Deluca's Anatomy - Parte 1

56 - Não de novo

Já era quase meio da tarde quando chegou a resposta da companhia de seguros do Sr. e da Sra. Finklestein. Um sonoro e pesado não àquela operação, enquanto o desespero dos pais da criança se tornava avassalador. DeLuca observava tudo com angústia e ansiedade cada vez maiores.

A Dra. Carradine consolou a família, assegurando-lhes que encontraria uma maneira de ajudá-los. Arizona percebeu a inquietação de seu amigo e foi perguntar.

-Andrew, você está bem?

Ele bufou e depois continuou - Da última vez que estive em uma situação semelhante, acabei preso por uma noite e Meredith quase perdeu a licença médica.

-Eu conheço um pouco a Dra. Jennifer Carradine e posso lhe garantir que ela não fará fraude de seguro, até porque ela não tem um filho dessa idade e o neto dela, da irmã dela de fato, tem quatro anos, muito velho - disse Robbins ironicamente.

Uma hora se passou e DeLuca estava sempre no radar do cirurgião cardíaco, ele podia vê-la indo e voltando com o telefone na mão, conversando, às vezes de forma acalorada.

-Pessoalmente, aconselharei todos os meus pacientes contra vocês, podem contar com isso, e esperarei por uma lei de reciprocidade para vocês e para aqueles que decidiram por essas cláusulas-mestras. Vou usar uma camiseta bonita na próxima maratona de Nova York, vou mandar colocá-la na minha associação "Médicos contra a big pharma e os seguros tubarões", vocês vão ver!

DeLuca, chocado com aquela conversa, permaneceu petrificado, sem reagir

-Dr. DeLuca, é o homem que eu estava procurando, certifique-se de que os parâmetros do bebê estão bons, chegaremos tarde hoje.

Disse o cirurgião cardíaco, depois voltou ao telefone, enquanto Andrew verificava os parâmetros e voltava à clínica para terminar as vacinas, preocupado com tudo aquilo. Após o enésimo check-up, quando já passava das 20 horas, seus colegas terminaram suas listas e se juntaram a ele para conversar.

-Andrew, você ainda está aqui? Ouvi dizer que Carradine está aqui e que você está a serviço dela.

-A companhia de seguros se recusa a pagar pela operação, ela ficou ao telefone a tarde toda e não tenho ideia do que ela quer fazer, só sei que vamos nos atrasar. Suas palavras...

-Bem, vai dar certo, Andrew, não se preocupe. Carradine é um tipo especial de garota, uma sindicalista, sua filha é uma advogada que faz trabalho pro bono para famílias que foram prejudicadas pelo sistema de saúde privado, pelas grandes empresas farmacêuticas, pelo sistema de saúde público... uma espécie de Erin Brockovich.

-Bom, Andrew, nos vamos embora - disse Son, saindo com Laurent. Larsson e Raul passaram por ele quase ignorando-o, mas Raul não resistiu a fazer uma piada.

-DeLuca nos avisa assim que o telefone estiver livre - ela riu.

Eram 22 horas quando DeLuca foi contatado por Carradine, Arizona já havia saído para casa 30 minutos antes, com a promessa de que eles se veriam em breve.

-Dr. DeLuca, prepare o paciente, dentro de meia hora começaremos a operação. Não peça ajuda a nenhuma enfermeira, seremos apenas eu e mais três colegas para fazer a cirurgia pro-bono. - Andrew levou o pequeno Ben para a sala de cirurgia e foi confrontado por três outros cirurgiões.

-DeLuca vou apresentar o Dr. Sampras, o anestesista, a enfermeira operacional Wozniacki e o segundo assistente operacional Clifford, pronto para tirar sangue, se necessário. Colegas, este é o Dr. DeLuca, que diagnosticou nosso paciente durante uma vacinação obrigatória.

-Prazer em conhecê-los - disse Andrew.

-Então Carol, Dan preparam o campo de operação, DeLuca comigo no banheiro - os dois foram se lavar -Então DeLuca, você vai participar de uma operação pro-bono, então nosso serviço será gratuito e fora do nosso turno. Na verdade, estamos fazendo um trabalho voluntário, os materiais com os quais faremos a operação serão doados pelo hospital, enquanto os cuidados pós-operatórios serão prestados pelas enfermeiras da "Cares for people", uma associação de profissionais e assistentes de saúde que atua em muitos estados. Johnston nos deu permissão, então vamos lá.