Eu já sabia! {Penúltimo capítulo}

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   — Vamos tirar uma foto? Assim todos vão ver o quão maravilhosa você está. — Alice pergunta empolgadamente ao pegar o meu celular.

   — Eu não quero, Alice. Se tem uma coisa que eu odeio é tirar fotos, e você sabe disso. — respondo.

   — Por favor, Eve! Eu sou sua prima preferida, você tem que ter pelo menos uma foto comigo. — Ela afirma.

   Não sei de onde ela tirou que é a minha prima preferida, mas resolvo não desiludí-la.

   Depois de ela insistir muito, resolvo tirar a foto. Ela diz que vai postar na minha conta do Facebook, mas eu digo que não, então ela sai correndo com o celular na mão e eu corro atrás dela.

   Isso que dá deixar a senha salva nas redes sociais, isso que dá ter preguiça de ficar toda a hora colocando o email e a senha, isso que dá ter uma prima como a Alice.

   Ela corre velozmente até a sala de jantar e eu a sigo.
 
   — Me dá o meu celular, Alice! — grito ao parar de correr e cruzar os braços.

   Todos me olham surpresos, não por eu estar gritando que nem uma louca, mas sim pelo meu cabelo.

   — Filha, o que houve com o seu cabelo? Ele está loiro como antes. — Minha mãe pergunta boquiaberta.

   — Mãe, isso não importa agora. Manda a chata da Alice devolver meu celular. — digo ao olhar para a Alice seriamente.

   — Alice, devolva o celular da sua prima, por favor. — Minha mãe pede.

   Alice me devolve o celular e assim que o pego em minha mão, excluo a foto, que por sinal já estava com trinta e cinco curtidas. Meu pai manda eu guardar o meu celular, então, eu o obedeço.

   — Filha, por que você decidiu fazer o seu cabelo voltar a cor natural? — Meu pai pergunta sorrindo.

   — Porque eu estava com saudades dele dessa cor. Por que? Vocês não gostaram?

   — Eu amei, Eve. — Sophia diz sorrindo. — Seu cabelo é bem mais bonito assim.

   — Concordo. — Guilherme afirma.
  
   — Você fica linda de qualquer jeito, meu amor. — Meu pai diz sorrindo.

   Assim que ouço ele dizer essa frase, me lembro do Daniel e dou um sorriso.

   — Obrigada. — digo sorrindo.

   Em seguida, todos almoçamos.

   +++

   São onze da noite e eu estou deitada na cama. Fico olhando para o teto e pensando em como eu era. Aquela garota rebelde, triste e rancorosa, se tornou nessa garota feliz e sem mágoa nenhuma. Eu consegui me abrir para as pessoas, consegui perdoar e consegui amar as pessoas que me cercam.

   — Filha? Posso entrar? — Minha mãe pergunta ao interromper meus pensamentos.

   — Claro. — respondo sorrindo.

   Em seguida, ela caminha até mim e se senta ao meu lado.

   — Por que você está acordada até agora? — pergunto ao me ajeitar na cama.

   — Por causa dos seus irmãos, só agora que eu consegui fazer eles dormirem. — Ela responde sorrindo. — Mas hoje eu entrevistei uma babá e ela vai começar amanhã.

   — Ela é de confiança? — pergunto.

   — Sim, ela foi muito bem recomendada. Eu jamais deixaria uma pessoa que eu não confio cuidar dos seus irmãos. Mas e você? Por que está acordada?

Uma garota nada comum [COMPLETO - EM REVISÃO ]Onde histórias criam vida. Descubra agora