De novo não! (cap.52)

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   — Como assim? Como ela sumiu? — pergunto aflita.

   — Ela estava brincando na praça com a gente e desapareceu do nada. Eu estou muito preocupada, tia. — Alice diz em meio as lágrimas.

   Ao ver o Guilherme mal, caminho até ele e lhe abraço. Eu sei que não somos muito próximos, mas sei que ele precisava disso.

   — Obrigado, Eve. — Ele diz enquanto o envolvo em meus braços.

   Não digo nada, apenas continuo o abraçando.

     — Vocês já chamaram a polícia? — Meu pai pergunta.

    — A nossa mãe já chamou. — Guilherme responde ao se afastar de mim.

   Meu celular toca, e então, vejo que é a Kelly que está me ligando.

   Caminho para fora do escritório e atendo a ligação.

   — Evellyn, o Kevin está aí na sua casa? — Ela pergunta chorando do outro lado da linha.

    — Não, faz um tempo que eu não vejo ele. Por que? — pergunto tensa.

   — Ele desapareceu. — Ela diz chorando ainda mais. — Preciso desligar. Eu vou ligar para os amiguinhos dele.

   — Tá bom. Se você tiver notícias me ligue, por favor.

   — Tá. — Ela encerra a ligação.

    Não... Isso não pode estar acontecendo... Como os dois podem ter sumido assim? É muita coincidência.

    Começo a chorar e quando me viro para voltar ao escritório, meu celular toca novamente, então vejo que é o Daniel.

   — Alô. — digo ao colocar o celular no ouvido. — Dani... Estão acontecendo coisas muito estranh...

   — Eve, a Malu sumiu! Como ela gosta muito de você, eu achei que ela poderia estar aí. Ela está com você? — Ele pergunta também chorando.

   — Não. — respondo chorando mais ainda.

   — Tá, eu vou continuar procurando ela. Tchau. — Ele diz.

   — Tchau. — Encerro a ligação.

   Isso não é normal! Como todas as crianças podem ter sumido assim? Tem alguma coisa estranha nessa história.

   Me arrependo de não ter dito a ele que a Sophia e o Kevin também sumiram. Na hora, eu fiquei tão chocada que eu acabei esquecendo.

   Volto ao escritório e vejo todos chorando, inclusive meu pai e minha mãe.

   — Gente... — digo chorando e todos voltam seus olhares para mim. — O irmãozinho da Kelly e a irmãzinha do Daniel também sumiram.

   — Meu Deus! Você acha que esses desaparecimentos estão relacionados com o sumiço da Sophia? — Minha mãe pergunta para mim.

   — Não sei. Eu só sei que três crianças não desapareceriam ao mesmo tempo desse jeito. — Suspiro.

   — Eve... — Alice se afasta da minha mãe e me abraça. — Será que ela está bem?

   — Espero que sim. — respondo enquanto ela me abraça fortemente.

   Dois dias depois...

    Já faz um tempo que amanheceu e eu continuo aqui deitada na cama imaginando o quanto aquelas crianças devem estar sofrendo.

   Dois dias se passaram desde que eles sumiram e a polícia não descobriu nada sobre o caso. NA-DA!

Uma garota nada comum [COMPLETO - EM REVISÃO ]Onde histórias criam vida. Descubra agora