CAPÍTULO 69 - A PORTA IGNORADA

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Deixou Ray, sozinho, na sala de reunião e seguiu o caminho para a ante sala do escritório do presidente, mas Valencina se distraiu ao perceber que no grande corredor, perto da sala de armazenagem, a sala que Ru disse estar desativada, estava aberta.

De dentro da sala, saem alguns funcionários que empurram tonéis com o logo da Camparty. Aquilo lhe chamou atenção, portanto, se aproximou discretamente e, antes que a porta fechasse automaticamente, entrou para ver o que tinha lá dentro.

A sala não tinha nada de mais, apenas parecia um grande depósito de diversos itens, mas Valencina conclui que todos os tonéis foram levados, já que não viu nenhum ali dentro. Havia um computador que concluiu servir para consultar o inventário.

- O que será que esses tonéis estão fazendo aqui? Não são iguais aos que produzimos atualmente. - Disse Valencina ao se aproximar do computador e mexer nele - Bloqueado. Óbvio. Melhor eu voltar, a secretária já deve estar desconfiando de algo.

Ao se aproximar da porta, Valencina percebeu que a liberação era através da digital do funcionário. Estendeu sua digital, mas desistiu de tentar ao temer que aquilo acionasse algum alarme de segurança.

- Que merda! O que eu faço? - Se perguntou ao colocar a mão nos bolsos em busca de algo que pudesse ajudar e encontrando seu celular e pen drive - Já sei!

Ao mesmo tempo, Ray se preparava para deixar a sala de reunião. Havia esperado um tempo para que não vissem ele e Valencina circulando pelo laboratório, juntos. Entretanto, ao colocar a mão da maçaneta sentiu seu celular tocar. Sem abrir a porta, Ray atendeu a chamada:

- O que aconteceu Valencina?.....O quê?....Também tinha esquecido desse detalhe. Também preciso entrar na sala de armazenagem.....Boa! Certo..... Pera aí...

O rapaz sentou-se na mesa e abriu seu notebook e começou a digitar alguns comandos até que voltou a falar com Valencina:

- Pronto!...Consegui acessar o sistema de segurança... Pera aí... O que?...Tá....Lista de Inventário baixada.....E agora.....Pronto! Sua porta foi aberta. Tchau!

Fechou o notebook e, rapidamente, Ray deixou a sala de reunião em direção a sala de armazenagem. Quando chegou lá, conseguiu ver Valencina correndo em direção ao escritório de Ru, mas não falou com ela. Muitas pessoas estavam por ali, portanto o analista não achou prudente abrir o computador. Olhou para os lados e viu um banheiro.

Dentro de uma das cabines, Ray sabia que não haveria tempo hábil para ele chegar na sala de armazenagem se desse o comando dali. Então ativou, em seu celular, o acesso remoto e deixou o computador em cima da tampa do vaso sanitário.

Saiu do banheiro e, ironicamente, o corredor parecia vazio, mas ainda era necessário Ray manter a descrição, visto que as paredes de vidro revelavam tudo que acontecia no corredor. Portanto, o analista da Dra. Macrona caminhou como se respondesse alguma mensagem pelo celular até que alcançou a porta da sala de armazenagem.

Olhou para os lados e através dos vidros para ver se alguém o observava, mas Ray concluiu que ninguém parecia muito preocupado com sua presença. Então, através de seu celular, deu o comando para que o local abrisse. Um ar gelado saiu de dentro do local, mas o rapaz não hesitou em entrar, antes que ela fechasse automaticamente.

Uma vez dentro da sala de armazenagem, Ray conferiu em seu celular o código e a localização, obtidos por Valencina. O local era realmente muito grande e explicava a aparência imponente que o laboratório passa ao ser visto de fora. Inúmeras geladeiras de armazenagem formavam diversos corredores onde as amostras eram armazenadas.

- Certo! Deve ser, por aqui. - Disse Ray observando que havia placas, penduradas no teto, que detalham o tipo de amostra. - Parece um mercado, basta procurar o setor correto. 

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