Se vendo na mais pura miséria, e sem saída - como a maioria dos ômegas -, Seungmin foge de Busan e é obrigado a começar do zero em Seul.
Com a ajuda do seu melhor e único amigo, o ômega consegue um emprego em uma das melhores empresas do país, onde...
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Em completo choque, a maioria arregalou os olhos, olhando de um lado para o outro, confusos.
Em alguns segundos, o salão virou um caos. Seungmin engoliu a seco, respirando profundamente algumas vezes de maneira lenta. Soube do plano de Bang Chan antes que tudo ali acontecesse, por sorte, senão ele seria mais uma pessoa a surtar naquele lugar.
Os Bang e Yeji sorriram de canto, quase que em sincronia. A ômega cruzou os braços e as pernas, apenas esperando o restante do show.
— Eu estava lá — Taehyun repetiu, olhando diretamente para Beomgyu.
— Ora, seu... — o réu resmungou, irritadíssimo.
Seu advogado, tão surpreso quanto ele, virou-se, fazendo inúmeras perguntas sobre aquela situação.
— Ordem! — o juíz ordenou — Ordem no tribunal!
Taehyun permaneceu em silêncio, apertando os punhos ao modo que seus olhos já não se desgrudavam do rosto apavorado de Beomgyu.
Não posso fazer isso por você, Beomg.
— Protesto! — o advogado do réu se levantou.
— Negado — ele disse, sério — Vamos ouvi-lo — se virou para a testemunha — Sr. Kang, é verdade o que está dizendo? Sabe que o que está dizendo pode mudar a visão sobre caso, não sabe?
— Sei muito bem do que estou dizendo — o beta afirmou.
O mais velho suspirou.
— Advogado Lee — disse — Deseja fazer perguntas à testemunha?
Minho se levantou, olhando de relance para Beomgyu, que quase implorou para que ele não fizesse aquilo, e assentiu.
— Sim. Vou fazer perguntas agora.
Havia criado perguntas, de qualquer forma. Seus arquivos estavam em cima da sua mesa. Sabia que não poderia confiar totalmente na intuição de que Taehyun seria esse garoto completamente covarde, como as ações dele e as palavras de Beomgyu afirmavam. Pensou bastante e queria muito fazer certas perguntas, mesmo que ninguém soubesse da existência do beta e do quanto ele poderia estar envolvido naquele caso. Praticamente ninguém esperava a presença dele ali, e a afirmação dele só comprovou que Bang Chan tinha algo a ver com parte do seu sumiço até ali: “O Sr. Bang Chan me colocou num lugar mais seguro.”
O fato era que Minho tinha coisas a perguntar e não precisaria daquela papelada, mas a segurou em mãos mesmo assim. Suspirou, pondo-a sobre o peito. Andou até o beta, ficando cara a cara com ele, vendo que o mesmo estava mais atento a Beomgyu, e Beomgyu a ele. Tentou não se incomodar com aquilo, mas estava bem na cara que Taehyun não ligava para a sua presença, agora que finalmente resolvera notar seu ômega. Mesmo que tentasse, era impossível não sentir nenhum tipo de revolta. Taehyun, por mais vítima que fosse, também tinha sua parcela de culpa. Por enquanto, Minho apenas queria entender seu lado; ver o quanto ele estava disposto a contar a verdade; se diria tudo o que Beomgyu mal conseguira.
