Declaração de amor. (cap.83)

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    Em seguida, meus pais começam a admirar os bebês e eu me junto a eles.

    — Eles são tão lindos, parecem dois anjinhos. — afirmo sorrindo ao olhar para os bebês.

    — É verdade, eles são tão lindos quanto você. — Meu pai diz sorrindo.

   Minha mãe diz que não está se sentindo muito bem, então meu pai põe a babá eletrônica em cima do criado-mudo e leva a outra consigo enquanto acompanha a minha mãe até o quarto deles. Em seguida, vou até o meu.

   Assim que entro, me sento em frente ao computador para ver o que há na internet. Mês passado, meu pai fez questão de comprar um notebook, um tablet e um computador para mim, eu disse à ele que não precisava, que era desnecessário, mas ele não me escutou.

    Assim que entro no facebook, vejo um post da Kelly, no qual está escrito: "Galera, não se esqueçam, ela não pode saber de nada!". O mais estranho de tudo isso, é que ela marcou a escola inteira, menos eu. Quem não pode saber de nada? O que está acontecendo?

    Deixo isso pra lá e continuo vendo os posts das outras pessoas.

   +++

   Já vai dar quatro horas da tarde e a Kelly está vindo aqui em casa. Eu vou fazer o que o Miguel me pediu, até porque, eu sei que ela também gosta dele.

    Começo a ler um livro de terror bem interessante. Eu amo ler, e quem me conhece sabe disso, o ruim é que eu não tenho quase nenhum tempo livre.

   O tempo passa e quando estou quase no capítulo trinta e seis do livro, sou interrompida pelo barulho da campainha.

   Um dos empregados abre a porta e eu vejo a Kelly entrar.

   — Oi, maninha. — Ela diz ao me dar um beijo e se sentar ao meu lado no sofá.

   Fecho o livro e a cumprimento.

    — Oi. — digo sorrindo.

   — Por que você me chamou aqui? — Ela pergunta.

    Em seguida, a levo para o quarto e assim que chegamos lá, nos sentamos na cama.

   — Keh, me responde uma coisa, você ainda gosta do Miguel? — pergunto assim que ela se senta na cama.

    — O que? — Ela pergunta fingindo que não entendeu.

    — Ah, não vou repetir. — afirmo ao sentar do lado dela. — Gosta ou não?

    Ela fica um pouco pensativa e demora alguns segundos para responder a pergunta que lhe fiz.

   — Eu queria dizer que não, mas eu não vou mentir pra você. — Ela suspira. — Eu ainda gosto dele.

   Sabia! Eu conheço a minha irmã, dá para ver no olhar dela que ela o ama, assim como eu amo o Daniel.

   Eu acho que os dois combinam, apesar dela ter treze anos e ele dezesseis. Depois que eu li o livro Romeu e Julieta, eu nunca mais julguei algum casal pela diferença de idade.

   — Então por que você não perdoa ele? Sabe, eu acho que ele está arrependido.

   — Não, eu não confio mais nele. — Ela abaixa a cabeça. — Por que amar dói tanto?

    Fico alguns instantes pensando em uma resposta para essa pergunta, mas não chego a nenhuma conclusão.

    — Eu não sei, Keh... Mas pensa só... Talvez ele tenha mudado. Eu acredito que ele mudou, de verdade.

Uma garota nada comum [COMPLETO - EM REVISÃO ]Onde histórias criam vida. Descubra agora