Nascimento dos gêmeos. (cap.81)

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    — Ai, meu Deus! O que eu faço agora? — pergunto olhando para ela.

    — Chama o seu pai. Vai rápido antes que as contrações comecem. — Ela diz ao pôr a mão em cima da barriga.

    Em seguida, saio do quarto e corro rapidamente até a sala.

    — Filha, eu já falei para você não descer a escada desse jeito. — Meu pai diz assim que chego no último degrau.

     — Pai! A bolsa estourou! — digo rapidamente.

    Meu pai arregala os olhos, sobe a escada correndo e eu o sigo.

    Quando chegamos no quarto, vejo minha mãe pálida e toda suada em cima da cama.

    — Amor, você está bem? — Meu pai pergunta assim que chega perto dela.

    — Pedro, a gente precisa ir para o hospital agora! As contrações estão começando. — Minha mãe diz ao levantar da cama com a ajuda do meu pai. — Eve, pega a bolsa dos bebês.

    Caminho até a poltrona e pego a bolsa.

   A chuva aumenta e o som dos raios também.

   Meu pai pega a minha mãe no colo rapidamente e sai do quarto com ela nos braços.

    Minha mãe começa a gritar e eu me desespero.

    Assim que chegamos do lado de fora da casa, caminhamos na chuva até a garagem e entramos no carro.

    Meu pai coloca a minha mãe no banco de trás e eu me sento do lado dela.

    Os gritos e os gemidos de dor dela me deixam cada vez mais agoniada.

    Meu pai dirige o mais rápido que consegue, ele chega a ultrapassar o limite de velocidade.

    Chegamos no hospital em quinze minutos, normalmente, lá de casa até aqui dá em média quarenta minutos.

    Os enfermeiros colocam a minha mãe em cima de uma maca e a levam até uma sala. A obstetra dela os segue.

    Eu e meu pai ficamos aflitos e angustiados na sala de espera.

    Começo a chorar automaticamente e inspiro e expiro para tentar me controlar.

   Ela precisa ficar bem!

    Penso enquanto controlo minha respiração.

    Depois de alguns minutos, a obstetra da minha mãe caminha até a gente.

   — Como a minha mãe está? — pergunto angustiada.

   — Ela está entrando em trabalho de parto. Eu vim aqui perguntar o que vocês decidiram em relação à ela e os bebês. Se por algum motivo tivermos que escolher entre ela e os bebês, qual a decisão? — A médica pergunta.

   Olho para o meu pai e ele me olha.

   — Os bebês. — Meu pai responde chorando.

   Caminho até ele e o abraço bem forte.

    — Eu vou fazer de tudo para que os três fiquem bem. Eu juro. — A médica afirma ao voltar para a sala onde minha mãe está.

    Estou com tanto medo. A minha mãe não pode morrer. Não pode!

    A chuva aumenta cada vez mais e os sons estrondosos dos raios e dos trovões ficam cada vez mais forte.

    Uma, duas, três horas se passam e nada da médica aparecer. Já estou começando a pensar o pior.

Uma garota nada comum [COMPLETO - EM REVISÃO ]Onde histórias criam vida. Descubra agora