160. Onze Horas

811 57 5
                                    

Meredith Cabello Jauregui  |  Point of View



Eu estava aproveitando os mimos de minha mãe enquanto assistíamos a um filme. Isa estava na poltrona do Greg, o que me fez pensar que ele vai querer botar fogo nela se descobrir, minha papa estava envolvendo os ombros de minha mama com o braço e sua mão estava segurando a minha. O filme era chato, mas ficar ali aproveitando aqueles carinhos era a melhor coisa do mundo. Quando o filme terminou.

— Isa e eu vamos subir para namorar um pouco.

— Meu senhor, minha princesinha. Não fale essas coisas perto de mim. – Falou com uma expressão de dor.

— Desculpe, papa. – A abracei. — Boa noite.

— Boa noite, princesinha. – Ela beijou minha testa. Minha mama fez o mesmo e entrelacei meus dedos com os de Isa.

— Comportem-se! – Minha mãe disse e eu assenti.

Caminhamos até meu quarto. Eu fechei a porta e me escorei na mesma, puxando Isa pela mão e colando nossas bocas. Ela levou a mão até minha nuca e acariciou ela, o que fez todos os pelos do meu corpo de eriçarem.

Senti uma necessidade de tocar a pele dela. Coloquei minhas mãos por baixo de sua blusa e senti seu calor... Eu não devia estar diferente. Acariciei sua cintura e os beijos foram ganhando intensidade. Ela colocou a mão sobre a minha e levou até o seio dela... Ela estava sem sutiã... Era tão gostoso de apertar ali, e quando eu o fazia, ela soltava pequenos gemidos entre o beijo.

— Preciso de você agora, Mer. – Ela disse completamente ofegante.

— Aqui não dá. Eu não conseguiria com minha papa perto. – Ela assentiu e colou nossas testas.

— Tudo bem... Mas você me enlouquece.

— Eu não estou atrás nisso tudo. – Ela me deu um selinho demorado. — Vamos assistir a um filme?

— Vou tomar um banho gelado e já volto. – Ela me deu outro selinho e foi para o quarto de hospedes. Um banho gelado não cairia mal.


Camila Cabello  |  Point of View



— Vamos deitar, Camz!

— Não vou. Eu disse para ele voltar às 23h.

— Ele se atrasou um pouco. Já deve estar voltando, você tem reunião amanhã, deixe que eu o espero.

— Não concordo com isso. Isso tudo é um absurdo, com alguém da idade dele, tudo bem, tem os mesmo interesses e estão descobrindo tudo juntos, mas um homem feito com meu garotinho. Isso está errado.

— Você tinha concordado.

— Para não deixá-lo triste... Mas isso é... Melhor não falar bobagens.

— Camz... Você tem que relaxar.

— COMO EU VOU RELAXAR? MINHA GAROTINHA ESTÁ NO QUARTO SE AMASSANDO COM UMA QUALQUER E
MEU GAROTINHO, QUE NEM DEZOITO ANOS FEZ AINDA ESTÁ COM UM HOMEM FEITO E SABE-SE LÁ O QUE ESTÁ FAZENDO. É MEIA NOITE.

— Não grite. Quer acordar as crianças? Vai se deitar e deixe que eu resolvo isso.

— Espero que você resolva mesmo. – Ela disse e saiu pisando forte dali.

Greg chegou a nossa casa meia noite e meia.

— Que horas sua papa combinou com você?

— Às 23h, mas não conseguimos chegar a tempo da sessão do cinema e o filme acabou agora.

— Não faça mais isso, nos deixou preocupadas. E o rapaz? Nem veio te trazer na porta?

— Eu não deixei.

Ele beijou minha testa e subiu as escadas. Tranquei as portas e desliguei as luzes, subi até o quarto e Camz estava sentada na cama.

— Camz! Você tem reunião na primeira hora amanhã.

— Você só disse para ele não fazer de novo? Ele se atrasa uma hora e meia e você só diz para ele não fazer de novo?

— Porque você não faz alguma coisa? – Ela levantou correndo e foi até o quarto de Greg. Eu a acompanhei. Greg sorriu quando enxergou Camila.

— Greg Cabello! Eu só fiz a porra de uma exigência nessa casa que eu não mando nada... Cheguem às 23h. Você me desrespeitou e vai ficar de castigo. Um mês sem sair. É da casa para escola e da escola para casa.

— Mas papa, o filme atrasou...

— Você tem uma sala de cinema em casa, Greg. Não me venha com essas desculpas tolas, elas não combinam com você.

— Tudo bem...

— Camila bateu a porta do quarto e caminhou até o nosso. Se deitou e apagou o abajur.

— Boa noite, Camz.

— Boa.

Foi o que ela disse antes de resmungar um monte de coisas que eu não entendi.


×××


Estávamos tomando café, Camila não me olhava e nem bom dia ela me deu. Ela beijou o topo da cabeça dos gêmeos e depois a de Mer. Saindo em seguida.

— Desculpe, mama. Agora vocês estão brigadas.

— Meu filho... Camz está certa, eu devia ter sido mais dura com você, você não devia desrespeitar a única regra dela. Ela cede tanto por vocês, demonstrem apreço por isso. E ela está certa em outra coisa, você não é do tipo que inventa essas desculpas. Não mude por ninguém. Não vale a pena.

— Desculpe mesmo, mama. Estava tão bom.

— Eu sei, amor. Mas agora você vai ficar um mês sem o “estava bom”. Essa uma hora e meia não custou muito caro? – Ele assentiu. — Não se revolte ou fique irritado com sua papa.

— Eu seu que errei, mama. Nunca ficaria revoltado com ela.

— Ótimo. Agora vão pegar as mochilas que estamos atrasados.


×××


Deixei as crianças na casa dos meus pais e fiquei no sofá esperando Camila. Ela chegou.

— Que silêncio.

— As crianças estão na casa dos meus pais.

— Estou encrencada?

— Precisamos conversar. – Ela assentiu e sentou-se ao meu lado.

— Desculpe Lauren. Eu estava nervosa e você sabe que eu não controlo direito minhas emoções.

— Você estava certa, Camz. Eu fui mole demais com o Greg.

— Eu devia ter te mostrado isso de outro jeito, mas virei um cavalo.

— Nós duas erramos, Camz. Mas foi tentando acertar.

— Sim. Me desculpa?

— Sim. E você, me desculpa?

— Talvez... – Olhei em dúvida para ela. — Em troca de alguns favores sexuais, talvez... — Ai amor. – Ela disse quando acertei seu braço. — Claro que desculpo. – Ela me deu um selinho demorado.

— Você é uma safada...

— Eu tenho Lauren Jauregui a minha inteira disposição... Como não ser safada? – Ela sentou no meu colo com um joelho de cada lado do meu quadril.

— Você é uma boba!

— Uma boba que te venera! – Ela disse colando nossos lábios em um beijo intenso.

Aprendendo A Viver Onde histórias criam vida. Descubra agora