Família unida novamente. (cap.51)

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   ... Até que a mãe dele e a Malu entram na casa.

   Assim que escutamos o barulo da porta, nos afastamos rapidamente.

   — Eve! — Malu exclama assim que me vê.

   Ela corre até mim e me abraça fortemente.

   É... Parece que mais uma vez, o meu primeiro beijo não rolou.

   Olho para Daniel enquanto abraço a sua irmã e vejo que ele parece estar decepcionado.

   Eu e Malu nos afastamos, e então, me levanto para cumprimentar a mãe deles.

   — Boa tarde, dona Ana. — digo ao estender a mão para ela.

   — Em primeiro lugar: Não é tarde, e sim noite. — Quando ela diz isso olho pela janela e vejo que já está de noite. — Em segundo: Eu odeio que me chamem de dona. Quando me chamam assim, me sinto a pessoa mais velha do mundo.

   — Ah, então me desculpa, Ana. — digo sorrindo.

   — Por que vocês tiveram que voltar justo agora? — Daniel pergunta ao se levantar.

   — Porque sim! — Malu responde ao cruzar seus bracinhos. — Eu sei que vocês dois são namorados e gostam de ficar sozinhos, mas eu e a mamãe também moramos aqui.

   — Nós não somos namorados. — A corrijo. — Preciso ir, eu disse a minha mãe que chegaria em casa antes que anoitecesse.

   — Ah, não, Eve! Fica aqui pra jantar com a gente. — Malu pede com o semblante um pouco triste.

   — Não posso. Outro dia eu venho passar o dia com você, tá?

   — Tá bom. — Ela responde sorrindo.

   Em seguida, me despeço dela, da Ana e do Daniel.

   — Filho, a leve até um táxi. — A mãe do Daniel diz. — Essa parte da cidade é muito perigosa a noite.

   Assim que ela diz isso, me lembro do dia em que fui salva pelo Miguel e meu corpo estremece. Até hoje não contei nada para o Daniel, e para falar a verdade, acho melhor não contar, não vale a pena.

    — Claro. Vamos, Eve? — Ele pergunta sorrindo.

   — Uhum. Tchau, gente. — digo ao caminhar até a porta.

   — Tchau. — Malu e Ana dizem em coro.

   Em seguida, eu e Daniel caminhamos até o portão.

   Assim que chegamos na rua, olhamos em volta para ver se encontramos outro táxi.

   — Olha um táxi ali. — Ele aponta para um táxi parado.

   — Bom, então tchau. — digo sorrindo.

   — Tchau. — Ele me dá um beijo na bochecha. — Fique bem.

   Logo após, caminho até o táxi e entro no mesmo. Aceno para Daniel quando o taxista começa a dirigir.

   Será que os meus pais vão realmente se separar? Isso não pode acontecer. Não agora que eu os reencontrei.

   Penso enquanto olho pela janela.

   +++

   Acabo de abrir a porta do apartamento e assim que entro, vejo meu pai e minha mãe sentados no sofá.

   — Filha! — Minha mãe diz assim que me vê.

   Ela caminha até mim rapidamente e me abraça.

Uma garota nada comum [COMPLETO - EM REVISÃO ]Onde histórias criam vida. Descubra agora