Deluca's Anatomy - Parte 1

91 - Seu corpo é o País das Maravilhas

O céu de chumbo e o aviso meteorológico continuaram por dois dias. Na manhã de 30 de dezembro, o aeroporto da capital do Haiti reabriu para o deleite dos médicos. O avião particular enviado pela fundação estava pronto para partir de Nova York para o Haiti, mas primeiro pararia em Orlando.

Então, na hora do jantar, o avião chegou ao aeroporto com céu limpo e estrelas visíveis no céu. Todos embarcaram e tomaram seus assentos, ansiosos para voltar para casa. Carradine disse a DeLuca antes de sair, que ele retornaria com uma bolsa extra, na verdade era uma bagagem emocional. O voo teria durado quase 3 horas e meia, mas fez outra parada em Orlando perdendo tempo precioso. Quando o avião decolou de novo , sinalizou um problema técnico e foi forçado a pousar em Jacksonville. Uma luz ameaçadora acendeu no painel de controle e o piloto preferiu ser cauteloso e pousar. Demorou toda a noite para resolver o problema, um pedaço do motor tinha criado um alarme e os técnicos sentiram que era necessário substituí-lo, pena que a peça muito particular não estava lá e levou toda a noite para encontrá-la. Então os médicos tiveram que dormir em um hotel ao lado do aeroporto. Na manhã seguinte eles saíram com a nova peça e chegaram em Nova York quase na hora do almoço.

Andrew teve que pegar uma passagem de avião em Nova York que sairia às 16h e pousaria em Tacoma depois das 21h e de lá mais 40 minutos para chegar de táxi. Ele chegaria à festa às 22h. Ele esperava que não tivesse que ir tarde à festa, mas o inesperado tinha perturbado seus planos.

Ele não tinha trazido nenhuma bagagem física com ele, ele tomou um banho rápido e se vestiu bem para ela, ele colocou o perfume que ela tanto gostava, um pouco de gel para o cabelo dele, mas não muito porque ela adorava passar os dedos por dentro.
Como esperado, às 22h ele se viu em frente ao arranha-céu, pegou o elevador e subiu até o  terraço. No elevador, ele olhou para o espelho por um momento para consertar o cabelo. Ele tinha um casaco curto, cinza escuro, de peito duplo que marcava seu físico, uma camisa quente com mangas longas pretas e uma pashimina para mantê-lo aquecido dado o vento daquele dia.  Os jeans pretos apertados e os Nickers brancos completaram seu look de falso bad boy. O sinal do elevador sinalizou sua chegada ao andar. Com o coração na garganta, ele saiu do elevador e caminhou até a entrada. O sino tocou e Link apareceu com um copo de uísque na mão.

-Andrew! - exclamou o ortopedista sorrindo que o abraçou na porta, batendo nele no ombro - você conseguiu afinal, entra - a música alta cobriu parcialmente suas palavras -Eu coloquei um sinal na porta do quarto com escrito "Proibido entrar, banheiro no térreo" Então, se você quiser dormir cedo, eles não vão incomodá-lo perguntando " está livre?" - Ele disse rindo - Eu não entendi no início por que você me pediu para colocá-lo, mas eu fiz- enquanto ele falava, os dois caminharam para a sala onde estavam muitos colegas do hospital e da estação 19.

De repente, Maya acenou com a cabeça para Carina, que sorriu quando viu seu irmão.

-Você finalmente chegou Andrea- ela disse abraçando-o com força.

-Olá Andrew- Maya disse cumprimentando-o com outro abraço.

-Mas por que todo esse atraso? - perguntou Carina.

-Problemas técnicos no avião, mas sem falar isso para Meredith, ela não gosta muito de aviões. A propósito, onde ela está?

-Ela saiu para tomar um pouco de ar. É um milagre que ela ainda está aqui e não fugiu, Jo e eu nos revezamos falando com ela e fazendo-a dançar.

-Obrigado.

-Andrew, você chegou por fim- disse Jo se aproximando.

-Oi Jo.

-Coma alguma coisa, a noite é longa.

-Sim, então eu vou pegar algo para colocar nos dentes, mas eu tenho que fazer algo importante primeiro, vejo vocês mais tarde- disse ele cumprimentando o grupo de pessoas
Andrew caminhou até onde Meredith estava e a viu em um canto sozinha bebendo no terraço coberto. Ele caminhou em direção a ela e quando ele estava perto o suficiente disse.