Injustiça. (cap.23)

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   Quando chego na porta do quarto dela, fico em dúvida se bato ou não, mas no final decido bater.

   — Mãe, abre a porta, por favor. Nós precisamos conversar. — peço em frente a porta.

   Depois de alguns minutos esperando uma resposta, ela abre.

   Sua aparência não está tão boa, seu rosto está corado e seus olhos vermelhos.

   — O que você quer? — Ela pergunta evitando olhar para mim.

   — Posso entrar? Eu quero conversar com você. — peço sem jeito.

   Ela se afasta da porta, me dando abertura para entrar.

   Nunca tinha entrado aqui antes. O quarto deles é bem grande. As paredes estão pintadas com cores neutras, tem um lustre no centro do teto como no meu, tem uma cama enorme, um criado-mudo com a cor branca, entre outros móveis.

   — Eu nem sei o que dizer. — Mee sento na cama.

   Ela me olha, se senta um pouco distante de mim e abaixa a cabeça.

   — Mãe, eu não sabia que você se sentia assim. Me desculpa. — digo ao me aproximar dela.

   Eu não imaginava que ela se sentia desse jeito. Apesar de todas as brigas, discussões e desentendimentos, eu a amo. Confesso que talvez eu ame um pouco mais o meu pai, mas ela é a minha mãe e sempre vou amá-la.

   — Não precisa me pedir desculpa. Eu que peço perdão por não ser a mãe que você sempre sonhou. — Ela diz.

   — Não fica assim. É verdade que gosto mais do meu pai, mas eu também te amo, mãe. Não fica assim, por favor. — Meus olhos se enchem de lágrimas. — Eu prometo que vou tentar te entender mais.

   Não sei porque eu estou chorando, acho que é por causa do nervosismo.

   Ela levanta a cabeça e vejo que ela também está chorando.

   — Filha, eu te amo muito, muito mesmo. — Ela passa as costas das mãos pelo meu rosto, o que interrompe o caminho das minhas lágrimas.

   — Eu também te amo, mamãe. — digo ao abraçá-la.

   Estou me sentindo tão bem enquanto estou envolta em seus braços.

   Depois de alguns minutos abraçadas, eu me afasto.

   — Tenho que sair. Eu preciso resolver algumas coisas. — digo sorrindo.

   — Que coisas? — Ela pergunta ao secar o rosto com a mão.

   — Isso não vem ao caso agora. Tchau, mãe. — digo ao sair pela porta do quarto.

   Estou quase chegando na porta, mas meu pai aparece do nada na sala e me chama.

   — Aonde você vai, mocinha? — Ele pergunta ao franzir a testa.

   — Vou atrás da Kelly. Por que? Algum problema? — pergunto a cruzar os braços

   — Não, nenhum. Eu fico muito feliz que você esteja preocupada com a Kelly. — Ele diz sorrindo. — Falou com a sua mãe?

   — Sim, já está tudo resolvido entre eu e ela. Agora posso ir?

   — Sim. Ah, já ia me esquecendo, eu contratei um segurança para te proteger. Também comprei mais um carro e contratei um motorista.

   — O que? Isso é sério? — pergunto ao me aproximar dele.

Uma garota nada comum [COMPLETO - EM REVISÃO ]Onde histórias criam vida. Descubra agora