Depois que tudo se acalma, pergunto a Kelly se ela vai no carro com a gente, mas Miguel diz que ele quer levá-la.
O motorista deixa o Daniel na casa dele e leva eu e os meus primos para a minha casa.
Assim que abrimos a porta, Sophia corre até mim e abraça as minhas pernas.
— Oi, princesa! — digo ao pegá-la no colo e lhe dar um abraço bem apertado.
As provas do ensino fundamental acabaram semana passada, por isso que a Sophia e a Malu não foram para o colégio hoje.
— Oi! — Ela me dá um beijo na bochecha.
— Ei! Nós estamos aqui também, sabia? — Alice afirma ao se sentar no sofá.
Sophia desce do meu colo e abraça os irmãos.
— Eu vou subir para o meu quarto. — afirmo ao subir a escada.
Quando abro a porta do quarto, escuto um dos meus irmãos chorar, então vou até o quarto deles ver o que está acontecendo.
Assim que chego perto dos berços, vejo apenas o Lucas. O pego desajeitadamente no colo e fico balançando os braços.
Ele continua chorando bem alto, então resolvo cantar para ele.
— Se essa rua, se essa rua fosse minha... Eu mandava, Eu mandava ladrilhar... Com pedrinhas, Com pedrinhas de brilhante... Só pro meu, só pro meu amor passar... — Começo a cantar delicadamente e em alguns minutos, ele se acalma e acaba dormindo.
Coloco ele cuidadosamente de volta no berço.
Essa é a primeira vez que eu canto um bebê, e confesso que foi meio estranho.
Fico olhando ele dormir, tão calmo, tão sereno.
Olho para a porta e vejo a minha mãe sorrindo para mim com a Luísa nos braços. Ela caminha até o berço da minha irmãzinha e a coloca dentro dele.
— Que lindo, filha. Eu fiquei emocionada vendo você cantar para o seu irmãozinho. — Ela afirma sorrindo.
— Ele estava chorando e a única coisa que veio à minha mente era cantar para ele. Ele é muito fofo. Vou tirar o uniforme, tá? — digo.— Fico muito feliz que você tenha mudado em relação aos seus irmãos. — Ela sorri. — Tá, vai lá.
Sorrio de volta para ela e caminho até o quarto.
Assim que entro, vejo a Alice sentada na cama e mexendo no celular dela.
— O que você veio fazer aqui? — pergunto ao pegar um vestido preto bem básico para vestir.
— Sei lá... Eu não tinha nada para fazer, então eu vim ficar com você. — Ela olha para o vestido. — Nossa... Você? Vai usar vestido? Realmente milagres acontecem. — Ela diz ironicamente.
— Rá, rá, rá... — Finjo uma risada.
Em seguida, entro no banheiro e tomo um banho bem demorado. Assim que saio, vejo Alice ainda no quarto.
— Por que você demorou tanto? Sabia que a água do nosso planeta está acabando por atitudes como a sua? — Ela pergunta ao se levantar e caminhar até mim.— Você está muito chata, hein. Não tem o que fazer não? — pergunto revirando os olhos.
— Não. — Ela responde rindo. — Você fica linda de vestido, deveria usar mais.
— Eu não gosto muito. — afirmo ao dar ombros. — Mas eu também me acho bonita de vestido, por isso vou tentar usar mais vezes.
— Aeeee! Você fica linda. — Ela afirma ao tocar meu cabelo. — Sabe o que ficaria mais bonito com esse vestido? O seu cabelo loiro. Ele era tão bonito.
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Uma garota nada comum [COMPLETO - EM REVISÃO ]
Teen FictionSerá que depois de tanto sofrimento, uma pessoa é capaz de voltar a sorrir? Conheça a história de Evellyn, uma menina que foi abandonada em um orfanato com apenas um mês de vida e pelo fato ter passado por vários pais adotivos e nunca ser aceita...