17 - Fora do túnel

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O primeiro paciente do clube foi atendido por Kim e Hunt, enquanto o primeiro do prédio foi atendido por Bailey, que precisava de Grey. Um terceiro paciente foi levado por Shepherd pois tinha uma hemorragia cerebral.

-Estou planejando como vou matar DeLuca com minhas próprias mãos, Grey, quer se juntar a mim antes que eu o entregue à irmã dele?

Grey olhou para o paciente e, com um ar cansado, respondeu.

-Ele é todo seu.

-Deixarei que você me ajude se quiser, posso ser generosa... quando quero...

-Obrigada pela oferta, Bailey, mas não é mais da minha conta o que ele faz...

-Grey não quero me meter na sua vida, mas tenho visto você andando como uma alma penada, com raiva, um pouco distraída, tudo isso desde que DeLuca voltou para Seattle. Até ele não parece o mesmo que eu me lembrava. Vou lhe dizer uma coisa: como observadora, nunca duvidei do amor dele por você porque era óbvio demais. No entanto, às vezes eu duvidava do seu amor por ele, no sentido de que às vezes não dava para saber se era uma amizade com sexo ou amor verdadeiro. Sei que você se importa muito com ele, mas de que forma? E se eu sentia isso, imagina ele.

Meredith continuou a fazer a intervenção

-Ele ainda ama você, na minha opinião, mas eu o vejo vagando confuso e, às vezes, um pouco solitário, introvertido. Sabe por que ele sempre me pede para operar com ele e não com você? Porque ele ainda tem uma série de sentimentos não resolvidos em relação a você, Grey, e tem medo de que tudo isso seja mal interpretado e que ele perca a única chance que tem de consertar as coisas.

-Ele não tem nenhuma chance, ele já teve e eu já segui em frente.

-Mas não foi culpa dele ter perdido essa chance, e ele não seguiu em frente, pelo menos não em um nível pessoal, às vezes eu não o vejo sorrir com os olhos, é como se ele estivesse andando por aí com o peso do mundo sobre ele como um Atlas.

-Miranda, não sei o que está querendo dizer com isso.

-Você ainda sente algo por ele?

-Estou tentando não pensar nele, que neste momento está em uma sala sobre o qual um prédio desabou. Quanto ao resto, ele disse que não sabe se sente algo por mim ou pela lembrança que tem por mim ou de uma ideia sobre mim...

-Ele está claramente confuso.

-Mas não precisa ser eu a tirar suas dúvidas.

-Eu, por outro lado, acredito que as dúvidas dele dependem das suas.

-Bailey, há um coágulo aspira! - e assim a conversa foi interrompida.

Nesse meio tempo, Link e DeLuca estavam desaparecidos, juntamente com o bombeiro Delgado. Quando a nova prancha de coluna chegou para Link, que não conseguia engatinhar com o ombro machucado e possivelmente quebrado pelos escombros, as vigas tremeram novamente.

-Temos de nos apressar - disse Delgado.

-Ok- respondeu DeLuca.

-Você tem que ir o mais rápido que puder, Andrew - disse o bombeiro.

-Primeiro tire meu amigo Link, ele tem um filho para o qual ele deve retornar-Delgado suspirou, abriu o walkie talkie e disse à equipe para puxar a prancha espinhal em que Link estava. O ortopedista foi rapidamente arrastado e, assim que deram o OK, DeLuca e o vigilante que estava logo atrás rastejaram pelo corredor aberto. Ao saírem empoeirados dos escombros, Andrew pegou as chaves do carro de Link e se dirigiu ao carro quando, atrás dele, ouviu alguém chamá-lo, era sua cunhada Maya.

Deluca's Anatomy - Parte 1Onde histórias criam vida. Descubra agora