Encontro perfeito: Só que não! (cap.28)

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   Caminhamos em direção ao carro e ele fica me encarando sem jeito. Fico um pouco sem graça com a situação.

   — O que foi? — pergunto.

   —  Nada. — Ele sorri.

   Entramos no carro e o segurança nos segue no outro carro.

   — Não sei por que eu tenho segurança, quando eu preciso dele ele some. — digo ao colocar o cinto de segurança.

   — Talvez tenha acontecido alguma coisa com ele na hora que tudo aconteceu. Vi no noticiário que o Carlos tá preso e que não vai sair tão cedo de lá.

   — Pode ser. — Dou ombros. — Por mim, que ele apodreça lá dentro.

   — Ah... Sabe, você ficou tão linda com o cabelo dessa cor.

  — Obrigada. — digo sorrindo.

   O carro começa a andar e eu fico olhando o trânsito pela janela. Adoro ver os carros indo para lá e para cá, e imaginar para onde os seus donos estão indo. Uma distração peculiar? Claro que sim, mas a maioria dos meus gostos são peculiares, então não faz muita diferença.

   Chegamos no shopping com o relógio marcando uma e dez. Estava com un trânsito horrível!

   Andamos até a praça de alimentação sem dizer nenhuma palavra. Acho que ele está com vergonha e sem jeito. Gosto de meninos assim.

Não estou me sentindo muito confortável com essa saia. Eu preferia mil vezes uma calça.

   Ao chegarmos na praça, nos sentamos em uma mesa no canto esquerdo.

   — O que você vai querer? — Daniel pergunta.

   — Hambúrguer e suco de morango. — respondo ao olhar o cardápio.

— Hambúrguer na hora do almoço?

   — Sim. Por que? Algum problema? — pergunto.

  — Nenhum. — Ele sorri. — Vou comer a mesma coisa.

   Ele chama a garçonete que se encontra um pouco distante de nós, assim que ela nos escuta, vem na mesma hora.

    Depois de fazer o pedido ele pergunta:

   — Eu ia chamar a Kelly e o Miguel para virem conosco, mas eu liguei para a Kelly e ela não atendeu. Você sabe se aconteceu alguma coisa com ela?

   — Não quero falar da Kelly e muito menos do Miguel. — digo ao olhar para o chão por alguns instantes, mas logo volto a olhar para ele.

   — Está bem. — Ele diz.

   Em seguida, a garçonete volta com os hambúrgueres e com os sucos.

   Estou me sentindo muito desconfortável com essa roupa. Sinto que todos estão me olhando, o que não é muito surpreendente.

   — Essa blusa combinou com o seu cabelo roxo. — Daniel diz sorrindo.

   Não digo nada, apenas forço um sorriso para ele e mordo um pedaço do hambúrguer. Sinto que ele está tentando puxar assunto.

   Enquanto mastigo, olho para trás e vejo um pessoa que me faz engasgar.

   — Você está bem? — Daniel pergunta com os olhos fixos no meu rosto que está um pouco vermelho por causa do engasgo.

   — Estou. — respondo quando quando consigo recobrar o fôlego.

   — Miguel. — Daniel diz ao olhar para trás de mim.

Uma garota nada comum [COMPLETO - EM REVISÃO ]Onde histórias criam vida. Descubra agora