— Até que enfim chegamos. Com a velocidade que o Pedro estava dirigindo achei que não fossemos chegar hoje. — digo ao sair do carro.
— Evellyn, meu amor, precisa-se de muita habilidade e concentração para dirigir um carro. — Pedro diz ironicamente.
Fico olhando para a casa fixamente. Eu nunca tinha reparado, mas ela é muito grande, parece uma mansão.
Ao entrarmos, me jogo no sofá e coloco meus fones de ouvido.
— Amor, seu celular está tocando. — Júlia grita.
Pedro pega o celular e vai para o jardim.
Depois de um tempo, ele volta à sala, fala alguma coisa com a Júlia (que eu não consigo ouvir por causa da música) e em seguida caminha até mim.
— Filha, precisamos conversar com você. — Júlia diz.
A música está tão alta que acabo não escutando nada.
-— Filha, eu estou falando com você! — Ela diz ao retirar meus fones.
— Ei! — digo em tom de voz alto ao cruzar os braços. — Acabei de chegar do hospital, me deixa em paz!
— Depois eu te devolvo, agora precisamos conversar. — Ela coloca o meu fone em cima da mesa de centro.
— Tá, o que vocês querem? — pergunto ao ajeitar o corpo.
— A minha irmã acabou de me ligar, ela irá fazer uma viagem e perguntou se nós podemos ficar com a Sophia, com a Alice e com o Guilherme, os filhos dela. Eu queria saber o que você acha disso? — Pedro pergunta.
— Sei lá, vocês que sabem. — respondo dando ombros.
— Filha, nós queremos saber a sua opinião. A Alice e o Guilherme tem a mesma idade que você, eles são gêmeos e a Sophia tem apenas cinco aninhos. Eles são super apegados a mim e ao Pedro. A mãe deles sempre foi muito ausente por questões de trabalho. Apesar dela não precisar de dinheiro, sempre fez questão de trabalhar e isso a afastou das crianças. O pai deles morreu há um ano. Nós sempre os consideramos como filhos, eles sempre passam as férias aqui, mas se você não se sentir a vontade, não tem problema. — Júlia diz.
Fico pensando um pouco. Deve ser muito triste ter uma mãe e ela não lhe dar atenção.
— Tudo bem. — digo ao olhar meu celular. — Agora posso pegar meu fone?
— Pode sim. — Pedro responde sorrindo.
+++
Já entardeceu e nesse momento eu estou assistindo um filme de terror na sala de cinema (uma sala bem grande que foi feita para as pessoas assistirem filmes. Aqui tem várias salas desse tipo).
Eu fico tão envolvida com os filmes, que o tempo passa e eu nem percebo.
Eu amo filmes de terror, principalmente aqueles que conseguem me assustar de verdade.
Pego a garrafinha que está do meu lado e bebo água. O médico disse que eu tenho que beber muita água por causa da desidratação.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Uma garota nada comum [COMPLETO - EM REVISÃO ]
Teen FictionSerá que depois de tanto sofrimento, uma pessoa é capaz de voltar a sorrir? Conheça a história de Evellyn, uma menina que foi abandonada em um orfanato com apenas um mês de vida e pelo fato ter passado por vários pais adotivos e nunca ser aceita...