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Acordei no sábado com o Cae pulando em cima de mim, como de costume. Antes de levantar, agarrei o meu irmão e o enchi de cosquinha. Ele gargalhou. Acho que não tem nada no mundo que eu ame mais do que a risada do meu irmão, fazê-lo feliz e a minha maior meta de vida. Por ele eu vou até o fim do mundo. 

Ele pegou meu celular e me pediu para por a senha. Eu coloquei e ele foi em fotos. Estava procurando alguma coisa. Como eu tenho muita foto no celular, ele levou um tempinho para achar e quando achou o que queria, virou o celular para mim. 

Era uma foto de nós quatro em um restaurante aqui perto de casa.

-Você quer comer lá? -Ele assentiu. -Eu acho essa ideia fenomenal. Vou falar com nossos pais. 

Ele levantou da minha cama e saiu do meu quarto. Não demorei muito para sair da cama e ir viver, afinal hoje é um dia cheio. O Cae pediu para sair para comer e mais tarde a Júlia vem se arrumar aqui em casa. Combinamos dos meninos se arrumarem no Bernardo e a Júlia vir para minha casa. A Liara e o Caique não entram no bonde, pois eles vão se arrumar na casa dos noivos.

-Bom dia, mãe. -Falei entrando na cozinha, onde minha mãe terminava de assar um bolo. -O cheiro está divino. 

-Obrigada, filha. O seu irmão que pediu. -Ela pegou um prato para desenformar o bolo.

-Em falar em pedir. Ele quer ir comer fora, naquele restaurante aqui perto de casa. Eu falei que tudo bem. 

-Uma ótima ideia! Faz muito tempo que não saímos juntos, nós quatro. 

-Meu pai vai estar livre?

-Você sabe que ele só trabalha sábado porque não gosta de ficar em casa sem fazer nada... Vai lá chamá-lo. 

Assenti e saí da minha casa. 

Caminhei até o meu pai que estava colhendo algumas frutas em uma das muitas árvores da varanda.

-Pai! -Ele me olhou e eu dei uma risada. Ele estava mordendo uma maçã, enquanto colhia outras. Ele colocou as maçãs que estavam em suas mãos no pote e pegou a de sua boca. -O Cae nos chamou para almoçar.

-Sério? -Ele questionou empolgado. -Faz tempo que não fazemos isso, vai ser legal. -Ele olhou para o pote. -Eu só vou terminar aqui e já vou para casa me arrumar. 

Assenti e voltei para minha casa. Aproveitei a manhã para decidir a roupa que iria no casamento. Com todos os tratamentos do Cae e os gastos com a escola, comprar roupa não é algo que está na nossa lista de prioridades. Mexi e remexi no meu guarda roupa inteiro, mas não achei nada chique o bastante. 

-Filha... -A minha mãe desistiu de completar a frase quando viu a zona que eu fiz na minha cama. -Ainda não decidiu a roupa do casamento? -Neguei com a cabeça.

Ela entrou no meu quarto e mexeu nas minhas roupas, mas assim como eu, concluiu que nada serviria.

-Eu vou pedir para a Liara alguma coisa emprestada. -Minha mãe negou com a cabeça. -Eu e você vamos ao shopping comprar um vestido lindo para você.

-Mãe... Não precisa. 

-Nós vamos e não se fala mais nisso. 

Assenti com um sorriso.

De repente tudo mudouOnde histórias criam vida. Descubra agora