Ao ver que eram muitas as ligações perdidas, resolvo retornar para ele.
— Oi, pai. — digo assim que ele atende.
— Filha, não faz mais isso, eu fiquei ligando a noite toda pra você e você não atendeu. Eu fiquei preocupado. Está tudo bem? — Ele pergunta aflito do outro lado da linha.
— Me desculpa. Eu não vi as ligações, esqueci de tirar celular do modo silencioso. Está tudo bem. Como a mamãe está?
— Ela está na mesma. — Ele suspira. — Ainda não me deixaram vê-la.
— Eu já estou indo para aí. — afirmo.
— Está cedo, descanse mais um pouco. — Ele diz.
— Eu já descansei, pai. Eu vou e ponto final. — digo seriamente.
— Tá bom. Sabia que você é teimosa que nem a sua mãe? — Ele diz ironicamente.
Nós dois rimos e depois eu me despeço dele.
Alice e Guilherme continuam dormindo profundamente.
— Alice... — A chamo enquanto tento acordá-la.
Depois de alguns minutos a chamando, ela finalmente acorda.
— Bom dia. — Ela diz ao bocejar ao olhar para o lado e ver o Guilherme. — O que ele está fazendo aqui?
— Bom dia. — respondo sorrindo para ela. — Ele veio ontem à noite.
Alice pega um travesseiro e fica batendo nele.
— Sua louca! Isso é jeito de acordar seu irmão gêmeo? — Guilherme pergunta ao se sentar na cama.
— Eu posso saber o que você está fazendo aqui? — Alice pergunta ao olhar seriamente para ele.
— O nosso tio pediu para que eu viesse. — Ele responde. — Ele estava preocupado porque vocês duas iam dormir aqui sozinhas.
Meu pai é louco! Ele acha que se acontecer alguma coisa o Guilherme vai proteger a gente? Ele vai ser o primeiro a sair correndo, isso sim.
— Eu vou tomar banho e depois vou me arrumar para ir ao hospital. — afirmo ao me levantar da cama.
— Nós também vamos. — Alice afirma.Em seguida, cada um de nós vai para o seu quarto.
A essa hora os funcionários já devem ter chegado, eles sempre chegam antes de todo mundo acordar para preparar o café da manhã.
Assim que entro no quarto, pego um short e uma blusa no closet e caminho até o banheiro.
Quando termino de tomar banho e de pentear o cabelo, desço para a sala de estar.
Ao chegar lá, me surpreendo ao ver Daniel sentado no sofá.
— Dani! — Exclamo ao correr em sua direção e abraçá-lo.
Me sinto tão segura nos braços dele. Sinto como se nada de ruim tivesse acontecido.
Depois de alguns instantes, nos afastamos e ficamos trocando olhares.
— Você está bem? — Ele pergunta ao segurar a minha mão.
— Não. — Abaixo a cabeça. — A minha mãe está...
— Eu já sei. — Ele me interrompe. — Sinto muito.
— Quem te contou? — pergunto ao levantar a cabeça.
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Uma garota nada comum [COMPLETO - EM REVISÃO ]
Teen FictionSerá que depois de tanto sofrimento, uma pessoa é capaz de voltar a sorrir? Conheça a história de Evellyn, uma menina que foi abandonada em um orfanato com apenas um mês de vida e pelo fato ter passado por vários pais adotivos e nunca ser aceita...