Capítulo 53 🔞

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Sua garganta estava doendo de tanto que se segurava para não desabar ali mesmo, estando em seu quarto

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Sua garganta estava doendo de tanto que se segurava para não desabar ali mesmo, estando em seu quarto. O ar estava pesado, vazio como o vácuo do espaço... Mas, pensando bem, até mesmo no espaço tinha mais coisas do que naquela mansão gloriosa sem sentimento algum. E, mais uma vez falando do maldito ar, o mesmo de todos os malditos dias cansativos e chatos, ele estava pesado demais para aguentar. Sua garganta simplesmente se contraiu diversas vezes enquanto ainda estava deitada sobre a cama de casal do seu quarto, sem ninguém do seu lado além da sua pequena gatinha de pelúcia, na qual ainda fazia bastante questão de tê-la consigo para fazer companhia, pois não atrapalhava em nada, muito menos poderia opinar em voz alta sobre qualquer besteira.

A última coisa que queria no seu quarto era alguém no qual não confiaria nem a cuidar de um fio de cabelo, muito menos aquelas empregadas estúpidas. Estúpidas porque não entendiam que tudo o que ela queria era ficar só, sofrer só, pensar só, e se resolvesse chorar, que não olhasse, apenas se virasse e fosse embora, como seus pais lhe acostumaram a fazer com a pura ignorância e falta de sensibilidade que apenas a família deles demonstrava como nenhuma outra. Estúpidas também porque não sabiam ficar quietas quando eram para ficar, fingindo preocupação com uma mulher mimada como ela. Era simplesmente mais fácil se elas fossem tão indiferentes quanto sua família inteira, sem coragem para perguntar o que queria para o café, se estava com fome, se precisava de algo, se estava bem ou qualquer coisa do tipo.

Estas simples coisas, simples ações e perguntas bobas poderiam ter feito alguma diferença no seu comportamento, mas agora eram apenas atos tolos e idiotas, sem intuito algum, sem motivos, tampouco ato de ‘‘bondade”. Eram apenas palavras que agora passaram a irritá-la pelo único fato de que elas nunca mais foram ditas pelas pessoas que deveriam cuidar dela com tanto amor e carinho. Houve uma época em que ela chegou a escutar ao menos um ‘‘boa noite”, que ficaram mais frios e sem sentido ao passar do tempo, e que logo sumiram de vez quando a vida ficou mais agitada e chegou a mudar de dias a outros drasticamente. Os pais ocupados, cuidadosos e muito exigentes apenas ficaram mais impassíveis e quase ausentes por completo da vida de ambos os filhos que tinham.

A pressão sobre ambos só ficou ainda maior, mas, felizmente, um deles conseguiu escapar dessa prisão infinita de opressões por causa do modo como todos passariam a olhá-los a partir de qualquer merda que fosse exposta sobre eles. As ameaças ridículas apenas não o abalaram mais, pois o alfa decidiu que seria melhor sair de vez, depois de tanta humilhação em busca de um orgulho que nunca obteria dos mais velhos. Na verdade, ele sequer tentava orgulhá-los de alguma forma, pois seu psicológico estava muito mais firme do que o da irmã, que não via saída para algo destinado a ela; mais por conta de sua própria perseverança e vontade de ser muito mais daquilo que esperavam; de ser deixada de lado.

Por isso que Hyunjin sempre fora visto como o mais forte, o melhor, o mais talentoso, o mais tudo que poderiam imaginar. Yeji era apenas a sombra inútil, usada para qualquer coisa, sem nada além do que seus pais lhe permitiam. Hyunjin poderia ter tudo, talvez por ser homem alfa, ou talvez por ser mais perseverante do que muitos outros por aí, ou até mesmo porque as pessoas gostavam mais de alguém desobediente, apenas para ter o prazer e domá-lo depois; ainda mais ele sendo o gêmeo que nasceu primeiro. A pressão também era gigante sobre ele, mas ele meteu o pé para fora, deixando todos para trás, e os Hwang, apesar de irritadíssimos, permaneceram na postura de proteger a querida imagem do filho favorito depois de descobrirem que de fato não havia jeito daquele idiota mudar de ideia; depois que ele deu um pé na bunda bem bonito naqueles dois.

Secretary Without Return || SeungChanOnde histórias criam vida. Descubra agora