Se vendo na mais pura miséria, e sem saída - como a maioria dos ômegas -, Seungmin foge de Busan e é obrigado a começar do zero em Seul.
Com a ajuda do seu melhor e único amigo, o ômega consegue um emprego em uma das melhores empresas do país, onde...
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Estava parada ali fazia quase meia hora, escondida dentro do seu carro caríssimo, não tão distante da bela casa de Bang Chan, mas longe o suficiente para não ser notada à noite.
Sabia muito o que estava fazendo, assim como o que estava rolando entre Christopher e o secretário Kim.
Yeji não era burra. Conhecia os tipos de olhares e sorrisos que eles trocavam. Não demoraria muito para qualquer um daqueles idiotas perceberem se ambos não tivessem ao menos a vergonha na cara de disfarçar. Suas conversas pareciam algo além do profissional. Seungmin cheirava a frutas vermelhas tão doces quanto ela, no mesmo tom em que sentia a ameaça em seus poros. Talvez ele tivesse notado isso quando ela o encarou em um dos cenários de gravação em Jeju.
Obviamente Felix sabia sobre os dois. Ele era ótimo com casais e odiava Yeji com toda a certeza. O xamãzinho não perderia a oportunidade de atrapalhar algo que era para ser prometido a acontecer ainda aquele ano. Ele com certeza aprovava o casal. Talvez soubesse de algo que os juntou. Bang Chan não era de se apaixonar. Isso deveria ser raro.
Não que Yeji se importasse de fato com quem o alfa se relacionava. Ela não era apaixonada por ele, mesmo que já tivessem sido próximos em um passado esquecido. Tudo o que queria era comprovar a verdade. Estava ali para isso. Seus impulsos a levaram a tal ponto.
Qual era o nível do relacionamento deles?
O que Seungmin queria com alguém praticamente comprometido?
Yeji se sentia incomodada pelo único motivo de provavelmente estar sendo enganada bem debaixo do nariz. Seus planos futuros permaneciam os mesmos. O casamento com Bang Chan não iria mudar. O pensamento das famílias não iriam mudar. E, para que isso de fato acontecesse, Bang Chan teria que colaborar. Ele não podia ser visto com outra pessoa. Não podia assumir ninguém. Esse era o trato. Ambos deveriam saber disso.
Foi por isso que ela e Ryujin simplesmente teve que acabar.
O alfa nunca havia reclamado. Nunca havia dado sua real opinião sobre o assunto. Ele apenas estava seguindo as malditas ordens opressoras daqueles que tinham poder. Não parecia de fato se importar com aquilo. E agora, repentinamente, aparecia trocando olhares e sorrisos apaixonados com alguém que não conhecia há nem um ano e evitava qualquer tipo de interação para a imprensa que deveria ter com a ômega. Yeji queria descobrir sobre aquilo. Queria se prevenir de futuras especulações e danos ao seu futuro. Não poderia deixar nada nem ninguém atrapalhar o que queria há, simplesmente, quase seis anos.
A imprensa não poderia adquirir qualquer rumor sobre ambos, e, por isso, a partir dali, ela ficaria de olho.
Seungmin surgiu na sua visão com algumas sacolas nas mãos. Ele conseguiu entrar rapidamente, dando a entender que até sabia a senha da entrada de Bang Chan. Yeji lambeu os lábios e o observou dali mesmo. Esperou por mais longos minutos até que Bang Chan enfim chegasse. Sabia que o horário dele era exatamente aquele. Seungmin havia chegado antes mesmo do alfa. A ômega franziu o cenho, curiosa.
