Ao entrar no colégio me deparo com crianças e várias pessoas que parecem ter a minha idade. Todas estão de uniforme, como eu.
Uma menina ruivinha que aparenta ter uns seis anos, me olha e vem correndo atrás de mim.
— Olá. — Ela diz sorrindo gentilmente.
— Oi. — respondo.
— Você é muito bonita. — Ela olha fixamente para os meus cabelos.
— Obrigada, mas você não é bonita, parece uma ratinha. — digo sarcasticamente e em seguida, lhe olho seriamente com a intenção de assustá-la.
— Obrigada, eu gostei de você, você diz a verdade. Eu também acho que eu pareço uma ratinha, mas ninguém me diz isso. — Ela sorri.
Que?! Eu hein... Que menina estranha. Eu tento assustá-la e ao invés de ficar com medo, me agradece e ainda sorri. É por esse motivo que eu odeio crianças, elas são estranhas.
— Tá bom. Agora eu tenho que procurar minha sala. Vai embora. — digo seriamente ao gesticular com as mãos fazendo um gesto para ela ir.
— Tá. Até logo, garota bonita. — Ela acena e sai correndo segurando sua lancheira com desenhos de borboletas coloridas.
Alguns minutos se passam e nesse momento, estou andando pelos corredores procurando minha sala. Enquanto caminho, sinto uma mão tocar meu ombro, eu me viro e vejo um garoto. Seus olhos são tão grandes e lindos, parecem duas jabuticabas. Ele aparenta ter a minha idade.
— Você é nova aqui? — Ele pergunta sorrindo.
— Sou, por que?! Algum problema?! — pergunto seriamente.
— Não, é que parece que você está meio perdida, se você quiser eu te ajudo a encontrar sua sala. Essa escola parece um labirinto pra quem não conhece.
— Não obrigada, eu me viro. — afirmo ao olhar para ele de cima a baixo.
— Está bem. A gente se vê por aí. — Ele sorri novamente e depois sai andando.
Ele é muito lindo e tem um olhar sedutor. Quando eu o vi, me senti um pouco estranha.
Ele parece ser aqueles garotos populares, que conhecem a escola inteira, e eu tenho muitos problemas para querer mais um.
Finalmente encontro minha sala e adivinhem quem eu vejo: o garoto que vi no corredor, a única cadeira vazia é a que está atrás dele.
— Você está atrasada. — diz uma mulher, acho que é a professora.
— Me desculpe, eu me perdi. Sou nova aqui.
Todos estão olhando para mim e eu sinto que estou ficando corada. Eu odeio ser o centro das atenções e odeio ver meu corpo reagir aos meus sentimentos, como agora. Que ódio!
— Tudo bem, mas que isso não se repita. Sente-se lá no fundo, atrás do Miguel. — Ela aponta para o garoto que eu encontrei no corredor.
Reviro os olhos, caminho até a cadeira e me sento rapidamente.
— Então, nós somos da mesma sala né, marrentinha? — Ele pergunta sarcasticamente.
— Marrentinha é sua avó! — digo de forma rude. — Se eu fosse você, eu me deixava em paz. Você não vai querer me ter como inimiga.
— Fica calma! Não precisa ficar bravinha... — Ele sorri. — Eu adoro meninas marrentas como você, elas têm um charme a mais.
Não sei explicar, mas quando eu o vi pela primeira vez, senti uma coisa estranha... Raiva? Com certeza era um dos sentimentos, mas também senti algo que no momento não sei definir o que é. E amor? Será? Como naqueles filmes bregas que as meninas do orfanato assistiam? Não, eu só posso estar louca! Isso não é possível.
— Eu posso saber o que vocês tanto conversam? — A professora pergunta.
Do nada vejo um montão de olhares voltados para mim e eu fico corada novamente.
— É confidencial, professora. — Miguel responde sorrindo.
— Está bem, então vocês terão uma conversa confidencial comigo também na hora do intervalo. — Ela nos olha seriamente.
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Hey, pessoas 💖 Tudo bem?
Bom, a essa altura, vocês com certeza devem estar achando que essa história será bem clichê, tipo como a maioria dos livros daqui do wattpad kkk Será? Muitas reviravoltas, novos amores, amizades, tretas, vão surgir *-* Espero que gostem ❤
-Beijinhos 😘
-Autora.
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Uma garota nada comum [COMPLETO - EM REVISÃO ]
Teen FictionSerá que depois de tanto sofrimento, uma pessoa é capaz de voltar a sorrir? Conheça a história de Evellyn, uma menina que foi abandonada em um orfanato com apenas um mês de vida e pelo fato ter passado por vários pais adotivos e nunca ser aceita...