Uma reação não muito boa. (cap.42)

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   ... Até que a roda gigante começa a se mover novamente, o que faz nós nos afastarmos rapidamente.

   — Me desculpe por isso. — Ele diz sem jeito.

   — Tudo bem, mas eu não quero que se repita. — digo ao olhar para o outro lado.

   Confesso que eu também me senti intimidada. Algo assim nunca aconteceu comigo.

   Estou começando a sentir algo diferente por Daniel, não sei o que é, mas sei o que sinto por ele o faz diferente dos outros garotos.

   A roda gigante dá mais algumas voltas e para a alegria do Daniel, que estava morrendo de medo, ela para.

   Descemos sem dizer nenhuma palavra, aliás, não conversamos desde o "quase beijo".

   Caminhamos até um dos bancos que se localiza no parque e nos sentamos.

   — Eve, me perdoe. Eu não quero que esse clima estranho fique entre nós. — Ele diz ao segurar a minha mão novamente.

   Quando ele segura a minha mão, sinto um calafrio.

   — Não se preocupe, está tudo bem. — digo sorrindo.

   Olho para o horário no meu celular e vejo que já são uma e quarenta, também vejo cinco ligações perdidas do meu pai.

   — Ah, não! Meu pai vai me matar. Temos que ir, eu prometi que voltaria cedo. — digo.

   — Mas já? — Ele faz uma cara triste. — Tudo bem. Vamos.

   Em seguida, nos levantamos do banco e caminhamos até o carro. No caminho, ele diz que irá me buscar para irmos para o colégio juntos amanhã.

   O motorista nos leva até a casa dele e logo depois, me leva até a minha casa.

   Meu pai vai me matar! Já são mais duas da manhã e eu prometi que chegaria antes de meia-noite.

   Ao chegar em casa, abro a porta com o mínimo possível de barulho, mas não adianta, pois quando olho para a sala, vejo meu pai e minha mãe sentados no sofá. Eles estão abraçados e pela aparência deles, parece que estavam chorando. Seus olhos estão vermelhos e inchados, principalmente os da minha mãe. Fico parada por um tempo os observando até que eles me vêem, então eles vem correndo em minha direção e quando chegam até mim, me abraçam tão forte que chego a ficar com um pouco de falta de ar.

   — Filha! — Meu pai diz ao me abraçar enquanto chora.

    — Meu amor, eu te encontrei! Eu te amo muito! — Minha mãe diz também a chorar.

   Não estou entendendo nada. Eu nunca os vi assim. O que será que houve? Será que eles estão assim só porque eu cheguei tarde? Eu não deveria ter esquecido da hora e ter deixado eles tão preocupados assim.

    — O que está acontecendo? Eu sei que cheguei um pouco atrasada, mas eu estou bem. — afirmo enquanto minha mãe me solta e toca o meu rosto.

   Em seguida, meu pai também me solta e diz:

    — Não é isso, filha. É que você é a ...

   — Não, Pedro! Não diz nada a ela. Não sabemos qual será a sua reação. É melhor dizermos amanhã quando estivermos mais calmos. — Minha mãe diz ao interrompê-lo.

   — Você está certa. — Os dois voltam os seus olhares para mim.

   Não consigo entender nada. O que eles tem para me dizer? Pela reação deles deve ser algo bastante importante.

Uma garota nada comum [COMPLETO - EM REVISÃO ]Onde histórias criam vida. Descubra agora