... Até que a mãe dele e a Malu entram na casa.
Assim que escutamos o barulo da porta, nos afastamos rapidamente.
— Eve! — Malu exclama assim que me vê.
Ela corre até mim e me abraça fortemente.
É... Parece que mais uma vez, o meu primeiro beijo não rolou.
Olho para Daniel enquanto abraço a sua irmã e vejo que ele parece estar decepcionado.
Eu e Malu nos afastamos, e então, me levanto para cumprimentar a mãe deles.
— Boa tarde, dona Ana. — digo ao estender a mão para ela.
— Em primeiro lugar: Não é tarde, e sim noite. — Quando ela diz isso olho pela janela e vejo que já está de noite. — Em segundo: Eu odeio que me chamem de dona. Quando me chamam assim, me sinto a pessoa mais velha do mundo.
— Ah, então me desculpa, Ana. — digo sorrindo.
— Por que vocês tiveram que voltar justo agora? — Daniel pergunta ao se levantar.
— Porque sim! — Malu responde ao cruzar seus bracinhos. — Eu sei que vocês dois são namorados e gostam de ficar sozinhos, mas eu e a mamãe também moramos aqui.
— Nós não somos namorados. — A corrijo. — Preciso ir, eu disse a minha mãe que chegaria em casa antes que anoitecesse.
— Ah, não, Eve! Fica aqui pra jantar com a gente. — Malu pede com o semblante um pouco triste.
— Não posso. Outro dia eu venho passar o dia com você, tá?
— Tá bom. — Ela responde sorrindo.
Em seguida, me despeço dela, da Ana e do Daniel.
— Filho, a leve até um táxi. — A mãe do Daniel diz. — Essa parte da cidade é muito perigosa a noite.
Assim que ela diz isso, me lembro do dia em que fui salva pelo Miguel e meu corpo estremece. Até hoje não contei nada para o Daniel, e para falar a verdade, acho melhor não contar, não vale a pena.
— Claro. Vamos, Eve? — Ele pergunta sorrindo.
— Uhum. Tchau, gente. — digo ao caminhar até a porta.
— Tchau. — Malu e Ana dizem em coro.
Em seguida, eu e Daniel caminhamos até o portão.
Assim que chegamos na rua, olhamos em volta para ver se encontramos outro táxi.
— Olha um táxi ali. — Ele aponta para um táxi parado.
— Bom, então tchau. — digo sorrindo.
— Tchau. — Ele me dá um beijo na bochecha. — Fique bem.
Logo após, caminho até o táxi e entro no mesmo. Aceno para Daniel quando o taxista começa a dirigir.
Será que os meus pais vão realmente se separar? Isso não pode acontecer. Não agora que eu os reencontrei.
Penso enquanto olho pela janela.
+++
Acabo de abrir a porta do apartamento e assim que entro, vejo meu pai e minha mãe sentados no sofá.
— Filha! — Minha mãe diz assim que me vê.
Ela caminha até mim rapidamente e me abraça.
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Uma garota nada comum [COMPLETO - EM REVISÃO ]
Teen FictionSerá que depois de tanto sofrimento, uma pessoa é capaz de voltar a sorrir? Conheça a história de Evellyn, uma menina que foi abandonada em um orfanato com apenas um mês de vida e pelo fato ter passado por vários pais adotivos e nunca ser aceita...