Me sinto muito feliz por tudo ter se esclarecido, e principalmente, por saber que o que a Paloma fez realmente não foi por mal.
Caminho até o Daniel e ele fica sorrindo para mim.
— O que foi? — pergunto ao me sentar do lado dele.
— Cada vez eu tenho mais certeza de que você é a garota mais perfeita do mundo. — Ele afirma ao me dar um beijo.
— Ninguém é perfeito, Dani. — digo sorrindo ao olhar para a Sophia e para a Paloma, que ainda estão abraçadas.
— Você é. — Ele diz suavemente, o que me faz olhar novamente para ele e sorrir.
+++
Já é noite e todos continuamos aqui no hospital, menos a Paloma e a Kelly. A Kelly foi para a casa e a Paloma disse que tinha que resolver algo, mas que logo voltava.
Nesse momento, estou sentada e com a cabeça encostada no ombro do Daniel.
Apesar da médica dizer que a minha mãe está bem, estou preocupada com ela.
Alguns minutos se passam e a médica caminha até nós.
— A Júlia está bem? — Meu pai pergunta de imediato.
— Fique calmo, ela está bem sim. Eu só vim aqui dizer que se tudo continuar como está, a Júlia terá alta amanhã. — A médica diz sorrindo.
— É sério? — pergunto sorrindo ao levantar e caminhar até o meu pai.
— Sim, mas vocês terão que tomar muito cuidado em relação à ela. A Júlia não pode se estressar e muito menos fazer esforços. — Ela afirma.
— Nós teremos muito cuidado com ela, pode ter certeza disso. — Meu pai diz sorrindo ao me abraçar.
Todos ficam felizes com a notícia.
Nós só ficamos dois dias no hospital, mas parece que foi uma eternidade.
A médica se despede da gente e caminha até uma enfermeira.
— Eve, a titia e os meus priminhos vão para a casa amanhã? — Sophia pergunta sorrindo.
— Parece que sim, amor. — respondo ainda sorrindo.
Olho para o relógio e vejo que já são oito horas da noite.
Meu pai nos convenceu novamente de ir para a casa, ele disse que temos que estar bem para ver minha mãe amanhã e ele está certo, mas eu também o convenci de vir com a gente, ele passou a noite acordado e também precisa descansar.
Todos já estão nos esperando no carro, e nesse momento, estou com a Sophia no banheiro, ela pediu que eu a trouxesse.
Ao sairmos do banheiro, passamos pela lanchonete e compro um pirulito enorme para ela.
Quando estamos quase chegando no elevador, escuto uma menina chorando e logo percebo que Sophia não está mais perto de mim.
Sigo o som do choro da tal menina e a vejo sentada no chão um pouco distante de mim. A Sôsô está sentada ao lado dela.
Ela parece ter a mesma idade que a Sophia.
Caminho até elas e fico as observando.
— Não chora, menina. — Sophia diz ao dar um beijo na bochecha da menina. — Meu nome é Sophia. E o seu?
— Meu nome é Analice. — A menina responde com a cabeça abaixada.
— Seu nome é muito bonito, parece com o da minha irmã. Por que você está chorando? Alguém te bateu? — Sophia pergunta ao afastar o cabelo da Analice do rosto dela.
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Uma garota nada comum [COMPLETO - EM REVISÃO ]
Teen FictionSerá que depois de tanto sofrimento, uma pessoa é capaz de voltar a sorrir? Conheça a história de Evellyn, uma menina que foi abandonada em um orfanato com apenas um mês de vida e pelo fato ter passado por vários pais adotivos e nunca ser aceita...