115 - As peças do quebra-cabeça

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Andrew e Bailey aproveitaram a tarde ensolarada e foram ao parque. DeLuca tinha uma toalha no porta-malas que eles poderiam usar para sentar na grama e fazer um piquenique ou sentar sem se sujar. Eles foram ao quiosque e pegaram duas tigelas de sorvete em recipientes de papel compostável, com colheres também compostáveis.

-Adoro vir ao parque e adoro sorvete - disse Bailey.

-Eu também.

-Eles tomam sorvete no Alasca?

-Sim, eles tomam.

-Mesmo se estiver muito frio?

-Sim, mesmo que esteja muito frio.

-Você me deixará experimentar o sorvete italiano algum dia? Você sempre diz que é melhor do que este.

-Vamos ver, eu adoraria- disse Andrew com um sorriso.

-Tenho um colega de classe que reclama do padrasto, diz que ele nunca o leva para tomar sorvete, diz que as únicas coisas que ele sabe fazer são churrasco e pedir sushi.

-Bem, nem todo mundo sabe cozinhar...

-É verdade, nem mesmo a mamãe sabe - e os dois começaram a rir.

-Sua mãe sabia cozinhar bem? - perguntou Bailey.

-Sim, aprendi muitos pratos com ela.

-Você sente falta de sua mãe?

-Sim.

-Sinto falta do papai também, não me lembro muito dele, mas Zola me conta muito sobre ele. Ela me disse que você contou a ela sobre uma operação que ele fez no hospital há muito tempo.

-Sim, a Zola lhe contou do que se tratava?

-Alguma coisa, mas eu não entendi muito sobre isso. Você poderia me contar?

-Claro.

Andrew começou a contar sobre o famoso tumor impossível de uma coluna vertebral, que Derek não sabia como remover e que depois ele removeu completamente, em parte graças a uma boa dose de sorte e também de coragem.

-Meu pai era forte.

-Sim.

-O senhor também é, pois estava no Alasca se escondendo dos bandidos há dois anos. Meus amigos com pais divorciados não têm padrastos legais como você.

-Bem, obrigado- disse Andrew sorrindo.

-Você acha que sua mãe e meu pai estão juntos agora?

-Talvez sim.

-Talvez eles tenham se tornado amigos como você e eu.

-Talvez sim.

-E onde está seu pai?

-Ele está na Itália, com o resto da minha família.

-Da próxima vez que for visitá-lo, poderia me levar com você?

-Você e eu sem sua mãe e suas irmãs?

-Sim, uma coisa de homens.

-Acho que sua mãe não nos deixaria fazer isso.

-É porque vocês não sao casados?

-Não... não é isso.

-Sabe, quando você foi embora há três anos...

-Sinto muito.

-Mas agora você está aqui e está tudo bem, mas não vá mais embora, você e eu somos amigos e amigos não se abandonam. Eu já perdi meu pai quando era criança, não quero perder mais ninguém...

Deluca's Anatomy - Parte 1Onde histórias criam vida. Descubra agora