— Ai, meu Deus! O que eu faço agora? — pergunto olhando para ela.
— Chama o seu pai. Vai rápido antes que as contrações comecem. — Ela diz ao pôr a mão em cima da barriga.
Em seguida, saio do quarto e corro rapidamente até a sala.
— Filha, eu já falei para você não descer a escada desse jeito. — Meu pai diz assim que chego no último degrau.
— Pai! A bolsa estourou! — digo rapidamente.
Meu pai arregala os olhos, sobe a escada correndo e eu o sigo.
Quando chegamos no quarto, vejo minha mãe pálida e toda suada em cima da cama.
— Amor, você está bem? — Meu pai pergunta assim que chega perto dela.
— Pedro, a gente precisa ir para o hospital agora! As contrações estão começando. — Minha mãe diz ao levantar da cama com a ajuda do meu pai. — Eve, pega a bolsa dos bebês.
Caminho até a poltrona e pego a bolsa.
A chuva aumenta e o som dos raios também.
Meu pai pega a minha mãe no colo rapidamente e sai do quarto com ela nos braços.
Minha mãe começa a gritar e eu me desespero.
Assim que chegamos do lado de fora da casa, caminhamos na chuva até a garagem e entramos no carro.
Meu pai coloca a minha mãe no banco de trás e eu me sento do lado dela.
Os gritos e os gemidos de dor dela me deixam cada vez mais agoniada.
Meu pai dirige o mais rápido que consegue, ele chega a ultrapassar o limite de velocidade.
Chegamos no hospital em quinze minutos, normalmente, lá de casa até aqui dá em média quarenta minutos.
Os enfermeiros colocam a minha mãe em cima de uma maca e a levam até uma sala. A obstetra dela os segue.
Eu e meu pai ficamos aflitos e angustiados na sala de espera.
Começo a chorar automaticamente e inspiro e expiro para tentar me controlar.
Ela precisa ficar bem!
Penso enquanto controlo minha respiração.
Depois de alguns minutos, a obstetra da minha mãe caminha até a gente.
— Como a minha mãe está? — pergunto angustiada.
— Ela está entrando em trabalho de parto. Eu vim aqui perguntar o que vocês decidiram em relação à ela e os bebês. Se por algum motivo tivermos que escolher entre ela e os bebês, qual a decisão? — A médica pergunta.
Olho para o meu pai e ele me olha.
— Os bebês. — Meu pai responde chorando.
Caminho até ele e o abraço bem forte.
— Eu vou fazer de tudo para que os três fiquem bem. Eu juro. — A médica afirma ao voltar para a sala onde minha mãe está.
Estou com tanto medo. A minha mãe não pode morrer. Não pode!
A chuva aumenta cada vez mais e os sons estrondosos dos raios e dos trovões ficam cada vez mais forte.
Uma, duas, três horas se passam e nada da médica aparecer. Já estou começando a pensar o pior.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Uma garota nada comum [COMPLETO - EM REVISÃO ]
Teen FictionSerá que depois de tanto sofrimento, uma pessoa é capaz de voltar a sorrir? Conheça a história de Evellyn, uma menina que foi abandonada em um orfanato com apenas um mês de vida e pelo fato ter passado por vários pais adotivos e nunca ser aceita...