Capítulo 42

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Não conseguindo pregar os olhos, Jisung apenas mantinha-se deitado na cama, quando Minho já havia dormido havia horas

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Não conseguindo pregar os olhos, Jisung apenas mantinha-se deitado na cama, quando Minho já havia dormido havia horas. Seus olhos estavam caídos, piscando lentamente algumas vezes — implorando por uma noite de sono — e ardiam conforme o beta não conseguia fechar os olhos nem por um minuto. Eles clamavam para serem fechados, o corpo inteiro gritava por descanço e a cabeça, bem, por menos tensão, ansiedade, preocupação, angústia e paranoias incessantes, que deixavam a mente ocupada enquanto o sono não vinha. Jisung cruzou os braços e as pernas e sentou-se na cama, encostando as costas na cabeceira. Suspirou algumas vezes. Pensou se deveria distrair a mente com algo, mas já havia ficado até quatro da madrugada nos reels do Instagram e depois no Tik Tok.

Os olhos arderam por conta do brilho da tela, obrigando-o a parar com aquilo. Minho, por outro lado, estava muito mais tranquilo dormindo do que deveria, o que irritou o outro. Não culpava seu alfa por estar cansado, mas ainda sim irritava-se ao vê-lo tão “calmo” quando seu Sandy Bochechas estava prestes a ter uma crise de pânico, mesmo que ele tivesse perguntado milhares de vezes se ele estava bem e o beta ter respondido com apenas um “claro” ou “estou bem, então pode dormir”.

Às vezes, sua hipocrisia afetava seus sentimentos de forma estranha e compulsiva. Jisung não entendia do porquê tanta dificuldade em se pôr no lugar das outras pessoas, principalmente nas que estavam ao seu lado. Talvez fosse algo que todo humano fizesse, mas que Jisung fosse o único que percebesse isso e se sentisse culpado por tais atitudes. E isso também o fazia pensar no quanto de gente poderia ter se afastado por conta do seu jeito e no quanto Seungmin e Minho estavam se esforçando para ficarem ali.

Seu melhor amigo prometera algo que nenhum ser humano poderia prometer — ainda mais quando se tratava de sentimentos incontroláveis — por conta do seu maldito medo de perdê-lo, sendo que já havia feito a mesma coisa quando se envolvera com Minho. Talvez Seungmin estivesse se remoendo por dentro, mas estivesse com medo de falar. Bang Chan não era alguém de se jogar fora; nem perto disso. Jisung fizera uma tempestade num copo d’água por puro egoísmo e hipocrisia. Ele não se perdoaria tão cedo por isso.

Era óbvio que fizera aquele piti tanto por ciúme quanto por vontade proteger Seungmin de gente como Minho insinuava que Bang Chan era. Mas será que Bang Chan era tão ruim quanto sua família e todas as que estavam envolvidas com ele pareciam? Depois de se manter tão preocupado pelo secretário? Tudo seria mentira e falsidade? Apenas uma oportunidade de ter mais alguém aos seus pés, seduzindo-o?

Talvez não. Bang Chan não... não parecia desse tipo.

E, mesmo assim, no fundo, Jisung não queria que Seungmin se envolvesse tanto com ele. Sabia o quão errado poderia estar sendo, mas Bang Chan não merecia Seungmin. Pelo menos, era isso o que achava. Aquele alfa poderia não aceitá-lo do jeito que deveria se soubesse sobre as histórias de Busan. Talvez ele tivesse uma visão diferente do verdadeiro Seungmin. Jisung pensou em várias possibilidades para que esse relacionamento não desse certo. Mesmo que ambos fossem feitos um para o outro, tinha noção de que Seungmin não sairia ileso. Feridas antigas seriam abertas, com toda a certeza. Não precisaria ser um xamã ou vidente para perceber aquilo; ainda mais quando se tinha uma outra ômega no jogo.

Secretary Without Return || SeungChanOnde histórias criam vida. Descubra agora