CAPÍTULO 97 - DETIDOS

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A perseguição se estendeu por alguns quilômetros dentro da mata, mas Ray e Lully não soltaram as mãos em momento algum. Nem quando saíram da mata e encontraram, em uma estrada asfaltada, uma viatura da polícia que passava. Não demorou muito para que a sirene soasse, afastando os perseguidores de Lully e Ray. Os dois rapazes soltaram suas mãos, mas não se moveram ao perceber que os dois policiais desceram do carro e caminhavam na direção deles.

- O que vocês tavam fazendo aí no mato? - Perguntou um dos policiais, o mais mal encarado.

- Senhor, a gente tava...- Tentou responder Ray, antes de ser interrompido

- Vocês tavam de putaria, né seus bosta? - Perguntou o policial, em tom agressivo. - Dá pra ver que vocês gostam de levar ferro.

- O senhor, tá certo. - Disse Lully depois de olhar para Ray. - Estávamos nos pegando.

- Tavam trepando no meio do mato. E se passa alguém? - Perguntou o policial antes de se virar para o colega - Revista eles!

- Senhor, era só beijo! - Explicou Ray

- É, senhor! - Complementou Lully - Já estávamos indo embora.

- Onde vocês moram? - Perguntou o policial mal encarado.

- Somos de São Paulo, senhor. - Respondeu Ray com receio.

- Estão limpos. - Disse o outro policial ao terminar de revistar os dois rapazes. - Mas no bolso deles tinha esse smartwatch.

- E o que é isso? - Perguntou o policial enquanto analisava a pulseira dentro do ziplock.

- Senhor, isso é um equipamento que pertence a empresa Camparty. - Explicou Ray - Acredito que mesmo que você confisque, eles vão dar um jeito de recuperá-lo.

- E pra que que ele serve? - Perguntou o policial mal encarado.

- Funciona como um GPS. - Disse Ray ao se lembrar da apresentação que preparou para o laboratório Rupônei.

- Mostrem os documentos. - Disse o policial - Vou consultar os antecedentes de vocês e resolvemos isso na delegacia.

O outro policial puxou o colega de canto tentando conversar baixo, mas não foram longe o suficiente para que os detidos não os ouvissem.

- Renan, vale a pena fazermos isso? Já estamos quase no final do turno. - Disse o outro policial - Vamos verificar os antecedentes, se tiver algo levamos, se não tiver, deixamos eles irem.

- E isso aqui? - Disse o policial mal encarado apontando para a pulseira antes de fazer o sinal com os dedos indicando dinheiro. - Pode ser que a empresa esteja atrás de quem roubou essa pulseira. Quem sabe achamos os ladrões?

O outro policial consentiu com a cabeça antes de abrir a parte de trás da viatura, fazendo o policial mal encarado se aproximar dos rapazes para conduzi-los para a delegacia.

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