não te conhecesse, diria que tua futura esposa está na recepção. – Falei brincando, mas ela não riu, ficou mais nervosa e só abria a boca e fechava. Tudo isso por uma pessoa que ela nem conversou ainda. – Qual é Cara? Você nem conhece ela!
— Mas ela sorriu pra mim e meu coração errou a batida. – Falou e eu me afoguei com a saliva. Ela continuou – Acredita em amor à primeira vista? – Amor? Nunca falamos em amor! Ela nem conhece essa garota!— Nossa Cara, me diz onde você comprou esse baseado, vou mandar fechar essa espelunca, ele devia estar vencido. – Falei debochada.
Então, Débora – Já falei pra vocês que ela é gostosa? Entrou na minha sala, dizendo que eu já estava atrasada para as entrevistas. Cara saiu da minha sala, sem falar nada e eu esperei o 1º candidato entrar.
As horas estão se arrastando e eu estou no 4º candidato ainda, candidata na verdade, bonitinha até, será a “esposa” da Cara? Se for, sinto muito, mas não vou contratar ela. Quando Débora me entrega a ficha do 6º candidato, ela me diz que são 16 candidatos, eu quase infarto, eu amo o que eu faço, mas essa é a pior parte do meu serviço, por isso meu pai me encarregou disso, dizendo que me sairia melhor que ele. O que é uma mentira deslavada, ele também devia morrer de tédio fazendo isso.
Olho para ficha, ótimo, outra criança, 18 anos e sem experiência. Ela entrou, se apresentou, pedi pra ela falar sobre ela, fiz perguntas, ela foi muito bem com as respostas e eu comecei a falar sobre situações do dia-a-dia da empresa e pedir
soluções, pude constatar que ela é bem criativa e ágil na forma de pensar. Confesso que simpatizei muito com ela.Quando olho para a janela, que dá uma visão do corredor e da mesa da Débora, esta Cara, quase vermelha, me fazendo sinais, pela fresta da cortina, entendi que essa moça, era a “moça da recepção”. Sorri, fiz sinal para ela entrar, ela me olhou com um pânico nos olhos, insisti, ela começou a andar bem devagar, bateu na porta e entrou.
— M... Me cha... mou? – eu não sabia que ela gaguejava... coitada gente... mas eu estou rindo internamente.
— Sim, essa é Taylor Jauregui, quero que você mostre a empresa para ela e a guie para conhecer a nova sala dela! – Quando eu terminei de falar vi Taylor sorrindo, um pouco emocionada, foi meu jeito de dizer que ela passou na entrevista. Cara sorria como uma tonta olhando para a menina, nossa nem disfarçar ela tentou.
— Muito obrigada pela oportunidade, senhorita Cabello e eu prometo que não vou decepciona-la. – Ela falou e apertamos as mãos. – A Cara? – Acho que morreu ali, nem se mexe mais.
Acho que vou provocar um pouco minha amiga querida:
— Conto com isso Taylor! Desculpa o comentário, mas seus olhos são lindos. – Falei e a Cara acordou, me lançou um olhar fulminante, eu tive até a impressão de que saiu um pouco de fogo de seus olhos.
— Obrigada Senhorita Cabello! Se gostou dos meus, vai se perder nos da minha irmã. – Falou sorrindo e um pouco corada pelo elogio.
Quando fui responder, olhei para Cara, que me olhava como um rottweiler, pronto para atacar e não me deixou nem formular minha frase.
— Vamos conhecer a empresa Taylor? – Ela disse, ou rosnou não sei, Taylor assentiu, saindo da sala e Cara estava me encarando, quase espumando de raiva.
Depois de um tempo, redigindo o contrato de Taylor, liguei para Débora e a chamei em minha sala.
— Dé, dispense os outros candidatos e imprima isso para mim, por favor! – Ela sorriu, assentiu e se retirou da minha sala.
Passado mais um tempo, eu estava estranhando. Cadê a Cara? Está demorando, será que elas estão se pegando? Não! Sim? Nossa como estou com pensamentos idiotas ultimamente. Saí de meus devaneios quando minha porta se abriu e Débora entrou.
— Mila, uma mulher está na recepção, disse que é irmã da Taylor Jauregui e que quer falar com você. – Fiquei surpresa, o que ela quer comigo? E porque a Taylor e a Cara não voltaram ainda?— Diga para ela... entrar? – Falei meio que perguntando e Débora me fitou confusa.
— Digo? – Assenti, mas eu estava me sentindo um pouco estranha. Ainda acho que minha mãe devia ter me levado no médico, eu estou mesmo com anemia.
Quando a porta de minha sala se abriu novamente, o mundo parou? De onde caralho começou a tocar Save Me? Música velha pra cacete! E porque está tudo em câmera lenta? E o que a Megan Fox faz na minha sala?
— Boa tarde! Eu sou Lauren Jauregui, irmã da Taylor e queria conversar um pouquinho com a Senhorita. – Oh... meu... Deus!
Depois dessa voz rouca, quase me urinei. O que está acontecendo comigo? Parece que eu tenho 12 anos. Porque eu não consigo falar?Então Pessoal, aconteceu comigo, debochei da Cara, e o tal do destino mandou ver aqui.
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Aprendendo A Viver
FanficCamila Cabello e Cara Delevingne vivem nas baladas da vida, com 24 anos, elas não amadureceram ainda, agem como adolescentes, até que levam o emprego a sério, agora a vida pessoal delas é uma festa. O destino decidiu agir com as "alérgicas a relacio...