— Alô. — Minha mãe diz ao atender o celular e colocá-lo no viva-voz.
— Alô, bom dia. Aqui é o diretor do Colégio Bittencourt, eu poderia falar com o responsável da aluna Sophia Bittencourt? — O diretor diz do outro lado da linha.
— Ah... Oi, Heitor! Sou eu, a Júlia. Aconteceu algo com a Sophia? — Minha mãe pergunta.
— Oi, Júlia, sempre é um prazer falar com a esposa do neto do fundador do colégio. Não houve nada com a Sophia, eu só liguei para avisar que a professora dela não está se sentindo bem, e por esse motivo, ela acabou de ser liberada. — Ele afirma.
— Está bem, eu já vou aí buscá-la. Até logo.
— Até. — Ele diz gentilmente e a minha mãe encerra a ligação.
Ainda bem que não houve nada com a Sophia.
— Mãe, deixa que eu vou buscar ela, fica aqui descansando. — afirmo.
— Não precisa, querida. Eu tenho que ir porque tenho que resolver algumas papeladas sobre a entrada da Sophia no colégio. — Minha mãe responde.
— Mas quem tinha que resolver essas papeladas não era a mãe dela? — pergunto franzino a testa.
— Sim, mas eu não confio naquela mulher. — Ela se levanta. — Por isso eu que vou até lá.
— Tá bom, mas eu vou com você. Só vou trocar de roupa. — afirmo ao subir a escada rapidamente em direção ao quarto.
Eu não posso deixar ela ir sozinha, não no estado que ela está. A médica disse que ela deve descansar, mas ela não escuta ninguém, é muito teimosa.
Assim que chego no quarto, tomo um banho e troco de roupa. Pego a primeira que eu vejo no closet.
Quando chego na sala, vejo minha mãe me esperando, em seguida, nós duas caminhamos até o carro.
— Mãe, o meu pai estava em casa? — pergunto ao entrar no carro.
— Não, ele foi no cartório tentar tirar os seus documentos oficias. — Ela responde ao se sentar do meu lado.
O motorista começa a dirigir e em menos de vinte minutos, já estamos em frente ao colégio.
— Mãe, você está com quantos meses? — pergunto antes de descermos do carro.
— Estou com um mês ainda, meu amor. Ainda faltam muitos meses para esses bebezinhos nascerem, mas por que você está me perguntando isso?
— Nada, só curiosidade. — afirmo ao dar ombros.
Em seguida, eu e minha mãe descemos do carro e entramos lado a lado dentro do colégio.
Caminhamos até a ala da educação infantil e assim que chegamos lá, vemos uma pessoa que não gostaríamos de ter visto.
— Titia! — Sophia exclama ao correr até minha mãe.
Mantenho meus olhos fixos na Paloma. Ainda sinto muita raiva quando a vejo.
— Olá, Evellyn; olá, Júlia. — Ela diz, mas eu e a minha mãe não a respondemos.
— Querida, você viu diretor? Preciso conversar com ele sobre a sua entrada aqui na escola. — Minha mãe pergunta para a Sophia.
— Não precisa se incomodar, Júlia. Eu já preenchi toda a documentação da entrada da Sophia neste colégio. — Paloma responde tranquilamente no lugar de Sophia.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Uma garota nada comum [COMPLETO - EM REVISÃO ]
Teen FictionSerá que depois de tanto sofrimento, uma pessoa é capaz de voltar a sorrir? Conheça a história de Evellyn, uma menina que foi abandonada em um orfanato com apenas um mês de vida e pelo fato ter passado por vários pais adotivos e nunca ser aceita...