Se vendo na mais pura miséria, e sem saída - como a maioria dos ômegas -, Seungmin foge de Busan e é obrigado a começar do zero em Seul.
Com a ajuda do seu melhor e único amigo, o ômega consegue um emprego em uma das melhores empresas do país, onde...
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Jisung suspirou.
— Você tem certeza? — perguntou pela quarta vez naquela ligação.
— Sim — Seungmin respondeu, abrindo o portão da casa para o lado de fora — Não se preocupe. Vou tomar cuidado.
— Depois de tudo o que aconteceu ontem, você ainda quer voltar. E se eles tentarem te pegar de novo? E se fizerem algo pior?
Seungmin sabia dos riscos. Hesitou um pouco em responder Jisung. Entretanto, quis confiar em Bang Chan de que tudo estaria bem. Pelo menos, por enquanto. As autoridades fariam de tudo por gente milionária e poderosa.
— Eu preciso de dinheiro — foi o que conseguiu dizer ao amigo, mesmo que estivesse longe de ser o suficiente para tranquilizá-lo — Não posso parar agora. Além do mais, eles não se meteriam comigo de novo depois de ver Bang Chan. Talvez imaginem que eu tenho alguém do meu lado.
— Você conhece eles bem mais do que eu. Mas até eu sei que o seu chefe não vai parar até conseguir te matar por causa daquele maldito dinheiro! Você não deveria sair.
— Se eu morrer, vai ser menos um fardo para você — Seungmin afirmou antes de desligar na cara do amigo.
O ômega pediu um motorista pelo celular, onde o esperou na frente da casa. Apesar do preço um pouco elevado, era mais seguro do que andar até um ponto de ônibus ou táxi. Entrou no carro e pagou com o seu dinheiro.
Na frente da Royal, Seungmin respirou fundo e passou pela porta. Claro que ainda estava com todo aquele dia na mente. Bang Chan o ajudara e ele estava muito grato por aquilo. Se não fosse pelo alfa, Seungmin estaria morto ou mantido em cativeiro, quem sabe. Além disso, ele se mostrara um homem respeitoso, de certa forma, apenas por não ter feito nenhuma ação que o violasse naquele momento de inconsciência. Fez curativos e trocou suas roupas por outras limpas, porém não cobrou por nada; e isso já devia ser bastante suspeito.
Mas, mesmo assim, Seungmin sorriu para o vento. Olhou para a sacola biodegradável que estavam guardadas as roupas bem lavadas de Bang Chan.
Jisung atrapalhou a sua pequena onda de pensamentos positivos quando surgiu na sua frente no primeiro andar, quando o ômega ainda estava se dirigindo ao depósito.
Era literalmente a primeira vez que eles se viam no trabalho.
— Então você veio mesmo — Jisung disse.
— Por que você está aqui? — Seungmin indagou.
— Porque eu estou preocupado, seu idiota — Jisung deu um tapa no braço do outro — Sabe que eu não estou nada bem com a sua teimosia.
— Então você vai vir aqui todos os dias para ver se eu estou bem?
