Uma escolha difícil. (cap.78)

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   Ao ver que eram muitas as ligações perdidas, resolvo retornar para ele.

   — Oi, pai. — digo assim que ele atende.

   — Filha, não faz mais isso, eu fiquei ligando a noite toda pra você e você não atendeu. Eu fiquei preocupado. Está tudo bem? — Ele pergunta aflito do outro lado da linha.

   — Me desculpa. Eu não vi as ligações, esqueci de tirar celular do modo silencioso. Está tudo bem. Como a mamãe está?

  — Ela está na mesma. — Ele suspira. — Ainda não me deixaram vê-la.

  — Eu já estou indo para aí. — afirmo.

  — Está cedo, descanse mais um pouco. — Ele diz.

   — Eu já descansei, pai. Eu vou e ponto final. — digo seriamente.

   — Tá bom. Sabia que você é teimosa que nem a sua mãe? — Ele diz ironicamente.

   Nós dois rimos e depois eu me despeço dele.

   Alice e Guilherme continuam dormindo profundamente.

   — Alice... — A chamo enquanto tento acordá-la.

    Depois de alguns minutos a chamando, ela finalmente acorda.

   — Bom dia. — Ela diz ao bocejar ao olhar para o lado e ver o Guilherme. — O que ele está fazendo aqui?

   — Bom dia. — respondo sorrindo para ela. — Ele veio ontem à noite.

   Alice pega um travesseiro e fica batendo nele.

   — Sua louca! Isso é jeito de acordar seu irmão gêmeo? — Guilherme pergunta ao se sentar na cama.

   — Eu posso saber o que você está fazendo aqui? — Alice pergunta ao olhar seriamente para ele.

    — O nosso tio pediu para que eu viesse. — Ele responde. — Ele estava preocupado porque vocês duas iam dormir aqui sozinhas.

   Meu pai é louco! Ele acha que se acontecer alguma coisa o Guilherme vai proteger a gente? Ele vai ser o primeiro a sair correndo, isso sim.

   — Eu vou tomar banho e depois vou me arrumar para ir ao hospital. — afirmo ao me levantar da cama.
 
  — Nós também vamos. — Alice afirma.

  Em seguida, cada um de nós vai para o seu quarto.

   A essa hora os funcionários já devem ter chegado, eles sempre chegam antes de todo mundo acordar para preparar o café da manhã.

   Assim que entro no quarto, pego um short e uma blusa no closet e caminho até o banheiro.

   Quando termino de tomar banho e de pentear o cabelo, desço para a sala de estar.

   Ao chegar lá, me surpreendo ao ver Daniel sentado no sofá.

   — Dani! — Exclamo ao correr em sua direção e abraçá-lo.

   Me sinto tão segura nos braços dele. Sinto como se nada de ruim tivesse acontecido.

   Depois de alguns instantes, nos afastamos e ficamos trocando olhares.

   — Você está bem? — Ele pergunta ao segurar a minha mão.

   — Não. — Abaixo a cabeça. — A minha mãe está...

   — Eu já sei. — Ele me interrompe. — Sinto muito.

   — Quem te contou? — pergunto ao levantar a cabeça.

Uma garota nada comum [COMPLETO - EM REVISÃO ]Onde histórias criam vida. Descubra agora