— Vamos lá nela. — Ele diz.
Isso está muito estranho. Nesse lugar não havia ninguém e agora essa mulher aparece do nada. Eu posso está enganada, mas acho que tem algo errado aqui.
— Minha barriga tá doendo, Eve. — Sophia diz chorando.
— Mas você não me disse que era a sua cabeça que estava doendo? — pergunto um pouco confusa.
— Sim, mas agora o que está doendo é a minha barriga. — Ela afirma.
Volto meu olhar novamente para a moça. Ela está sentada em frente a uma casa na esquina.
— Dani, minha barriga também está doendo. — Malu diz também chorando.
— A minha também. — Kevin diz em prantos.
Ponho a mão na testa dos dois e vejo que também estão ardendo em febre. Os três doentes ao mesmo tempo. Coincidência? Acho que não.
— O que será que eles têm? — Daniel pergunta ao pegar Kevin no colo.
Me recordo do bolo de chocolate que eles comeram, então, concluo que só pode ter sido aquilo que os fez sentirem essa dor na barriga. Será que aqueles miseráveis colocaram algo no bolo?
Não posso deixá-los como estão, precisamos ir até aquela mulher para descobrir onde estamos.
— Acho que foi aquele maldito bolo. — Suspiro. — Vamos lá naquela mulher.
Daniel dá a mão para a Malu e caminhamos até a tal mulher.
Assim que chegamos lá, a mulher se levanta.
Ela tem o tom de pele mais escuro que o nosso e seu cabelo é bem preto. Ela parece ter uns trinta e poucos anos.
— Olá, posso ajudar vocês em alguma coisa? — Ela pergunta sorrindo gentilmente.
— Sim. Você sabe se por aqui tem algum orelhão ou algo do tipo? Nós precisamos fazer uma ligação urgente. — Daniel responde.
— Por aqui não tem nada disso não. Essa parte da cidade está abandonada, ninguém vem aqui. — Ela olha para as crianças e as vê chorando. — O que houve com esses anjinhos?
— Eles não estão se sentindo muito bem. — respondo ao observá-la detalhadamente.
— Ai, meu Deus... — Ela diz depois de colocar a mão na testa das crianças. — Eles estão com muita febre, se eles não tomarem um antitérmico pode acontecer algo horrível. Aqui em casa tem alguns remédios. O que vocês acham entrar?
Daniel me olha esperando que eu responda a pergunta.
Eu ainda não fui com a cara dessa mulher, acho que ela é simpática demais, mas eu não tenho escolha, preciso ajudar as crianças.
— Tudo bem, nós vamos. — respondo ao segurar a mão da Malu novamente.
Olho para a Sophia e vejo que ela está muito quieta.
— Está tudo bem, princesa? —pergunto ao segurá-la mais forte em meus braços.
— Não. — Ela responde baixinho.
Daniel entra na casa com o Kevin, em seguida, eu e as meninas fazemos o mesmo.
A casa dela é bem simples, quase parecida com a do Daniel e da Malu.
Assim que chegamos na sala, ela pede para que a seguirmos.
Depois de um tempo, chegamos ao quarto e ela pede para que coloquemos as crianças na cama. Eu e Daniel fazemos o que ela pede sem questionar.
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Uma garota nada comum [COMPLETO - EM REVISÃO ]
Teen FictionSerá que depois de tanto sofrimento, uma pessoa é capaz de voltar a sorrir? Conheça a história de Evellyn, uma menina que foi abandonada em um orfanato com apenas um mês de vida e pelo fato ter passado por vários pais adotivos e nunca ser aceita...