Se vendo na mais pura miséria, e sem saída - como a maioria dos ômegas -, Seungmin foge de Busan e é obrigado a começar do zero em Seul.
Com a ajuda do seu melhor e único amigo, o ômega consegue um emprego em uma das melhores empresas do país, onde...
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Minho suspirou, parando na frente de Seungmin, que, para seu desconforto, estava junto de Bang Chan no corredor. Por sorte, o lugar estava vazio, então já seria uma ‘‘vitória” não ser alvo de fofocas estando ali. Bang Chan o encarou, pondo as mãos nos bolsos. Minho o ignorou e se aproximou de Seungmin.
— Parabéns — disse — Você foi forte novamente.
Seungmin assentiu, sentindo uma leve estranheza nas palavras do outro. Mas eles eram amigos, então deveriam sentir-se confortáveis. Minho suspirou novamente, um pouco incomodado com a presença de Bang Chan.
— Pode nos deixar sozinhos, Sr. Bang? — pediu.
O alfa olhou de relance para Seungmin, que não disse nada, ignorando olhá-lo nos olhos. Ele apertou os lábios, pondo as mãos nos bolsos do sobretudo cinzento, logo dando alguns passos para trás. Virou-se e retirou-se, ficando distante o suficiente para não escutá-los, mas para observar a silhueta do corpo do Seungmin de longe. Apoiou o ombro no canto da parede, respirando profundamente.
Seungmin voltou a atenção para Minho, que relaxou os ombros rígidos por um instante. Ele formou um leve sorriso para afastar um pouco a tensão.
— Desculpe se fui estranho com você mais cedo — disse, dando de ombros — Às vezes deixo meu trabalho à frente de algumas coisas. E tudo o que estava acontecendo com Beomgyu me deixou... com mais vontade de ganhar seus direitos.
— Tá tudo bem — Seungmin afirmou — Você não está errado em querer justiça pelo seu cliente.
— É. Talvez realmente não esteja.
— Tá brincando, né? Isso é uma das suas qualidades! Pena que... — engoliu a seco, lembrando-se de que Bang Chan também era alguém próximo a si — Não tanta pena assim... Er... Bem, o Beomgyu desistiu do processo contra a Royal.
Minho acabou rindo soprado.
— É difícil ficar em cima do muro, não é?
— Ah... — Seungmin coçou a nuca — Não é fácil.
— Como foram as primeiras duas noites na casa dele? — ele quis saber.
O ômega apertou os lábios, hesitante.
Não seria nada apropriado comentar que estava dormindo na mesma cama que ele, abraçados.
— Normais — mentiu, sentindo as bochechas quentes — Tinha um quarto vago, então ficarei lá.
— Legal — o alfa pigarreou — Não é desconfortável, né?
— Não — balançou a cabeça — Está parecendo o Jisung agora, sinceramente.
— Estou curioso, oras. Vai saber o que ele faz atrás das câmeras e fora da Royal.
— Ele é uma pessoa normal, Minho. Não se preocupe.
