CAPÍTULO 12 - O APOIO DE VALENCINA

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O escritório de Dra. Macrona possui uma mesa de vidro, alguns armários com materiais para realizar suas pesquisas, além de uma bancada circular onde realizava alguns experimentos. A verdade é que aquele era o seu laboratório particular, já que o laboratório de trabalho ocupava três andares do gigante arranha-céu.

- Você conseguiu. Teve a melhor pontuação do grupo de viajantes! - disse Dra. Macrona mostrando a tela de seu computador que projetava os resultados de Valencina.

- Então eu serei a líder da equipe? - Perguntou Valencina com um sorriso de orelha a orelha.

- Sem dúvida! Fico feliz que seja você! Preciso que o líder da equipe cumpra uma missão extra que será  revelada na hora certa - Disse Dra. Macrona, mas em seguida, mudou sua expressão para a preocupação - Mas tenho que ter certeza que nada atrapalhe ou impeça você de seguir viagem.

A garota, que estava sentada à sua frente, olhou para a bancada circular, onde havia um pilhas de caixas enquanto, em sua mente, se perguntava o que sua chefe queria dizer com aquilo. E como um estalo, percebeu do que se tratava:

- Ah! Você está falando do meu namorado? Pode ficar tranquila! Ele já teve várias chances de elevar nossa relação para outro patamar. Não vai ser agora que ele vai fazer isso!

- Espero! - Disse Dra Macrona que parecia não acreditar muito. Não por desconfiar das palavras de Valencina, mas sim, por saber que pessoas apaixonadas podem mudar de ideia de uma hora para outra.

- Chefe, esse sempre foi meu sonho! Desde que li Wells na adolescência! Olha a minha cara de quem vai deixar meu sonho de lado por causa de homem! - Continuou Valencina ao convencer Dra Macrona que a observava por alguns momentos, em silêncio, até apontar as caixas que estavam na bancada.

Deu um salto da cadeira e se aproximou da bancada antes de abrir a caixa com o nome "Valencina", olhou para a cientista e comentou as melhorias que haviam sido feitas pela Dra. Macrona.

- Não foi só o design que foi melhorado. Também consegui que a pulseira se conecte, por tempo indeterminado, com quem tiver usando o óculos! - Explicou a Dra Macrona.

- Posso experimentar? - Pediu Valencina de forma entusiasmada.

- Pode colocar na cabeça, mas não aperte o botão ou começará sua viagem mais cedo! - Alertou a cientista.

O telefone fixo tocou duas vezes antes da Dra. Macrona alcançá-lo e autorizar a entrada de uma pessoa em seu escritório. Antes que pudesse voltar à bancada, a cientista viu a porta se abrir e Ray Mendes passar por ela. O rapaz colocou sua cabeça, coberta por cabelos pretos e lisos, que caiam em sua testa branca sobre um óculos de sol.

- Com licença, Dra Macrona! Tudo bem com a senhora? - Cumprimentou Ray.

- Tudo ótimo! Principalmente pois estou com meus analistas favoritos! - Respondeu Dra. Macrona, parecendo uma criança animada ao organizar seus bonecos para uma guerra ou um chá da tarde.

Os olhos de Ray e Valencina se cruzaram, mas ambos desviaram o olhar com uma certa vergonha. Porém, o rapaz percebeu que seria esquisito se não falasse nada, então cumprimentou a garota:

- Tudo...Tudo bem Valencina?

- Tudo ótimo! - Respondeu Valencina sorrindo.

- Eu estou ansioso para saber quem será minha dupla. Você já sabe a sua? - Questionou Ray.

- Não. Dra. Macrona? - Disse Valencina ao se dirigir para a cientista.

- Não viu os nomes escritos na caixa? - Respondeu Dra. Macrona ao esboçar um sorriso. A garota, que estava perto da caixa, a virou para ver os nomes escritos e esboçou uma expressão de alegria e desconforto. Em seguida, estendeu a caixa e mostrou para Ray.

- Ah! - Exclamou Ray - Legal!

- Achei que seria divertido colocá-los juntos! - Comentou Dra Macrona - Valencina será analista que viajará e você, Ray, será o apoio dela que ficará  aqui.

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