37 - Empire State of mind

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Depois de exatamente um mês desde a partida, Andrew e Meredith conseguiram, com muito esforço, planejar um fim de semana juntos. Ela precisava ir para Minnesota, então ele iria acompanhá-la até lá, para a decepção de sua irmã, que queria vê-lo. Carina foi forçada a antecipar um fim de semana sozinha em Nova York com seu irmão.

Ele estava lá esperando por ela na sexta-feira à noite no JFK, no final de seu turno, é claro que ela iria dormir na casa dele.

-Andrea! - ela gritou assim que o viu do lado de fora do desembarque, foi ao encontro dele com a mala que soltou no último metro para abraçar o irmão.

-Carina! - disse ele, abraçando-a com força.

-Senti sua falta - disse ela, comovida, olhando finalmente para o rosto dele.

-Vamos, vamos para casa.

Quando chegaram ao estacionamento, ele chamou um táxi.

-Então é verdade que você não tem carro?

-Eu lhe disse que vou para o hospital de bicicleta ou de metrô, dependendo se estou atrasado ou não, se o tempo está bom ou não, se tenho que fazer compras no final do meu turno ou não. Nova York é uma cidade muito animada, sabe, já subi no Empire State Building, passei muitas noites no Blue Note, assisti a espetáculos de teatro, corri no Central Park, vi o aquário... poderia continuar por muito tempo. Já tenho uma agenda de coisas para fazermos juntos que inclui uma viagem à Estátua da Liberdade, um passeio pelo Brooklyn para conhecer os bairros italianos onde há ótimos restaurantes, depois Coney Island para o playground e, finalmente, jantar em Long Beach e depois voltar para casa.

-Tudo isso só amanhã? - Carina perguntou impressionada.

-Sim. Então no domingo você decide aonde quer ir e o que quer ver.

-Ok.

Quando chegaram em casa, Carina se acomodou no quarto de hóspedes.

-Como você pode pagar uma casa nessa área? E ainda por cima com um quarto de hóspedes? - disse ela em tom de brincadeira.

-O Presbyterian paga muito bem seus residentes e, além disso, já estou quase terminando de pagar meus empréstimos estudantis, tudo o que entra vai para o aluguel, serviços públicos e despesas diversas. Não estou pagando nenhum aluguel de carro, então me permito alguns luxos.

- Você vive bem aqui.

-Não é uma cidade em escala humana, mas na escala da multidão. Ruas enormes, ritmo frenético. Você tem que gostar, caso contrário não conseguiria viver aqui. É um caos enorme e os incidentes criminais não são coisas boas de se ouvir.

-Andrea, sem detalhes, por favor.

-Relaxe, sou muito cuidadoso, meus colegas que estiveram aqui antes de mim me deram dicas para sobreviver o máximo possível aqui.

-Se está tentando me tranquilizar, bem, não está conseguindo.

-Não faça essa cara, amanhã eu lhe mostro o Central Park - disse ele, cutucando o braço dela.

-Ok, mas chega de falar sobre os crimes de Nova York, por favor, já é difícil o suficiente e estou preocupada.

-Vamos, vamos comer, fiz costeletas com salada - os dois se sentaram à mesa e jantaram em silêncio.

Na manhã seguinte, os dois DeLucas acordaram, tomaram o café da manhã e partiram para o seu destino. Para evitar filas, eles foram primeiro para a Estátua da Liberdade de balsa. Andrew reservou essa visita para ir até lá com sua irmã, pois sabia que ela sofria mais com essa distância do que ele devido a eventos anteriores.

Deluca's Anatomy - Parte 1Onde histórias criam vida. Descubra agora