Yeji sentia sua mente cansada. Havia parado de chorar por um tempo. Teve que fazer isso também para poder andar como uma pessoa normal na rua, ou melhor, aparentar estar normal enquanto dava passos até a portaria do prédio no qual Hyunjin morava.— Sinto muito — disse o homem —, mas o Sr. Hwang foi embora.
— Como assim foi embora?
— Ele desistiu do apartamento ontem mesmo e depois saiu com as malas hoje.
Yeji rangeu.
— Merda... M‐mas e as coisas dele? O‐os móveis?
— Não sei bem... Ele disse que resolveria, mas ainda não há ninguém para buscá‐los.
Droga, Hyunjin.
— Ao menos sabe para onde ele foi? E‐ele se mudou mesmo?!
— Não tenho certeza, senhorita. Deveria ligar para ele?
— Deixa. Ele nem atende mesmo, não é?
— B‐bem...
— Então o filho da puta sumiu de vez mesmo — ela suspirou, indo embora.
— D‐devo informá‐la se ele ligar?
— Ele não vai ligar — ela afirmou — Fica tranquilo.
Yeji entrou no carro novamente, deitando a cabeça no volante.
— Aquele desgraçado. Nossa! Para onde ele deveria ter ido? Fugir assim? — riu de nervoso, pôs os cabelos para trás e começou a morder o polegar, ansiosa. — Ele realmente não vai mais voltar?
A mesma tentou se acalmar e voltar a dirigir para casa.
— Onde está Bang Chan? Eu deveria ligar para ele? — pensou por alguns minutos — Não, não... Não posso contar sobre o que aconteceu. Eu deveria apenas ignorar e... dar um jeito de resolver essa situação.
Estava quase na hora do jantar. Yeji não sentia‐se muito bem para comer com os pais numa hora como aquela, mas tentou não parecer tão abalada. Não sabia ao certo como reagir ou como fazer isso. Eles não poderiam saber o que ela descobriu e ela não poderia mais fazer parte daquilo se tivesse que fazer coisas piores. Talvez fosse até inútil pensar assim logo naquela altura do campeonato, mas talvez ainda conseguisse ouvir a parte do cérebro que sabia que tudo aquilo era errado; que não precisava chegar tão longe.
Hyunjin havia ido embora e Bang Chan estava disposto a ficar com Seungmin. Talvez assim fosse melhor, afinal? Mas e ela?
Yeji sentou‐se na cadeira, pensativa. Estava nervosa fazia horas. Não queria pensar no que viu naqueles papéis e nem o que eles lhe recordavam, porém mais imagens da situação surgiam como flashes. Seus pais estavam sentados na sua frente, ambos sem dizer uma palavra sequer. Yeji sentia‐se sufocada, tanto no silêncio quanto no barulho. Odiava essa sensação, e naquele instantes notou que, talvez, não pudesse aguentar mais daquilo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Secretary Without Return || SeungChan
Romance[HIATUS] Se vendo na mais pura miséria, e sem saída - como a maioria dos ômegas -, Seungmin foge de Busan e é obrigado a começar do zero em Seul. Com a ajuda do seu melhor e único amigo, o ômega consegue um emprego em uma das melhores empresas do...