140. Tonta

902 67 10
                                    

Camila Cabello  |  Point of View




— Ou melhor... Se for sobre os nossos filhos, Lauren tem que estar presente.

— Não acho correta essa forma de vocês criarem os filhos.

— Que forma?

— De tudo é permitido. Sempre dizem sim... Eles não têm limites. Mer não é lésbica, ela só quer a atenção que Greg roubou de vocês se assumindo. Isso está mais do que na cara.

— Mer é uma adolescente confusa... Quem não foi? Ela está experimentando e ela não precisa roubar a atenção, nós mais que nos dividimos isso entre eles. – Lauren falou.

— Ela era a venerada e do nada você surta em atenções para o Greg. Isso não é estranho?

— Não. Acho que está mais estranha essa preocupação agora. – Lauren falou e eu apenas observava a discussão delas.

— É disso que eu estou falando! – Minha mãe disse apontando pra mim. — Você não opina em nada em casa? Fica acatando tudo que Lauren fala?

— Lauren passa mais tempo com eles, ela tem esse direito, não posso chegar só à noite em casa e começar a ditar regras.

— Você tem que pensar nas coisas Camila. Você está a frente da empresa, como será quando sair nos jornais que seus filhos são gays? Isso prejudicaria você.

— Mama... É melhor a senhora ir até a cozinha e pedir desculpas para meus filhos se você os ofendeu de alguma forma. Sabe muito bem que se eu tiver que escolher entre a felicidade dos meus filhos gays e a empresa... Não pensaria duas vezes. Lauren e eu estamos dando nosso melhor pra conciliar tudo e nossos filhos terem a liberdade de se abrirem e eles confiarem em nós duas é um indicativo que estamos indo muito bem, obrigado. O dia que precisamos de ajuda... Pediremos.

Mas está tudo sobre controle, Lauren manda em mim e na casa. E funcionou bem durante esses anos. Se preocupe com Sofi e pense em Cara, quando ela souber que você repudiou a sexualidade dos meus filhos... Vai pensar o que da mãe de criação?

— Não tinha pensado nisso... Bom, continuo achando errado. Fora tudo isso, eles vão sofrer com o preconceito.

— Vão sofrer sim, mas vão ter as mães em casa para confortá-los. E espero que a família toda. – Ela me abraçou.

— Por mais loucura que seja... Melhor aceitar isso. Não quero sair do convívio de meus netos.

— Melhor mãe. Não desafie Lauren novamente na casa dela. Isso é inadmissível.

— Essa sua esposa... – Ela disse olhando pra Lauren e indo a abraçar. – Parece uma leoa quando o assunto é você. – Lauren sorriu e retribuiu o abraço. — Desculpe.

— Tudo bem. Agora vamos voltar, antes que nossos convidados se debandem.

— Sim. – Minha mãe saiu do quarto e eu olhei incrédula pra Lauren.

— Que porra foi essa? – Perguntei e ela gargalhou.

— Acho que é mais pela empresa.

— A empresa... Aquela empresa sou eu. São as sapatas das nossas irmãs, era um monte de nada antes de nós.

— Todo mundo sabe disso.

— Se meus filhos quiserem andar pela rua enrolados em arco-íris, eles vão andar. Ninguém tem nada com isso.

— Calma Camz. Esquece isso.

— Não vou esquecer. Não vou mesmo. – Ela selou nossos lábios. Pedi passagem com a língua e ela cedeu. A empurrei até a porta e segurei suas mãos sobre sua cabeça.

Ela se inclinou, aumentando a intensidade e se desprendeu de minhas mãos, deslizou elas por meu tronco e tirou minha camisa. Tirei o vestido folgado que ela usava e ela abriu minha calça, trancando a porta depois.

Ficamos nos encarando por um tempo, ela tocou meu rosto e eu sorri.

— Eu te amo tanto, Camz. – Puxei ela pra perto e dei um selinho demorado nela.

— Eu também te amo demais, princesa. Cada dia mais. – Ela me puxou pela nuca e desta vez o beijo foi mais sensual... Ela serpenteava a língua indecentemente sobre a minha.

Levei minha mão até sua bunda e a apertei forte sua carne, onde impulsionei seu corpo para cima. Ela enlaçou minha cintura e comecei a estimular os seios rijos dela. Lambia e mordiscava os bicos, enquanto a mão dela alisava minha extensão coberta pela cueca. Abaixei minha cueca e arredei sua calcinha, a penetrando devagar. Ela cravou as unhas em meus ombros e apertou os olhos, enquanto gemia baixo. Fiquei um pouco parada, depois de entrar por completo dentro dela, pois sempre fico tonta de prazer quando faço amor com ela.

Comecei a me movimentar e ela me acompanhou rebolando gostosamente. Depois de um tempo, ela me pediu mais
velocidade e eu prontamente atendi. Nossos ofegos e gemidos eram abafados com beijos e chupões. Estava suando, o quarto estava quente e preenchido com o barulho de nossos corpos se chocando. Uma gota de suor escorreu pelo tronco dela e passeou pelo vale de seus seios. Lambi ali e percorrendo o caminho contrário dela. Ela pegou meu dedo e levou a boca, o chupando demoradamente enquanto me olhava nos olhos. Senhor... Isso acabou comigo. Estava perto do ápice, aumentei meus movimentos para ela chegar comigo. Ouvimos batidas na porta.

— Parem de se comer... Vocês estão recebendo... – Cara disse e antes que eu respondesse alguma coisa.

— Cara... Cala a boca e some daqui antes que eu te estrangule. Vou matar você se a Camila não me fizer gozar.

— Opa... Para Lauren me xingar a coisa está séria. Desculpem. – Novamente a tontura veio e tive que me escorar na porta. Lauren gozou e eu cheguei junto com ela. Ela me abraçou forte e mordeu meu ombro. Ficamos assim por um tempo.

— Camz... Você ficou tonta de novo? – Neguei. – Não mente pra mim, Camz.

— É fome, Lo. Estou faminta.

— Vamos ter que consultar um médico, Camz. Isso está se tornando frequente.

— Não é nada, amor. Vem que eu vou te ajudar com o banho. – Tomamos um banho e depois voltamos para os convidados, que pareceram não se importar com nossa ausência.

Aprendendo A Viver Onde histórias criam vida. Descubra agora