Se vendo na mais pura miséria, e sem saída - como a maioria dos ômegas -, Seungmin foge de Busan e é obrigado a começar do zero em Seul.
Com a ajuda do seu melhor e único amigo, o ômega consegue um emprego em uma das melhores empresas do país, onde...
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Seungmin entrou em casa quando o casal já estava dormindo e acabou sendo obrigado a dormir no sofá. Por estar cansado, não se importou tanto. Mas não pôde deixar de guardar o dinheiro que ganhara nesses dois dias na caixinha secreta do Jisung escondida dentro da última gaveta do guarda roupa, fazendo o máximo de silêncio que conseguia para não acordá-los. Também não queria atrapalhar o momento fofo deles juntos, ainda mais quando pareciam ter tido uma noite de amor. Quando deixou o dinheiro, saiu o mais rápido possível e adormeceu no sofá.
Jisung acordou ao sentir os primeiros raios de Sol atingirem seu olho pelas pequenas brechas da janela do quarto. Bocejou, ainda sentindo o braço do seu alfa sobre a sua cintura. Ele sorriu, virando seu corpo para o namorado ainda adormecido, e tirou um pouco da sua franja dos olhos dele. Minho se mexeu e Jisung ficou parado. Esperou que ele estivesse dormindo para continuar com os gestos carinhosos. O beta usou a ponta de seus dedos para tocar a bochecha do seu alfa, que emitiu um som manhoso de seus lábios. Jisung quis rir, porém se segurou. Amava vê-lo dormir e não queria acordá-lo tão cedo. Ele ficava tão lindo quando estava naquele estado inconsciente, onde quase não reagia aos atos do outro sobre seus cabelos, bochechas e nariz. Jisung tocou, delicadamente, no nariz do Minho com as ponta do seu indicador, fazendo mais um de seus carinhos. Sorriu mais uma vez quando o alfa mexeu sua cabeça, franzindo a testa e voltando a dormir.
Seu idiota, o beta pensou. Ficava quase amolecido ao vê-lo de uma forma mais fofa do que se encontrava sempre. Pensou em como o alfa ficou tão grudadinho.
Apesar de sentir que não o satisfazia o suficiente na hora do sexo, ele sabia que Minho ainda queria tê-lo para si o tempo todo. Ambos queriam, mesmo que Jisung ainda não conseguisse entender o que o maior via de tão bom nele por ser um beta. Talvez o amor fosse mais cego do que imaginava. Ou talvez Minho fosse perfeito demais para não se importar se Jisung era beta ou ômega, assim como Changbin não parecia se importar em relação a Felix. Isso, de alguma forma, chegava a incomodar Jisung. Ah! Mas como amava aquele alfa! E o Sr. e Sra. Lee, donos da Advocacia Leno — nome que era conhecido por ter os melhores advogados de Seul, sendo apenas concorrentes de Advocacia Hwanji — pareciam perceber e queriam impedir quase sempre os dois de ficarem juntos, apesar das inúmeras reclamações de Minho.
Os mais velhos já tentaram achar várias pretendentes para ele, mas foram totalmente rejeitadas.
Ano passado foi um dos piores anos de suas vidas e ninguém sabe nem da metade da história.
E agora, lá estavam os dois lobinhos apaixonados deitados na cama de casal que Minho comprara. Jisung só queria ficar perto dele até sua folga acabar. O alfa falou pouco na noite, mas foi o suficiente para o beta. Ele suspirou. Queria ser menos besta, igual a Seungmin, que, até onde sabia, era perseverante e lutava pelas coisas que queria, e fazia o máximo para não se calar diante de alfas brutamontes — exceto no horário de ganho —, apesar de não ser de um jeito muito certo.
— Continua, por favor — Minho pediu quando Jisung havia parado com as carícias e ficava apenas o encarando. — Suas mãos fazem muito mais do que cozinhar bem. Elas me acalmam.
