Seungmin sentiu o coração parar por milissegundos. Se estivesse na frente de um espelho, poderia facilmente ver que ficara pálido. Até porque um homem desconhecido estava apontando uma arma gigante para o seu rosto. Ele parecia enfurecido de alguma forma e desconfiado, segurando firmemente a espingarda em suas mãos. A única reação do ômega foi levantar as mãos e jogar a mochila no chão. Engoliu a seco.
— Quem é você? — o homem perguntou mais uma vez. Ele parecia jovem ainda, talvez na mesma idade que Seungmin ou poucos anos mais velho. Não soube dizer e sequer conseguiu pensar nisso por muito tempo.
— E‐eu... — Seungmin engoliu a seco — K‐Kim Seungmin.
— E o que faz aqui invadindo minha casa?
— S‐sua...? — ele engasgou — Digo, e‐eu estava só procurando alguém... T‐tava aberta — tentou apontar para a porta, as duas mãos trêmulas. — E... eu morava aqui.
— Morava?
— É... Alguns anos atrás. M‐mas eu meio que tive que voltar... — Seungmin suspirou — Achei que...
— Achou que não teria ninguém aqui depois de anos?
Seungmin engoliu a seco de novo, não podendo negar tal fato imbecil.
— Aconteceu algumas coisas e eu precisei vir...
O homem arqueou a sobrancelha, depois abaixou a arma.
— Entra — ele disse, e Seungmin não teve tempo de calcular se aquilo era uma ordem ou somente um pedido de alguém “educado”.
O cara deixou a espingarda no chão e andou para dentro da casa, Seungmin bem ao seu lado, quase sentindo o coração sair pela boca.
— Quer café? Um copo d'água? Tem um pouco de suco de ontem, eu acho. — ele indagou, logo em seguida procurando algo na geladeira com ferrugens nas pontas e laterais assim que chegaram na cozinha.
Seungmin encarou a casa inteira por dentro. Estava quase a mesma coisa que se lembrava, mas alguns móveis eram diferentes. Nada de tão inovador, mas ainda era sua casa. Ele não respondeu quando o mais alto lhe fez uma pergunta, hesitante.
O mesmo o encarou.
— Estava descarregada — informou, com certeza supondo o motivo de sua hesitação — Só pra você saber.
— D‐descarregada? — Seungmin soltou ar pela boca, quase podendo se jogar no chão pela fraqueza nas pernas.
— Meu pai usava ela e eu acabei ficando, mas nunca usei de verdade — o outro continuou — Então fica tranquilo. Quer café ou não? Aliás, tem kimchi de ontem também. Ou você prefere pão?
— S‐só café... Por favor.
O mesmo sorriu, e era um grande sorriso. Seungmin notou que ele até tinha cara de gentil. Ele apontou para uma das cadeiras envolta da mesa e Seungmin sentou‐se devagar.
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Secretary Without Return || SeungChan
Romance[HIATUS] Se vendo na mais pura miséria, e sem saída - como a maioria dos ômegas -, Seungmin foge de Busan e é obrigado a começar do zero em Seul. Com a ajuda do seu melhor e único amigo, o ômega consegue um emprego em uma das melhores empresas do...