63 - Adeus minha querida

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Depois de quarenta dias na Suíça, Meredith estava pronta para voltar para casa. Sua pesquisa se beneficiou, de certa forma, do trabalho dos cientistas da Basileia que não encontraram o que procuravam em sua pesquisa. Se no início essa colaboração parecia prometer vários desenvolvimentos interessantes, com o passar dos dias o entusiasmo de ambos os lados diminuiu.

-Em outras palavras, o saldo dessa colaboração é quase suficiente?

-Sim, Crisitina, liguei para Hamilton e concluímos juntos que é hora de ir para casa.

-Então essa viagem serviu para você tirar férias de Seattle e só.

-Essa viagem foi mais para passarmos tempo juntas.

-E você está reclamando?

Cristina perguntou sarcasticamente.

-Eu sinto falta das crianças.

-Eu me sinto ofendida, achei que eu tinha conseguido compensar o afeto deles - Meredith sorriu.

-Sim, eu sei, mas você não me chama de mãe.

-Não exatamente, e eu posso cozinhar para mim mesmo, você não precisa me dar banho, nem me forçar a escovar os dentes. E adoro passatempos adultos, bebo álcool, olhe para mim, sou a companhia perfeita, sua primeira pessoa, aquela que a ajudaria a cometer um crime. Eu não a forcei a pagar minha fiança depois de dar uma surra no DeLuca, eu não a teria colocado nessa situação e não teria feito com que você fosse pega em uma fraude de seguro.

-E como sabemos disso?

-Simples, eu teria expulsado aquele interno. Você não denuncia a Meredith Grey.

-Ele fez o que achou certo.

-Não, ele foi nerd é diferente, foi delator nerd. Não se faz...

-Tudo bem, eu entendo que tenho que fazer minhas próprias malas sozinha.

-Você achou que eu ia te ajudar? Você vai viajar para os EUA na segunda-feira e sabe-se lá quando nos veremos novamente.

-É minha culpa que você nunca mais foi para Seattle?

-É minha culpa que Seattle seja uma cidade cheia de infortúnios e que você odeie voar?

-Você não vai nem mesmo para o Natal.

-Mas eu não acredito no Natal, por que eu deveria ir para casa no Natal? As únicas férias que tiro são aqui na Europa. Tenho tudo, se quiser ir a Paris, vou de trem, se quiser ver a aurora boreal, vou à Suécia. Se eu quiser passar um fim de semana na Itália, eu vou. Tenho tudo de que preciso, a única coisa que me falta é você...

-Devo ficar comovida?

-Não, se você se casasse com o italiano, talvez viesse à Itália com mais frequência.

-Sim... - disse Meredith em um tom embaraçado.

-O que está acontecendo? Eu sei que essa é a cara da Meredith Grey com a grande dúvida.

-É que estamos a cerca de um mês e meio do fim da residência e não tivemos a chance, nos últimos 40 dias, de nos sentir como queríamos...

-Vocês tinham planos para o quê, desculpa?

-Deveríamos ter nos visto com mais frequência, conversado mais sobre nós, mas entre essa viagem e sua dupla graduação, nada saiu como planejado.

-Vocês são um casal ou não são?

-Não sei, estamos nos encontrando, mas não estamos realmente fazendo isso.

-Você foi impedi-lo antes de ele ir para Nova York, mas depois o deixou ir.

Deluca's Anatomy - Parte 1Onde histórias criam vida. Descubra agora