Eu e ele entramos no quarto e nos sentamos na cama.
— É sobre a sua irmã, né? — pergunto.
— Sim, mas eu não estou aqui para te criticar, eu só quero saber o motivo pelo qual você quer conversar com ela. — Meu pai responde.
— É que eu queria ouvir o lado dela da história, eu não quero perdoá-la ou algo do tipo, eu só quero dar a ela a oportunidade de se explicar. Entende?
— Claro que sim. — Ele sorri. — Estou muito orgulhoso por você ter a maturidade de encarar isso de frente.
Eu fui uma boba em achar que justo o meu pai ficaria contra mim. Ele é o homem mais compreensivo que eu conheço.
— Obrigado por me apoiar. — Retribuo o sorriso. — Aposto que a minha mãe vai ficar brava quando souber que você não brigou comigo.
— Eu sempre vou te apoiar. — Ele diz ainda sorrindo. — Eu já conversei com ela, ela ficou um pouco chateada, mas entendeu. — Ele suspira. — Vamos almoçar?
— Vamos. — respondo sorrindo.
Em seguida, nós descemos a escada e caminhamos até a sala de jantar.
Ao caminhar escuto uma sequência de barulhos estrondosos vindo de trás da casa.
— Que barulheira é essa? — pergunto enquanto caminhamos.
— É que estão construindo a piscina, filha. — Meu pai responde.
Bem que eu estranhava uma casa enorme como esta não ter nenhuma piscina.
Assim que chegamos na sala de jantar, vejo que todos estão no recinto.
Eu e meu pai nos sentamos e então a empregada começa a servir o almoço.
— Eve, quando a gente vai começar a fazer a peça? — Sophia pergunta.
Ela parece estar bem empolgada com o trabalho.
— Quando você quiser. — respondo sorrindo.
— Pode ser depois do almoço? — Ela pergunta.
— Sim. — respondo.
— Que peça é essa que vocês duas tanto falam? — Minha mãe pergunta.
— É um trabalho do colégio, titia, mas vamos ficar em silêncio, porque é falta de educação falar enquanto as pessoas almoçam. — Sophia afirma ao começar a comer.
Em seguida, todos ficamos em silêncio até terminarmos o almoço.
Assim que terminamos, eu e Sophia subimos para o quarto.
— Sophia, qual é o seu conto de princesas preferido? — pergunta ao me sentar na cama.
— Cinderela! — Ela exclama empolgadamente ao pular na cama.
— Então vamos fazer uma peça sobre a Cinderela. — digo ao pegar um caderno e uma caneta de dentro do criado-mudo.
Em seguida, escuto batidas na porta do quarto e eu peço para que a pessoa entre.
Me surpreendo ao ver Alice, Guilherme, Daniel, Malu, Kelly e Kevin entrando no quarto.
Kevin e Malu correm até mim e me abraçam, enquanto Sophia cumprimenta o Daniel e a Kelly.
— Oi, crianças! O que vocês estão fazendo aqui? — pergunto quando eles se afastam de mim.
— A Sophia chamou a gente para ajudar ela com a peça. — Kelly responde sorrindo.
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Uma garota nada comum [COMPLETO - EM REVISÃO ]
Teen FictionSerá que depois de tanto sofrimento, uma pessoa é capaz de voltar a sorrir? Conheça a história de Evellyn, uma menina que foi abandonada em um orfanato com apenas um mês de vida e pelo fato ter passado por vários pais adotivos e nunca ser aceita...